Estratégia do mal no mundo moderno

Por Claudiomar Pereira da Cunha | 22/11/2016 | Religião

 

INTRODUÇÃO

Ao final do estudo das 101 unidades que compõem o currículo do Curso de Doutorado em Teologia, promovido pelo Instituto de Educação Teológica de São Paulo, cumpre-me elaborar a TESE a ser ofertada para exame, apreciação e avaliação do Departamento Acadêmico do aludido educandário, sendo que o tema escolhido é a Estratégia do Mal no Mundo Moderno.

A motivação da escolha do tema se deu pela importância que o tempos hodiernos trazem, de maneira muito especial nos meios de comunicação, provocando diferentes resultados nos sujeitos-alvos dos mesmos, especialmente pelo fato de que são diferenciados por faixa etária, nível cultural, formação religiosa, meio em que vivem e outros aspectos que tornam o indivíduo único no universo.

Muito antes de ser um trabalho de investigação, é o trabalho a ser ofertado o resultado de empirismo próprio de quem já teve uma carreira no Magistério Fundamental, Médio e Superior, lidando, portanto, com pré-adolescentes, adolescentes, jovens e adultos, de diferentes matizes sociais, culturais, geográficas e religiosas, o que possibilitou o acompanhamento e avaliação de tais indivíduos nas mais diferentes situações e viabilizou fosse alcançado e conhecido os danos causados pelo "maligno" no íntimo de cada um.

Como enunciado deste trabalho irei deixar uma única hipótese na forma afirmativa: "no mundo moderno o bem e o mal exercem uma disputa quase desigual para o primeiro, na medida em que o mal não tem nenhum compromisso ético, moral ou religioso, vivendo de resultados, por isso a comunicação atual, especialmente a eletrônica, age de uma maneira em face de um indivíduo bem formado, enquanto que aquele que não teve, não tem ou nunca desejou ter boa formação acaba sendo um vetor natural para a atuação do "maligno".

Durante todo desenvolvimento do curso, a ideia foi se sedimentando, de maneira que sempre que a pesquisa procurava algumas informações referentes à ação do "maligno" quando se utiliza dos meios de comunicação da modernidade e encontra pessoas despreparadas para obterem a interpretação correta da mensagem lida e não possuíssem um escudo protetor contra a ação do mal, os efeitos resultavam extremamente danosos.

Obviamente, não é só a orientação religiosa que irá formar esse escudo de proteção contra o mal, mas também a educação que a criança, o adolescente, o jovem e o adulto receberam em cada etapa etária da vida no seio familiar, o que vale dizer que se a pessoa cresceu e viveu numa família onde até mesmo o tom de voz e controlado, a alimentação ocorre na mesa com os convivas vestidos adequadamente, a mentira é censurada, mesmo que pequena e quase inocente, o labor é sinônimo de dignidade e, principalmente, fazendo do Deus Triuno uma presença constante, o escudo é forte.

OBJETIVOS 

Foi a crença de que é possível levar Jesus Cristo a um número maior de pessoas, dando a estas as noções mais elementares do Evangelho, ajudando-as a consolidar padrões éticos e moralmente aceitáveis, que surgiu a ideia deste trabalho, com os objetivos de:

- com os conhecimentos decorrentes da Boa Nova a ser anunciada aos leigos e profanos, armar-se-á o alicerce necessário à construção de uma personalidade vinculada ao Criador;

- esse processo de evangelização, para o qual se espera que o presente trabalho colaborará, nascerão ou serão (re)descobertos os padrões estabelecidos pela ética, pela moralidade e, se for o caso, pela criação cristã dada pelos pais do público alvo;

- a anunciação do Evangelho possibilitará que a ideia cristã invada o ser até então avesso ao Deus Triuno, fazendo com o deserto que até então se constituía o seu eu interior, se transforme num verdadeiro oásis no meio em que o Novo Homem vive e convive, determinando que ele passe a ser não somente um sujeito de transformação, mas também um agente desse processo evangelizador;

- finalmente, a grande proposta é que esse Novo Homem possa ter condições plenas de receber quaisquer informações que a ele sejam dirigidas, seja de forma individual ou geral, sem que venha a sofrer qualquer dano em sua vida, eis que revestido pelo escudo protetor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

MATERIAIS E MÉTODOS GERAIS

Para a construção deste pensamento que ora está sendo estruturado, foram necessárias leituras, pesquisas, discussões acadêmicas com padres, pastores e reverendos, estudo bíblico e cotejo das diferentes unidades curriculares, p. ex. Estratégia do Mal e o Satanismo na Igreja.

Até mesmo fontes alternativas foram utilizadas, com a finalidade de melhor compreender a atuação do mal dentro do mundo tecnológico que hoje vivenciamos. Como exemplo disto cito o escritor Rubens Saraceni, cuja obra consiste em evidenciar a dicotomia entre o bem e o mal e as maneiras de atuação de um e de outro, não negando as verdades bíblicas, mas, isto sim, evidenciando-as de uma maneira didática, viabilizando o conhecimento da origem do mal, sua atuação em relação ao ser humano, a justificativa para tal e o resultado disso tudo em relação a Deus e ao ser humano.

A pornografia, o adultério, a fornicação, o namoro escondido dos pais, a divulgação de calúnias e mentiras, o tempo jogado fora com coisas inúteis, os filmes anticristãos e as músicas mundanas com elevado conteúdo erótico, são apenas alguns exemplos dos males a que as pessoas despreparadas em Deus são submetidas quando acessam os meios de comunicação instantânea sem que disponham de qualquer mecanismo de defesa em relação à atuação do "maligno" pelos meios antes elencados.

O tema a ser trabalhado mostrará que se a situação hoje está ruim para quem não está preparado para o enfrentamento do mal, ficará ainda pior, seja pelo avanço tecnológico, seja pelo aumento do desinteresse das crianças, adolescentes e jovens acerca das coisas de Deus, que é inversamente proporcional ao interesse das mesmas em relação às coisas que dizem com o "maligno"..

Induvidosamente, as igrejas não evoluíram para atrair tal clientela para seus templos, o que permite dizer que um bate-papo online com amigos, por mais simplório que seja, será mais atraente que assistir uma missa, um culto, uma aula da Escola Bíblica Dominical ou de preparação para Eucaristia ou Confirmação. As igrejas pararam e o mundo correu!

O trabalho será despretensioso e com linguagem simples, se constituindo em uma introdução, na qual será feita uma abordagem genérica do tema, depois uma abordagem mais específica e detalhada, que será o desenvolvimento, finalizando com uma conclusão opinativa e a coletânea bibliográfica. Serão nesta linha os tópicos do trabalho que está sendo construído.

CAPÍTULO 1 

AÇÃO DE SATANÁS EM TERMOS GERAIS

Primeiramente é conveniente mencionar as diversas denominações que o Diabo possui, para que a compreensão do tema, o conhecimento do objeto de estudo e suas artimanhas junto à família, à sociedade, à igreja e os meios de comunicação fique mais facilitada.

Por isso, segue agora o elenco de denominações que o "maligno" possui, com os respectivos significados:

Abaddon - (hebreu) o destruidor.

Adramelech - demônio sumeriano.

Ahpuch - demônio maia.

Ahriman - demônio mazdeano.

Amon - deus egípcio da vida e reprodução, com cabeça de carneiro
Apollyon - sinônimo grego para Satã, o arquidemônio.

Asmodeus - demônio hebreu da sensualidade e luxuria, originalmente "criatura do julgamento".
Astaroth - deusa fenícia da lascívia, equivalente da Ishtar babilônica.
Azazel - (hebreu) instruiu os homens a criarem armas de guerra, introduziu os cosméticos.
Baalberith - senhor canaanita da Convenção, que se tornou mais tarde um demônio.

Balaam - demônio grego da avareza e cobiça.
Baphomet - adorado pelos Templários como símbolo de Satã.
Bast - deusa egípcia do prazer representada pelo gato.
Beelzebuth - (hebreu) senhor das moscas, tomada do simbolismo do escaravelho.
Behemoth - personificação hebraica de Satã na forma de um elefante.
Beherit - nome sírio para Satã.
Bile - deus celta do Inferno.
Chemosh - deus nacional de Moabites, mais tarde um demônio.
Cimeries - monta um cavalo negro e rege a África.
Coyote - demônio do índio americano.
Dagon - demônio filisteu vingativo do mar.
Damballa - deusa serpente do Vodu.
Demogorgon - nome grego para demônio, diz-se que não seria conhecido pelos mortais.
Diabolus - (grego) "fluindo para baixo".
Drácula - nome romeno para demônio.
Emma-O - regente japonês do Inferno.
Euronymous - príncipe grego da morte.
Fénriz - filho de Loki, descrito como um lobo.
Gorgo - diminutivo de Demogorgon, nome grego para demônio.
Haborym - sinônimo grego para Satã.
Hecate - deusa grega do mundo subterrâneo e feitiçaria.
Ishtar - deusa babilônica da fertilidade.
Kali - (hindu) filha de Shiva, alta sacerdotisa de Thuggees.
Lilith - demônio feminino hebraico, primeira mulher de Adão que lhe ensinou as coisas.
Loki - demônio teutônico.
Mammon - deus aramáico da riqueza e do lucro.
Mania - deusa etrusca do Inferno.
Mantus - deus etrusco do Inferno.
Marduk - deus da cidade de Babilônia.
Mastema - sinônimo hebreu para Satã.
Melek Taus - demônio yesidi.
Mephistopheles - (grego) quem evita luz, Faustus.
Metzli - deusa azteca da noite.
Mictian - deus azteca da morte.
Midgard - filho de Loki, descrito como uma serpente.
Milcom - demônio amonita.
Moloch - demônio fenício e canaanita.
Mormo - (grego) rei dos Ghouls, consorte de Hecate.
Naamah - demônio feminino grego da sedução.
Nergal - deus babilônico do Hades.
Nihasa - demônio do índio americano.
Nija - deus polaco do mundo subterrâneo.
O-Yama - nome japonês para Satã.
Pan - deus grego da luxuria, depois relegado ao demonismo.
Pluto - deus grego do mundo subterrâneo.
Proserpine - rainha grega do mundo subterrâneo.
Pwcca - nome gales para Satã.
Rimmon - demônio sírio adorado em Damasco.
Sabazios - demônio frigido, identificado com Dyonisus, adorado como serpente.
Saitan - equivalente enoquiano de Satã.
Sammael - (hebreu) "Veneno de Deus".
Samnu - demônio da Ásia Central.
Sedit - demônio do índio americano.
Sekhmet - deusa egípcia da vingança.
Set - demônio egípcio.
Shaitan - nome árabe para Satã.

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