Epistemologia de Foucault.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 26/03/2013 | Filosofia

Epistemologia de Foucault.

Foucault tinha como finalidade construir uma nova epistemologia, a partir naturalmente das Ciências humanas, a proposta desencadeada por ele visava superar a antiga ordem epistemológica, aquela que por um lado, defendia as denominadas Ciências positivistas.

O positivismo uma ideologia que leva sempre por meio da análise ao objetivismo científico postura não adequada contemporaneamente.

A ideia da utilização das Ciências da natureza como princípio aplicativo ao referido fundamento ao que se define ao mundo das Ciências do espírito.

Por outro lado, procura negar as tendências subjetivistas, como se o conhecimento dependesse apenas de um sujeito bem elaborado na perspectiva de cada análise.

O conhecimento para Foucault é antes de tudo uma relação de construção entre sujeito e objeto, com fundamento objetivamente dialético, sendo que ambos são condicionados em referência ao conhecimento do espírito, pelo meio sócio-cultural e econômico.

Por fim defende um saber na orientação de Nietzsche, a arqueologia que fundamenta a verdade numa perspectiva da parcialidade, o que é certo ou errado não em suas totalidades.

Nas Ciências do espírito, tudo é uma questão de proporcionalidade o que é mais correto ou errado, com essa proposição afirma a categoria da relação dos cofatores.

 Nada  se explica apenas por uma ou mais razão, o que existe se entende por relações complexas de cofatoridades, tudo é interdisciplinar a tudo, nada existe como manifestação da sua subjetividade.

O saber e sua relação do complexo, não é apenas um apanágio Institucional, ele está de certo modo em todas as partes, fragmentariamente e difuso.

Produz a cada instante, sendo formulado por diversos autores em todos os lugares, com imensa vontade do entendimento.

A sociedade na sua complexidade procura desenvolver a instrução da construção do saber, muitas vezes de forma ideológica e profundamente equivocada epistemologicamente.

Mas o que se pode dizer segundo Foucault que a partir do século XIX, o homem tornou-se objeto de um conhecimento positivo na investigação científica.

Esse tornar-se objetivo não é na sua forma absoluta, pois não é possível o desenvolvimento da construção do conhecimento sem a presença do sujeito.

 O que significa que ser objeto é apenas parcialmente, de certa forma nada poderá ser na sua totalidade, a referência da totalidade é apenas o aspecto abstrato da sua formalidade, do mesmo modo a particularidade.   

As Ciências Humanas, tais quais como: a Sociologia, Psicologia, a própria Filosofia, desenvolvem-se quando os conceitos de formulação tem o sujeito como objeto do saber.

Significa que o mesmo é necessariamente objeto, não na sua totalidade, pois o sujeito em última análise é quem de fato conhece, por esse conceito etimológico prevalecesse na sua natureza.

Implica-se na seguinte conceituação, em primeiro lugar, quem conhece é o sujeito e não o objeto, apesar de ambos terem a mesma identificação cultural, mas no mundo prático da teoria do conhecimento, ambas são objeções diferentes.

Tão somente o sujeito conhece, essa é a explicação da epistemologia, a qual fundamenta o saber em que condições o sujeito tornou-se objeto do conhecimento.

Em quais proporcionalidades, significa numa primeira definição que o sujeito humano é o objeto de conhecimento para si mesmo.

Um fenômeno de estudo bastante recente, de difícil conceituação, o que compreende a forma de saber, as Ciências resultam de mudanças, as quais cumprem seu devido tempo históricos e linhas aplicativas numa estrutura da análise da compreensão.

A base estrutural sistêmica em seus conceitos de entendimento articula todas as formas de conhecimentos, num determinado período e seus quadros mentais referenciais.

Qual o momento do entendimento poderá ou não ser apenas ideológico ou parcialmente ideológico, o que significa que não poderá existir conhecimento puro em sua natureza, quando se refere ao campo das Ciências do espírito.

O que será muito diferente nas Ciências da natureza, isso porque as mesmas têm o objeto desvinculado do sujeito, pelo menos em maior proporcionalidade.

O que significa aplicação da metodologia positivista, quer dizer o saber pontuado sempre com maior objetividade no objeto.

Edjar Dias de Vasconcelos.