ENVELHECER
Por Sandra Oliveira | 17/03/2010 | CrônicasEm que momento da vida nos tornamos velhos? Aos 40 50 60 anos?
Atualmente tem ficado cada dia mais difícil precisar esse momento.Os avanços da medicina,a rapidez nas informações e a busca de uma qualidade de vida melhor,tem proporcionado ás pessoas de um modo geral,uma vida mais longa,ativa e produtiva,pelo menos nos grandes centros urbanos,que é onde encontramos maiores possibilidades de conseguir essa vida melhor.
As pessoas que já chegaram ou estão próximas da terceira idade,tem hoje um conceito bem diferente da velhice,começando por abolirem a palavra "velhice" do seu vocabulário,substituindo a palavra por "terceira idade"ou "melhor idade".Ser idoso ou estar neste período da vida não é sinônimo de ser 'incapaz' 'improdutivo' ou 'inutil".
As vovós de hoje não ficam mais em casa á fazer doces ou tricotando,hoje elas saem de casa todas produzidas para estudar, trabalhar,freqüentam academias,grupos ou associações da 'melhor idade"onde namoram,dançam e passeiam muito.Enquanto os vovos, continuam trabalhando,por satisfação pessoal e ou necessidade,pois o mercado de trabalho tem requisitado muita gente com a experiência que só o tempo constrói,mas com certeza se divertem e aproveitam essa fase da vida,onde não há mais pressão nem urgências,quando podem então perceber e viver coisas que antes não podiam,porque tinham que trabalhar,criar filhos,construir um patrimônio,uma carreira profissional entre outras coisas.
Estar na maturidade hoje, não impõe ao individuo aquele sentimento de estar no fim da vida, sem esperança, sem sonhos,sem objetivos,envolto em tristeza e á espera da morte,muito pelo contrario.É claro que, para que se tenha uma vida plena nesta fase,é necessário que a pessoa tenha organizado e se preparado para tal,sobretudo no aspecto financeiro,nos cuidados com a saúde física e em especial a saúde mental. Acredito que é na mente que tudo acontece,onde tudo nasce,seja coisa boa ou não,por isso a mente tem que ser muito bem cuidada,com doses bem grandes de alegria,esperança,pensamento positivo,auto conhecimento e doses dobradas de bom senso e auto estima.
Quero deixar claro que não sou contra aquelas vovós que preferem cozinhar,bordar ou criar netos,ou contra os vovos que não querem mais assumir compromissos profissionais,pois sei que nem sempre se tem scolha,principalmente num país com tantas diferenças sociais e culturais.