Este nosso jeitinho maravilhoso de ser
Por Cesar Valerio Machado | 26/12/2010 | PoesiasO que tem que se entender é que dentro das trevas não há luz para iluminar pensamentos sombrios.
Cego, abandonado e ilhado em si mesmo o ser não enxerga o obvio, não diferencia ilusão da realidade.
Verdade e falsidade são apenas ferramentas para chegar aos nossos planos, objetivos mesquinhos e pessoais.
Tudo está estruturado ao redor da escuridão emocional e psíquica, como um imenso magnetizador, catalisador de vibrações, emanações, atraindo qualquer possibilidade ou fragmentos de energia (diretamente para o buraco negro mental) para manter o seu frágil império em pé.
Vivendo neste ambiente hostil, viciado, impregnado, de contradições em todos os sentidos imagináveis, estamos irremediavelmente condenados a permanecer exatamente onde estamos isolados neste casulo, armado até a alma de estratégias mentais para manter ao longe os inimigos que na verdade todos se tornam neste malfadado campo de guerra.
E o pior dele somos nós mesmos. Somos os nossos piores inimigos.
Enquanto não enxergarmos o todo, abrangermos todas as linhas defensoria desta encarniçada batalha.
Estaremos fadados a viver neste flagelo global e cósmico, pois com certeza isto não se restringe só a nós seres humanos levaremos junto todos os reinos da natureza. É muito mais abrangente do que pensamos ou imaginamos. Só conseguimos sentir os seus efeitos transpassando as indefesas almas, invadindo e destruindo qualquer tipo de liberdade essencial.
Somos vitimas peões, peças do tabuleiro das profanações, onde o improvável torna-se provável pelo simples fato da lei das similaridades não está sendo praticada.
Se não conseguimos entender os desígnios da luz nos juntamos às trevas para derrubar o que não conseguimos abarcar?
Estamos entre fogo cruzado, está guerra está sendo disputada através de nós, somos a munição em carne osso, espírito e alma na linha de batalha.
Tal qual uma munição viva e letal, andamos com o dedo no botão, um simples movimento e pode ser tarde demais e infelizmente para nós é sempre tarde na maioria das vezes.
Tarde porque a maioria morre numa guerra que nunca teve nem idéia que estava participando
Tarde porque não entendeu que foi configurado para ser uma bomba relógio ambulante viva. E a única noção de vida que tem é este tic tac nervoso do aparelho sempre a lembrar que a qualquer minuto sem uma razão definida (porque não fomos nós que a programamos) tudo pode ir pelos ares.