ESCOLA DE PRAGA E A CONTRIBUIÇÃO DE ROMAN JAKOBSON PARA A LINGUÍSTICA

Por Paulo Marcos Ferreira Andrade | 07/06/2014 | Educação

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE LINGUAGENS

DEPARTAMENTO DE LETRAS

CURSO DE LETRAS/ESPANHOL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ATIVIDADE I - 1ª SEMANA

    LINGUÍSTICA I

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cuiabá, MT

2014

ESCOLA DE PRAGA E A CONTRIBUIÇÃO DE ROMAN JAKOBSON PARA A LINGUÍSTICA

Roman Jakobson nasceu em 11 de outubro de 1896, em Moscou, Rússia e falece em Cambridge, Massachussetts, Estados Unidos, em 18 de julho de 1982, aos 85 anos. De origem judaica, Jakobson era filho de um engenheiro químico e proeminente industrial, Roman Osipovic. Em 1914, Jakobson se inscreveu no Departamento de Eslavística da Universidade de Moscou para iniciar seus estudos universitários.

Fundou  com amigos grupos de estudos relacionados a linguística e a poética em São Petersburgo. Este movimento focou conhecido como Formalismo Russo que primava pelo estudo do significado e do uso das formas linguísticas em atos comunicativos. As estruturas fonológicas, gramaticais e semânticas das línguas som determinadas polas funções que exercem nas sociedades em que operam. Entre os principais objetos do grupo estavam assuntos como literatura, cultura, folclore e linguagem.

A Escola de Praga designa um movimento de estudo da linguagem e da literatura iniciado 1926.  Os primeiros estudos focaram-se no Estruturalismo Checo. Os membros da Escola de Praga partilham com os formalistas russos a assunção de que a literatura é um fenómeno específico de linguagem, mas como partes de um sistema devendo ser estudados contexto temporal, espacial e social mais vasto.

Estes estudos levaram a uma cisão de que a língua é um instrumento de comunicação, que a impede de ser considerada como autônoma, independente, mas como uma estrutura submetida às pressões procedentes dos atos comunicativos, que influenciam a estrutura língua e a inserem na sociedade, não só em relação à dicotomia fonética e fonologia, mas em outros processos de construção linguística.

 A insistência na dependência mútua de todos os elementos da linguagem, ou na ideia de que nenhum fenómeno numa estrutura de linguagem pode ser devidamente avaliado se for isolado dessa mesma estrutura de que fazem parte, traça o perfil estrutural do movimento, e com ele também inevitavelmente um método de compreensão da literatura não como facto isolado, mas como parte de um todo mais vasto.

Escola funcionalista que se desenvolveu na cidade de Praga, fundamentalmente entre os anos 1926 e 1939 atividades principalmente nos âmbitos da Crítica Literária e da Linguística. Destaca-se como Membros principais da Escola de Praga nomes como os de: Roman Jakobson, Nikolai Troubetzkoy, Sergei Karcevskiy (russos) e René Wellek, Jan Mukařovský e Vilém Mathesius (checos).

O primeiro tabalho de Jakobson em Praga foi sobre a literatura tcheca, o verso comparado e o verso russo. É nesse contexto que surge um dos mais importantes movimentos linguísticos da primeira metade do século XX, o Circulo Linguístico de Praga (1926).

Em nuances da Segunda Guerra Mundial, por ser judaico Jakobson  teve que fugir para  Escandinávia (Dinamarca e Noruega), propiciando assim sua participação e contribuição no Círculo Linguístico de Copenhague. Já em Nova Iorque  ele como linguista renomado com um grupo de intelectuais europeus formou o Círculo Linguístico. É exatamente ai que ele conhece o linguista russo com o linguista brasileiro Mattoso Câmara Junior, considerado pai da linguística brasileira e cujo trabalho também traz a marca do pensamento de Jakobson.

Conforme Sater e Temmer ( 2011, p. 74)

No geral não existe uma só linha de trabalho que norteie  toda a produção de Jakobson, que elaborou uma linguística  que  se  aproximava  de  várias  disciplinas,  como  fonologia,  patologia da linguagem, antropologia, teoria da informação,  estilística e folclore. A maioria de seus trabalhos encontra-se  disperso em revistas, anais e volumes de coletâneas, além de  muitas vezes serem realizados em parceria. Entre  os  vários  ramos  de  estudo  que  influenciaram  Jakobson,  alguns  foram  essenciais  no  desenvolvimento  de seu  trabalho  acerca  do  processo  de  comunicação:  Saussure,  com  a  linguística  estrutural;  os  Formalistas  Russos;  a  psicologia  comportamentalista;  a  Teoria  Informacional  da  Comunicação, etc. Neste trabalho, o foco foi dado nas escolas  de pensamento que o levaram a formular o seu famoso modelo de  comunicação,  que  será  mostrado  adiante.

REFERENCIAL

SANTEE,  Nellie Rego. TEMER,  Ana Carolina Rocha Pessoa.A Linguística de Roman Jakobson: Contribuições para o Estudo da Comunicação.UNOPAR Cient., Ciênc. Human. Educ., Londrina, v. 12, n. 1, p. 73-82, Jun. 2011.

JAKOBSON,  R. Linguística  e  comunicação.  23.ed.  São  Paulo:  Cultrix, 2008.

CÂMARA  JUNIOR,  J.M.  Roman  Jakobson  e  a  linguística.   In: JAKOBSON, R. Lingüística. Poética. Cinema: Roman Jakobson no  Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1970.

CHALHUB,  S. Funções  da  Linguagem.  11.ed.  São  Paulo:  Ática, 2002.

DE  CAMPOS,  H.  O  poeta  da  linguística.  In  JAKOBSON,  R.  Lingüística. Poética. Cinema: Roman Jakobson no Brasil. São Paulo:  Perspectiva, 1970. p.183-193

http://temasetomos.blogspot.com.br/2009/10/roman-jakobson-e-linguistica-do-seculo.html acessado em 06/06/2014

http://www.edtl.com.pt/?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=1035&Itemid=2 Acessado em 06/06/2014

 

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