Em qualquer profecia

Por Edson Terto da Silva | 06/12/2012 | Crônicas

Amigos, fiz quase tudo para não escrever sobre o tão falado Fim do Mundo “agendado” no calendário Maia para este dia 21 de dezembro de 2012. Não tenho dúvida de que algum dia o mundo se acabará, pois está até na Bíblia Sagrada, no livro do Apocalipse ou Revelação. Não sei se todos sabem, sou fã de toda carreira do roqueiro baiano Raul Seixas, o Rauzito, e ele tem a música chamada Profecias que diz: “...está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia...”

                                                              

Portanto, se o fim é fato consumado, nos resta é escolher como seria, ou melhor, como será, já que ele estaria previsto para sexta-feira, 21. Bom, não tenho tempo ou direito de escolher um fim para cada uma das pessoas. Também peço que ninguém faça escolha alguma, o melhor é não fazer nada, afinal se vai ter mesmo o fim, o negócio é esperar e ver como ele será, não precisa ajudar em nada, acredito que isso é o mais sensato a se fazer.  

De minha parte, gostaria, mas não sei se é possível, se houver um fim, de estar na frente do mar, com o dia maravilhoso, a brisa arrefecendo o sol e que junto a mim estivessem todas, mas todas mesmo, as pessoas que amo, admiro ou simplesmente gosto. Também gostaria que estivessem ali todas as pessoas que me amam, admiram ou simplesmente me gostam, mesmo as que eu não conheça e que nem imaginasse que gostassem de mim.

Todos estariam rindo, muito felizes, seja trocando carinhos, dançando ou comendo e bebendo. Quando o dia começasse virar noite e a inevitável sombra do fim tomasse forma, todos ali seriam tomados por um sono analgésico, se deitariam confortavelmente na areia macia e seriam dominados por um definitivo sonho. Todos sonhariam pela eternidade com aquele momento lindo vivenciado antes do sono, se juntariam aos seus antepassados e para ninguém haveria consciência de que o mundo acabara de acabar.

Mesmo achando tudo lindo, se for o caso, eu recorro mais uma vez ao roqueiro Rauzito e como na música “Metamorfose Ambulante” falo que quero desdizer o oposto de tudo o que disse antes, afinal se o mundo acabou dia 21, ninguém estará lendo este texto mesmo... ou, se tiver mesmo um outro lado, lá também haverá jornais ou sites ?!