Entende aquilo que sinto

Queria deixar te este texto, para demonstrar aquilo que sinto dentro de mim.

Não em relação a ti, mas sim, em relação a tudo. Sobretudo sobre a minha pessoa. De repente, a vontade de criar, reapareceu.  E milhões de palavras apareceram, sons, ideias. Mas isto não significa que esteja completo.

Embora acho que nunca na vida, nos sentimos satisfeitos, daí lutarmos todos os dias para fazer a diferença. E quando achamos que a felicidade nos está à frente, novos problemas ocupam o lugar de outros.

Amor é uma palavra sem espaço ou forma. É algo que não pode ser exemplificado por palavras, por músicas ou pela pintura mais fantástica. Todos nós somos únicos e diferentes de tudo.

Concordo que nunca fui nem serei ideal para ti. Não neste momento. Mas isso não fará de mim, num universo de pessoas, alguém que não te quer bem.

Isto só retrata um pouco da vontade que tenho em escrever, cada momento marcante da minha vida. E hoje, tal como amanhã, ontem. Têm que ser momentos importantes, para um me sentir importante com o meu tempo. Acho que ficar preso a momentos, sejam eles bons ou maus, acabam sempre por prender a pessoa, e não a deixa avançar na vida, pois causa a ilusão de uma vida linear. Sem alterações, sejam elas boas ou más.

Deixei de acreditar, não nas pessoas, mas em mim. E apesar de ainda não estar totalmente recuperado, quero viver. E vou viver. Triste, alegre, a rir, a chorar.

Nem sempre há sol na nossa vida, mas também não irá chover sempre. Sei que ainda vou sofrer muito, vou perder pessoas importantes, mas também sei que vou sorrir bastante e ter momentos maravilhosos. E o bem da felicidade tal como a tristeza, é que é sempre melhor quando partilhada. Seja ela com amigos, familiares ou alguém especial.

Tornei me egocêntrico, e por momentos os lapsos do tempo, faz me parecer só neste mundo. E tento sobreviver aos meus males e lágrimas com um simples olhar para o espelho.

Sinto me só, sabes? Custa me admitir isto. Mas sinto me só. Por culpa própria, pois recusei e recuso muita companhia. Não consigo gostar ou iludir ninguém. Derivado do facto de ter sofrido tanto e ter sido tão iludido. E por ter esse sofrimento passado, evito com que as outras pessoas o sofram comigo ou que eu com as outras pessoas.

Tu foste a única com abri a minha alma para contigo. E sinto me feliz por tal. Mas a vontade de querer viver novamente, levou-me a que tivesse uma atitude egocêntrica. De pensar na minha felicidade. E esquecendo que tu também tinhas que ter uma opinião. Embora quero que saibas, que mesmo emotivamente alterado, prestei atenção em ti, em cada palavra, cada história. Cada lágrima tua, e cada sorriso. Embora tenhas pensado o contrário. Lembro me de cada palavra tua. E cada momento.

Mas a verdade é que nem eu nem tu, estaríamos dispostos a mais nada. Só uma amizade. E isso concordo contigo. Pois quando tiver que me entregar de corpo e alma a alguém, terei que estar a 100%. E não estou.

Não é que tenha o passado vivo dentro de mim, pois, já está resolvido à muito felizmente. Só que o processo de defesa contra qualquer tipo de sentimento, continua bem em alerta. E acho que era isto que me querias dizer. Não estás a viver o passado, mas sim com o mesmo problema que eu. E apesar de eu ter tido aquela reacção contigo, acredita que a frio, e tendo a tal clareza que já não sentia e tinha à bastante tempo, isto não foi de todo a opção indicada. Deveria ter aguardado, tal como aguardo agora. Continuo a gostar muito de ti. Ter um fascínio imenso por ti. Apaixonado por aquilo que me deste. A energia que me mostraste. A inspiração que me trazes sempre que falas comigo.

Mas neste momento estou só, e tenho que estar. E por muito mais que me custe, ver o tempo passar e ver que o meu futuro não se vai alterar muito. A certeza que nada grande começa em 2 ou 3 dias. Poderá sim ter um início. E já diria o Poema. Se me quiseres namorar, vem com calma.

Calma não só para namorar, mas para viver. Para ser feliz.

O óbvio da minha vida é que sinto me triste. Apesar de ser uma pessoa que sabe falar (às vezes), e que se interessa por tudo e gosta de aprender, não passa tudo de uma maneira de esquecer a minha solidão. Não digo isto para ninguém ter compaixão por mim, ou pena. Simplesmente ganhei coragem para dizer aquilo que sinto à mais de 5 anos.

Perdi a confiança nas pessoas, perdia o valor que tinha. E tento encontrar esse valor nas atitudes e palavras. Embora quero que saibas que agradeço te por esta nova ressurreição de algum do amor que tinha por as pessoas e por mim próprio.

Queria viver num mundo mais feliz. E se não conseguir viver, ao menos que dê um mundo mais feliz aqueles que gosto.

As mãos tremem quando escrevo cada palavra deste texto. Sinto me cansado e nervoso por tudo o que passei. E apesar de viver o hoje, e não pensando no passado ou futuro. A questão é, que faço eu hoje de mim. Chego ao final do dia, sem uma resposta concreta.

Queria estar num lugar ao sol. Aonde estaria confortável. Na verdade, não tenho muita razão para estar infeliz,  e acredita que tenho bons amigos e uma família única. Mas não me sinto propriamente confortável no meu meio.

Por gostar de falar, por gostar de ideias complexas, de pensar demasiado, causo um pouco de confusão às pessoas. E contigo, já o fiz. Embora considero me no dia à dia, mais aquela pessoa que encontraste ao início do que aquela que encontraste da última vez, ao qual volto a firmar que nunca tive uma reação daquelas. E achei me muito estranho. Fará tu.

Não te peço nada, só quero mesmo saber se tu estás feliz na tua vida. E se um dia, tiveres vontade de falar comigo. Seja por problemas, seja que problema for, seja por te sentires realizada, seja porque encontraste alguém que te faça a mulher mais feliz do mundo. Estarei aqui.

Estarei porque tenho como razão, o facto de valorizar te de uma forma que nunca valorizei ninguém. Dar mais importância ao teu interior do que exterior. Tu podes ser uma mulher bonita, que o és. Mas por dentro és GIGANTE.

Obrigado por leres isto. E desculpa por o tempo que te roubei.

Um enorme beijo e abraço (adoro os teus abraços).

Luís “Lipinho”