Epistemologização delírica da caverna de Platão.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 04/08/2015 | EducaçãoDiria obscuramente que o mundo surgiu.
O grande abismo incompreensível.
De um nada eterno misterioso.
Intuitivo apenas pela caverna platônica.
A continuidade do nada fundamentado no ser.
Entendido por manobras dialéticas resultadas de racionalismos irracionais.
Apenas uma impostergável misericórdia das especiarias.
Como muito bem entendeu Bergson.
Em sua magnífica obra A evolução criadora.
Tudo que existe tão somente a conquista da consciência sobre o nada.
Mas a pergunta fundamental porque existe algo em lugar do nada.
Responderia com veemência o que existe mesmo é o nada.
A existência da matéria uma ficção da sombra como se fosse à realidade.
O estar no mundo, uma roda oscilatória sem dignificação.
Tudo que consideramos existente é o não inexistente.
Com efeito, a razão da existência é o não real.
Desse modo não existe nenhum ser cuja essência não seja a contradição.
Sendo a realidade do não ser, é absoluta.
Portanto, qualquer resposta além da ilusão é somente sofisma.
Deus não criou o mundo a partir de alguma coisa.
Pois não existia nenhuma coisa para ser criada.
A ideia absurda das pessoas que acreditam em deus.
Como se tivesse criado o mundo pela força da palavra.
No entanto, o espírito não tem linguagem.
O mundo é resultado de uma intuição, com efeito, o mais magnífico delírio.
Quem acredita nessas coisas são loucos.
No entanto, considerados normais.
A doutrina do ex nihilo.
O motivo de deus não estar morto.
Simplesmente por que nunca nasceu.
A interrogação quem disse que o mundo não é apenas o nada.
Sequer imagino como hipótese.
Por ser a verdadeira realidade.
O que refletiu o fabuloso filósofo Schopenhauer.
Quanto menos o homem for dotado de inteligência racional.
Mais o mesmo está mergulhado no mundo de mistério.
Porém, muito mais intrigante a ignorância.
Como imaginou Shopenhauer.
O homem só pode ser considerado superior às demais criaturas.
Se entender a finitude do seu saber representado.
O fato de perceber que na perspectiva da morte.
Torna-se compreensível o nada.
Como refletiu Wittgenstein somos o mundo.
O mundo só existe pela nossa percepção do micro corpo.
Pela sistematização de uma memória mimética equivocadamente.
Entao por que o mundo existe?
Pelo fato de existir uma ideologia formatada no cérebro como se o mundo existisse.
Como refletiu William James.
Do nada ao ser não existe conexão lógica.
O motivo da náusea sartriana.
O ressentimento com a existência.
Um fato fenomenológico compreensivo apenas.
Em uma relação dialética entre o ser e o não ser.
Ideologizado como verdade.
Como vontade de ser.
A resposta peremptória a não existência de todas as coisas.
Em relação suas infinidades.
O delírio utópico da caverna de Platão.
Edjar Dias de Vasconcelos.