Era uma vez...em um berçário, a leitura como um caminho de decobertas
Por Ana Maria Da Silva | 18/11/2021 | Educação(*)
Ao nascer cada palavra, cada imagem, cada cheiro, traz um novo aprendizado para o bebê, que curiosa clama por matéria prima que lhe cause no mínimo estranhamento ou lhe traga desejo em saber mais sobre como as coisas que o cerca e funciona.
Ao iniciar a vida escolar é preciso que as instituições tenham clareza sobre o quanto podem e o quanto são definitivos nos estímulos aos bebês, uma vez que quanto mais estimulada, esta sente o desejo em conhecer. E mais, não devemos nos esquecer de que a primeira infância é tempo de motivação!
Neste sentido, a leitura tem uma importância singular para o desenvolvimento dos bebês, estudos no campo da neurociência defendem inclusive que desde a gestação é necessário à oralidade para a afetividade, além de fortalecer o vínculo entre o bebê e a genitora potencializa e desperta a curiosidade, a atenção, o prazer pela leitura.
Ler para um bebê é um facilitador de descobertas, despertando o interesse para as coisas do mundo. A criança que tem contato com a literatura desde muito pequenininha, percebe se que é desenvolvido nela diversos sentidos: é curiosa, pronuncia melhor as palavras e se interage melhor, concentra-se mais facilmente, tem interesse por ouvir, imaginar e criar, na compreensão do mundo da oralidade e da escrita, além de adquirir conhecimentos e valores.
Vejamos os contos de fadas que nunca saem de moda, pois motivam e vão ao encontro com a sensibilidade latente dos pequenos. Uma vez que é muito mais apurada do que nos adultos, que por vezes a retraem por vergonha ou uma educação que não os instigou ao desejo de acreditar em algo maior do que sua própria realidade.
A professora não deve perder-se em meio apenas as tecnologias que já querem tomar a infância como delas, ler nunca deve sair de moda, cair no desuso, pois, por mais que a internet possa ter conquistado seu espaço, o livro sempre será ferramenta de libertação e resistência.
E a professora deve ter consigo na mediação o universo da literatura, instigando durante a após os momentos de contação de histórias, que um livro tem muito a oferecer além de sua leitura imediata, sempre fazendo comentários sobre o que leu, questionando pontos da história, trazendo para a realidade, comparando com o cotidiano, apresentando gêneros textuais e os comparando, indicando o autor, entre outros. O contato com a literatura, propriamente dizendo com os livros, para os pequenos, desde deixá-los manusear este com qualidade e estímulos, observar às imagens, mesmo sem decodificar as letras, as crianças são capazes de lerem do seu modo, usando a criatividade e imaginação
Na verdade o sentido real da leitura para os bebês é que estes possam mergulhar no mundo da imaginação, se construindo e descontruindo neste caminho, afinal neste ato há emoção, e, desde o nascimento é preciso os estímulos à compreensão dos aspectos socioemocionais. E a leitura é um princípio de maneira de fazer educação de maneira lúdica e prazerosa. E não devemos nos esquecer, que o exemplo arrasta, portanto, quanto mais cedo se começa a ler para uma criança, maior será a chance que esta sinta prazer por estes momentos.
(*) Ana Maria Da Silva pedagoga, professora da rede municipal em Rondonópolis-MT.