Elogio da Loucura da Razão.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 21/05/2013 | Poesias

Naquele lugar.

Onde escutei a primeira canção.

Ficou um silêncio perdido no ouvido.

Viver é melhor contando histórias.

Secretas ao tempo.

A boa memória.

Hoje ainda guardo a cor.

Daquele canto.

Anos que passaram.

Que não voltarão.

Quantas manhãs perdidas.

Tardes esquecidas.

Noites distantes.

Do tempo sentido.

Os olhos perderam.

Seus brilhos.

 O tempo multiplicou.

Replicou cada ordem.

Como se tudo.

Fosse perfeitamente normal.

Sei a cor da intuição.

Os olhos que aquecem a esperança.

Os fãs dos cantos daquele lugar. 

Uma causa do tempo.

O filho do vento.

Tanta melodia.

Para tão pouca imaginação.

 Alguma coisa vai além do agnosticismo.

Seja qual for sua tendência.

Aceito pacificamente a construção.

Da segunda razão.

Ela é a formulação de tantas partes.

A negação de outras.

 Aquela que não tem a priori.

Nenhuma síntese.

A não ser o mecanismo do controle.

De todas elas.

O homem pode ser a razão.

Produto da sua ideologia.

Mas então o que o homem deverá ser.

A produção do seu cérebro.

A formulação das ideologias.

 O que é que não é ideologia.

Os seus limites.

Preso num canto da memória.

 Mas a mesma é apenas o meio.

A divisão de vários caminhos.

Epistemológicos.

Pergunto que mundo é esse.

Pura invenção.

O homem é essa invenção.

Da linguagem absoluta.

Mesmo que seja o limite do tempo.

Ninguém se liberta desse significado.

Cuja etimologia.

Não diz nada.

Além.

Domínio da estrutura sistêmica.

Então qual é o caminho.

A estruturação cega.

Da mediocridade cotidiana.

A síntese das sínteses.

Os aspectos particulares das sínteses.

Aquele essencialmente possível.

Que consegue entender a particularidade.

Da proximidade.

Das diferenças.

Naquilo que é proporcional.

Seja qual for à categoria de análise.

Os elementos da metafísica.

Ou da empiria.

Não negada intuitivamente. 

Categoricamente o que é observável.

Sua comprovação de hipótese.

O mundo é um relicário dessas informações.

 Apofânticas.

A ipseidade do destino comum.

Das idiossincrasias.

Muitas delas diacronicamente.

O medo da percepção.

Analítica.

Indelével ao entendimento diverso.

Quanto ao desejo.

Uma ideia litófilo.

Diria certa lixiviação dos conceitos.

Filologicamente.

A morfologia da significação abstrata.

Predestina a pervicácia da única razão.

Edjar Dias de  Vasconcelos.