Era uma vez

Por Francisco Erivan de Almeida Júnior | 26/06/2012 | Frases

Era

                                 uma

              vez;

 

a casa simplesinha em um lugarejo muito pacato,

        os sons dos pássaros soavam várias canções

uma moradia tranquila dos sujeitos da sabedoria,

        talvez não tenham vidas amorosas e suficiências de virtudes, uma mera caixa de Pandora

uma janela que abre as portas para Apollo, os prisioneiros acordam suavemente com o despertador da natureza,

        avisando mais um dia de esperança

os prisioneiros no fim do túnel correndo para o jardim com o intuito de regar as flores e as rosas - não brotam mais na primavera,

        não são dignos do perfume e sensibilidade da physis, que expressa paz e harmonia as suas almas, espíritos

na escuridão os alienados adoecem e ficam em sua cama deitados revendo as fotografias de um tempo remoto,

        também os brilhos apagados pela ignorância da vida, da prisão do psíquico

o falecimento, e o que nos deixa de lembrança? a utilidade para a humanidade foi destruída pelo medo da libertação ou pelo terror dos pré-conceitos dos poderosos

a janela, a casinha simplesinha, o lugarejo pacato, a beleza, os deuses da sabedoria

        os passarinhos ficaram tristes e a natureza chorou...