Ensino Médio Inovador

Por ALFREDO CARNEVALLI MOTTA | 03/10/2012 | Educação

INTRODUÇÃO

            O caso em análise trata de uma situação recorrente em nossas escolas, principalmente as de Ensino Médio.

Os principais problemas apontados no texto são:

  • Acúmulo de funções destinadas à coordenadora;
  • falta de professores na escola;
  • alunos desinteressados;
  • falta de participação da família na vida escolar dos alunos;
  • professores e alunos em conflito permanente, parecem estar de lados opostos feedback negativo dos professores, como é a postura dos alunos com eles;
  • escola de periferia apresenta problemas sociais como drogas, desemprego, desestruturação familiar;
  • alunos não visualizam oportunidades a partir da educação;
  • professores desmotivados com os rumos da educação;
  • equipe reticente quanto à implantação do programa;
  • não há participação dos alunos nas tomadas de decisão;
  • há divergências quanto à utilização dos recursos advindos do programa;
  • falta integração entre equipe pedagógica e direção;
  • não há envolvimento da diretora na execução das ações;
  • o tempo é curto para a elaboração do Plano de Ação;
  • faltam informações mais claras e consistentes sobre as atividades (projetos, políticas, programas);
  • não há integração entre Secretaria de Educação e Escola, tornando o papel da diretora em mera transmissora de “recados” da secretaria, até porque sua atuação quanto à efetiva criação do Plano é nula;
  • não há definições de funções na escola, nem gestão eficaz que promova a participação de todos os atores no processo;
  • falta de uma proposta clara para a organização e funcionamento do Ensino Médio;
  • falta identidade ao nível de ensino para a elaboração de novas estratégias de atuação e direcionamento educacional.

Os problemas apontados fazem parte do cotidiano da maioria das escolas públicas no Brasil.

Esses problemas são potencializados pela falta de uma proposta concreta e unificada para o Ensino Médio, além da promoção de capacitação de gestores e equipe pedagógica, assim como o próprio corpo docente, para que entendam que sem integração, sem comprometimento com os rumos da organização e funcionamento da escola, o insucesso será de todos.

Há de se pensar também, que os projetos apresentados às escolas, na maioria das vezes, não está totalmente estruturado, não apresentam uma proposta clara e não são feitas análises preliminares para a sua efetiva implantação. Assim sendo, começam de trás para frente, ou seja, ao invés de preparar a escola e servidores antes de recebê-los, propõe-se sua implantação, para depois analisar as necessidades, carências e prioridades.

A escola deve priorizar essas necessidades mais latentes, a partir de discussões que promovam um consenso quanto a elas.

Falta às escolas, exatamente, essa participação, essa interação entre escola, alunos, família e comunidade escolar, para a definição das prioridades, do que é realmente importante, visando ao bom funcionamento da escola e, consequentemente, a satisfação dos profissionais e desenvolvimento pleno de nossos alunos.