ENSINO HÍBRIDO: Uma Visão Holística

Por Jedida Melo | 10/12/2018 | Educação

José Odair Freire dos Santos[1]

Prof.ª Dras. Edlucia Turiano e Jedida Melo[2]

Introdução

A educação é uma ferramenta de produção de conhecimento, em constante transformação nos transcorrer de suas praticas em atividades de pesquisas.Há tempos se discute sobre a relevância das ações e as praticas desenvolvidas e sua projeçãoalém da função do professor moderno, frente ao “boom” tecnológico e sua aplicação na educação.

Desenvolvimento

Provocando um despertar para mudanças e rever posicionamento aos meios didático, onde “o presencial se virtualiza e a distância se presencializa. Os encontros em um mesmo espaço físico se combinam com os encontros virtuais, à distância, através da Internet” (MORAN 2003), induzindo a análise do ambiente de formação e das circunstancias de atualização dos mecanismos da formação.

É fundamentalo reconhecimento e a valorização dos recursos tecnológicos concebidosno ensino formal clássico historicamente pré-estabelecido, como: a escrita cursiva e os livros e etc, a base, primordial para o estágio de evolução do saber adquirido,e dá ênfase a Tecnologia da Informação e Comunicação - TICs em sua estrutura sui generes.

O modelo de Ensino a Distancia – EaD, formata com as TICsaglutinadascom as ferramentas hipermidiaticas “são recursos contemporâneos dinâmicos e interativos que se diferenciam da linearidade e do caráter estático do material textual tradicional, facilitando a comunicação entre os usuários” (CUERVO 2012. Apud. Pontuschka 2006), despontando como uma inovação no ensino e suas de boas práticas e com resultados comprovadamente eficientes. Não se pretende distinguir, qual o melhor, sobretudo estabelecer uma vertente intermediaria, buscando um diálogo aprimorado com os nativos digitaisunindo de cada polo, o que é bom, com o ótimo e se chegarao excelente. 

Comointuito de potencializar e ressignificar o ensino,tornando motivador, descontraído, num ciclo contínuo, independente do momento disponívelpara estudo e da presença física dos agentes, na escola,“permite uma grande flexibilidade na passagem de um momento de apresentação de idéias, para outro de ilustração, de pesquisa, de contribuições dos alunos”. (MORAN 2003), para se obterumaperformance magnificae positivação desejada,na açãomediadorano ensino e uma transformação em níveis almejados, numa linguagem versátil e atual, apropriada para o alunado emergente.

O Ensino Híbrido se direcionaàs boas praticas do fazer educacional assumindo seu papel, que se revela como uma ação intermedial das formas apresentadas, uma espécie de “crossover”, sendo a fusão dos elementos didáticos e das estratégias distintas e ampliadas em composto no ensino presencial e no EaD, com os meios tecnológicos embarcados e seus acessórios. “Os cursos podem alternar momentos de encontro numa sala de aula e outros em que continuamos aprendendo cada um no seu lugar, de trabalho ou em casa, conectados através de redes eletrônicas”. (MORAN 2003).

Promovendo um quadro repto e próspero,favorecendo a intervenção na rotina hodierna do alunado, com nova dinâmica sincronizada dos conteúdos e no desenvolvimento das habilidades equivalentes,para se alcançar osresultados, promovido pelo entusiasmo no cultivar paulatino dentro da plataforma digital na ArquiteturaPedagógica, com articulação de varias situações favorável para o aprendizado.

Nesta modalidade hibrida, o ensino se dá por uma gama de sistemas (programas) integrados que se molda adequando ás necessidades de cada agente, respeitando momentode disponibilidade, dispersando a ociosidade, ao acesso em um software conectadoaos parâmetros de gestão das atividades, o Ambiente Virtual de aprendizagem – AVA, atuando como facilitador “dentre muitos outros meios de usos e funções, em consonância, com práticas cotidianas dos indivíduos enquanto seres sociais e nativos digitais ou migrantes digitais”.(CUERVO 2003), possibilitando uma dinâmicade procedimentos de aprendizagem na linguagem cibernética com foco na valorização do aluno e do professor.

Para tanto,é preciso uma terceira ação profissional, denominado de tutoria, para acompanhamento do trabalho e materialização da aprendizagem,na motivação interativa na produção de mais conhecimentos, adversos além daqueles naturalmente sabidos.

A liberdade de acesso á tablets e smartphones, eos acessórios do EaD, deixa a atividade educacional presencial bem mais atraente, estimulante dispersando ocasião de invariabilidade da aula clássica, dando sentido coeso, com a fixação do tema salutar,ao pesquisar conceitos e definições de outras fontes indicada pelo professor ao promover o letramento pedagógico cibernético, para navegar de maneira autônoma seja qual for assunto, há todo instante, sem importar o recurso didático(vídeo aula, e-book, discussão ou Quiz), com jogos, com imagens responsivas, que se adapta em toda tela, especialmente em atividades e exercícios, sendo possível curtir, deixar like, comentar e compartilhar o posicionamento dos colegas, são formas interativas usual, sempre disponível no bolso, estando o aparelho online ou off-line (com download).

Assim estando todo material acessível. Sem demandar aquisições, sendo de baixo custo nem tampouco precisar compreender todos os mecanismos contidos nestes aparelhos, apenas manipular. A valorização do tempo é a grande sacada, pela disponibilidade, em todo lugar e a todo instante, quando estiver disposto, com a atenção voltada no curso.

Como a tecnologia se apresenta numa direção linear com projeção significativa do desenvolvimento da humanidade. Com tantos benefícios da linguagem contemporânea,estes recursossão adaptáveis na educação formal, torna-se necessário aderir aos procedimentos de ensino-aprendizagemnuma perspectiva hibrida, como uma tendência na educação contemporânea, que sãoempregados nos processos de ensino e aprendizagem como apoio pedagógico.

Essa ideia desmistifica preconceitos e buscamrupturas de paradigmas emergentes, uma vez comprovadas sua eficácia, e neste pensamento, não há que se estimar as TICs, e os meios hipermidiáticos, em relação as ação pedagógicas clássica, presencial da tradição verbal, porem numa outra vertente, ao apoderamento frente a potencialidades dos estudantes,na iteração da comunicação digital.  Notadamente, evidencia-se uma crise antagônica de classe entre nativos digitais e migrantes digitais, sendo eles: A geração de “nativos digitais” mostra fluência e naturalidade na adesão direta e transparente às tecnologias emergentes, “enquanto os adultos são chamados de ‘migrantes digitais’, aqueles que precisam adaptar-se – não sem alguma dificuldade – às novas ferramentas e novas formas de fazer as coisas” (CUERVO 2003. Apud.Tagnin, 2008).

Outro questionamento, como objeto de pesquisa futura, suscitam em detrimento da rejeição ao impasse do uso dos Recursos Tecnológicos em sala de aula, na adesão do ensino hibrido, sendo essa uma tendência natural movido pela profunda evolução da forma dos indivíduos se relacionar com a revolução tecnológica.

Conclusão

De certo é que não há como dominar toda a complexa e inovadora tecnologia, porem, a necessidade de adaptar-se aos utensílios disponíveis, na formação das próximas gerações com reflexos futuro.

REFERENCIAS

BACICH, L. Moran, J. Aprendereensinarcomfocona Educação Hibrida.pdf. [s.d.]. disponível em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2015/07/hibrida.pdf. Acesso em: 02/12/2018.

 

BACICH, L. Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação:Tecnologias, Sociedade e Conhecimento, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 100–103, 2016. Disponível em: http://www.nied.unicamp.br/ojs/index.php/tsc/article/view/152> Acesso em: 29 ago. 2018.

 

CUERVO,L. Educação Musical e a Ideia de Arquiteturas Pedagógicas: Práticas na Formação de Professores da Geração “Nativos Digitais”. Revista da ABEM Londrina, v.20, n.29 - 62-77. Dez 2012. http://abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/viewFile/91/76. Acesso em: 03 mar. 2018.

 

KRÜGER, S. E. Educação musical apoiada pelas novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): pesquisas, práticas e formação de docentes. Revista da ABEM, [s. l.], v. 14, n. 14, 2014. Disponível em: http://www.abemeducacaomusical.com.br/revistas/revistaabem/index.php/revistaabem/article/view/314. Acesso em: 29 Ago. 2018.

 

MORAN, J. M. Educação Inovadora Presencial e a Distância. [s.d.]. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/inov.pdf.  Acesso em: 02 Dez. 2018.

 

MORAN, J. M; Masetto, M. T.; Behrens, M. A.; Novas Tecnologias e Mediação Pedagogicas.pdf. Campinas-SP.PAPIRUS, 10ed.,2000.Disponivel em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAg8rIAH/moran-novas-tecnologias-mediacao-pedagogica. Acesso em: 27 Ago. 2018.

 

NÁDER, A. M. J. Ensaios sobre educação musical perspectivas práticas, recursos tecnológicos e formação musical. Mossoró – RN: EDUERN, 2017. Disponível em: https://issuu.com/eduern/docs/ensaios_sobre_educa____o_musical_pe. Acesso em: 29 ago. 2018.

 

OLIVEIRA, R. M.; Faro. R. A. O; Lobato H. K. G.;Whatsapp e educação: entre mensagens, imagens e sons. Salvador: EDUFBA, 2017.

 

 

[1] MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – FICS

[2] DOUTORAS EM EDUCAÇÃO – UEP e FICS

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