Ensaio do Filme As Palavras
Por Wanderson Marques de Sousa Gomes. | 25/06/2016 | ResumosNo Filme As Palavras, o escritor Rory Jansen sonha em escrever algo que realmente seja do interesse do público leitor. Infelizmente, por onde anda encontra portas fechadas no mundo das editoras, não conseguindo, desta forma, publicar suas obras, o que lhe faz pensar que é incapaz de redigir textos que sejam realmente dignos de leitura.
Desiludido com suas expectavas, Rory, depois de algum tempo, acaba encontrando um texto, escrito em folhas antigas que, aparentemente, tenha um excelente conteúdo: tratava-se de uma história de amor, uma espécie de crônica bastante atrativa cuja a publicação, indubitavelmente, lhe renderia sucesso e fama ao longo da vida.
Depois de uma série de acontecimentos e muitos momentos de reflexão, Rory decide assumir a autoria do texto e, consequentemente, publicá-lo, mesmo sabendo de toda a verdade. Sua esposa, Dora, sem conhecer o real contexto por trás de toda aquela situação, lhe confere apoio e solidariedade, fazendo jus ao papel de companheira.
Após a publicação, como previsto, sua ascendência ao sucesso culminou. Rory agora era um escritor de renome, não obstante sua consciência o advertisse de vez em quando. Ele tinha plagiado um texto cujo o autor não conhecia, o que se caracterizava como uma exorbitante falta de ética, tanto profissional quanto moral.
Dias depois, quando jazia em um banco de praça, Rory encontrou o verdadeiro autor do texto que publicara. Sua reação ao descobrir a autoria de seu plágio lhe rendeu espanto e, ao mesmo tempo, admiração. Sem pestanejar, lhe contou a verdadeira história sobre o ocorrido, o que fez com que uma autoanálise fosse automaticamente feita pelo próprio Rory sobre o ato que fizera.
Infelizmente, esta é a narrativa que encontramos, além do filme, na vida real. O plágio e a falta de ética se tornaram comuns na sociedade de hoje, o que decresce, a cada dia, o progresso da serenidade da nação. Assim como Rory, muitas pessoas tendem, dado as circunstâncias, a praticar atos isentos de consciência, o que faz com que a banalização dos atos que antes eram essenciais aos bons costumes torne-se cada vez mais frequente.
Resta-nos, portanto, preservar, na medida do possível, as boas atitudes para que, em um futuro próximo, a restauração da ética e da moral possa, de fato, resgatar os princípios que favoreçam a permanência do exame de consciência da sociedade, pois somente assim teremos de volta a integridade intelectual que um dia foi sã.