Estudo Idade Moderna - para os alunos do sétimo ano do Ensino Fundamental II

Por Ciro Toaldo | 16/07/2019 | História

Estudo da Idade Moderna – Texto para os alunos do 7º Ano Ensino Fundamental II

Professor Me. Ciro José Toaldo (base Capítulos 8 e 9 de Boulos)

 

            No primeiro semestre iniciamos os estudos sobre a Idade Moderna (1453 – 1789) com o Renascimento, onde ficou evidente a busca de nova compreensão de ser humano, ela deveria ser focada nos conceitos da Antiguidade Clássica; também vimos o papel da Itália no desenvolvimento deste movimento artístico, intelectual e cultural e que envolveu toda a Europa. O estudo da expansão do Renascimento pela Europa e como a ciência evoluiu a partir deste movimento foi importante. ((Ao se estudar este período histórico, não se deve deixar de lado a História do Brasil)).

Além do Renascimento, também tivemos acontecimentos que ajudaram a mudar outros conceitos na Europa, como por exemplo, na religião que fez surgiu a Reforma Religiosa que foi um movimento contra Igreja Católica onde se passou a questionar a autoridade papal. Esta Reforma ganhou na Europa, por entre vários fatores, a simpatia de muitos reis que estavam descontentes com o papa. Também havia a corrupção e o despreparo do clero e a venda de indulgências e falsas relíquias, fatores que em muito contribuíram para a proliferação da Reforma Religiosa.

Os primeiros reformadores foram Wycliff (1320 – 1384) – traduziu a Bíblia para o inglês e foi acusado de ser um herege, por contrariar a doutrina da Igreja Católica. E John Huss (1369 – 14150) – traduziu a Bíblia para o Theco e por atacar o luxo do alto clero foi excomungado da Igreja, preso e queimado vivo em 1415.  

Mas, o grande nome da Reforma foi Lutero. Foi um padre dedicado à Igreja, mas condenou a venda de indulgencias. Em 1517, Lutero publicou as "95 teses", tornando suas críticas públicas e, para tanto, foi expulso da Igreja e o Imperador católico, Carlos V, que governava a região da atual Alemanha, também o considerou um herege. Dentre os pontos divergentes (alguns) entre Lutero e a Igreja estão: única fonte da verdade é Bíblia, aceita apenas os sacramentos do batismo e eucarística e qualquer membro da Igreja pode se casar.

Outro reformador foi João Calvino (1509 – 1564) divergiu de Lutero na questão da predestinação absoluta (que as pessoas nada podiam fazer para mudar seu destino), para ele as pessoas deviam levar uma vida puritana, ou seja, acordar cedo, dormir cedo, dedicar a oração e ao trabalho, poupar e não praticar jogos de azar e nem ingerir bebida alcoólica. Calvinismo se espalhou pela Europa: na Escócia eram chamados de Presbiteriano, na Inglaterra eram Puritanos e na França eram Huguenotes.

Também se destaca o rei Henrique VIII, da Inglaterra, rompeu com a Igreja Católica e fundou a Igreja Anglicana em 1534, criando o Ato de Supremacia, pelo qual foi declarado rei e chefe da Igreja na Inglaterra.

A Igreja Católica se posicionou contra a Reforma e fez surgir a Contrarreforma, movimento da Igreja para conter o avanço da Reforma Religiosa. A Contrarreforma começou com o Concílio de Trento (1545 a 1563), convocado pelo Papa Paulo III. O Concílio conseguiu resgatar a hegemonia católica na Europa, mas  não conseguiu apagar a influência da Reforma. Até hoje existem as correntes religiosas, sendo semelhantes no fato de seguirem o cristianismo. Neste Concilio a Igreja passou a ser responsável pelo casamento - antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. Também Igreja Católica criou a Ordem dos Jesuítas e o Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição.

Mesmo no agitado e conturbado mundo religioso, devemos dizer que economia sofria mudanças, gradativamente o feudalismo era substituído pelo capitalismo, portanto, foi uma Idade de transição e de grandes transformações, revoluções que mudaram para sempre o mundo.

Neste período se formam os Estados Nacionais e o absolutismo real; bem como a expansão do comércio e das manufaturas e a formação de impérios coloniais europeus com a Expansão Marítima, onde se estuda as Grandes Navegações.  Monarquias, como a inglesa, francesa, portuguesa e espanhola devem ser entendidas para compreensão das consequências deste período histórico. Quem foi João Sem Terra? O que eram os Estados Gerais da França? O que foram as Guerras de Reconquistas? O que significa o casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela? Responder estas questões em muito se contribui para entender a formação dos Estados Modernos e o absolutismo.    

Não se deve esquecer que a classe burguesa apoiou a figura do rei absolutista, pois via nele a garantia de seus negócios. Nestas sociedades o rei também deveria demonstrar a natureza divina do seu poder (pregada por Bossuet – teoria do direito divino dos reis), assim, os reis se cercaram de formas ritualizadas e comportamentos distintivos capazes de sacralizar sua própria imagem, ou seja, o rei aparecia como um verdadeiro deus. E ainda, segundo a teoria de Hobbes, os seres humanos entregam poderes totais aos reis para se defenderem (“o homem é lobo do homem”).  Luís XIV, na França foi chamado de Rei Sol e sua frase máxima: “O Estado sou eu”.

O Mercantilismo politica econômica deste período em que a riqueza e poder eram para o Estado, ou seja, era uma politica que andava junto com o absolutismo. Metalismo, balança comercial favorável, protecionismo e exclusivo comercial eram as principias caraterísticas do Mercantilismo.

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