EDUQUE BEM SEU FILHO!

Por Ciro Toaldo | 22/08/2013 | Família

EDUQUE BEM SEU FILHO!

 

            Vivemos em uma sociedade calculista, preocupada em aparências e no bem-estar momentâneo. Foi-se o tempo onde as famílias empenhavam-se para realizar encontros, geralmente aniversários, festas de datas tradicionais, como páscoa e natal onde, após comes e bebes, os mais velhos relatavam suas experiências através de belas histórias e testemunhos de vida, demonstrando o quanto os mais novos devem aprender. Graças ao bom Deus vivemos parte de nossa existência atrelada com esses tipos de encontros. Mas, como tudo evoluiu, sabe-se lá que evolução é essa, nossa geração parece não importar-se mais com os encontros familiares e com os  relatos de vida daqueles que já enfrentaram muitos obstáculos. Dessa forma, os filhos crescem a revelia, passam a não valorizar a família e, ficam convictos que na existência humana, tudo é fácil.

            Será, caros pais, estimadas mães e todos aqueles envolvidos no processo do ensino-aprendizagem, que não deveríamos retomar alguns pontos da educação de nossos filhos? Será que o bom pai e a boa mãe são aqueles que dão todas as coisas e, de mão beijada, para seus filhos (as)?

A verdade é apenas uma: caso não destinarmos algum tempo para fazer uma reflexão sobre a maneira como estão sendo educados e formados os nossos filhos, corremos um sério risco de ver todo um trabalho perdido de gerações passadas que em muito contribuíram para que nosso mundo chegasse ao estágio atual. Não se trata de negativismo, pessimismo, ou qualquer outro “ismo”, mas o fundamental é pensar como anda a educação dos filhos, principalmente daqueles que ainda não completaram a maior idade (apesar de existir muitos filhos com maior idade, casados e que geraram outros filhos, mas não conseguiram chegar ao grau da maturidade e desenvolvimento, estes serão os eternos pesos e assombros, tanto para a sociedade, como para suas famílias).

Para esclarecer nossa evidência, destacamos, entre inúmeros fatos,  um caso, infelizmente que se torna corriqueiro: diz respeito as tragédias de finais de semana – o filho, com o consentimento da família, sai de  casa com o carro ou com moto, vai a uma festa, bebe sem controle e, depois sai pelas ruas, na alta madrugada e, no intuito de mostrar o quanto é um ‘jovem sarado e esperto’, mas no meio da ‘euforia’, perde o controle, bate no carro de terceiros, inferniza meio mundo, quando essa  pobre criatura, não se acidenta ou tira a vida de inocentes  devido aquele ato imprudente e selvagem. Dentro desse contexto perguntamos aos diletos e honrados pais e leitores: em que mundo vivemos??? Enquanto uns pais preocupam-se com seus filhos, levando-os, como afirma o gaúcho, na rédea curta, outros não estão nem ai e permitem que os filhos façam aquilo que bem desejam???

No ensejo de vislumbrar um mundo onde todos possam exercer sua liberdade, urge que as famílias, escolas, igrejas e a sociedade organizada busque alternativas para se formar com dignidade e hombridade os jovens; caso contrário continuaremos convivendo com as tragédias e barbaridades na sociedade. Talvez,  como afirmam os estudiosos do comportamento humano: “seja preciso rever as posições defendidas pelos pais em relação aos seus filhos: não será proporcionando a realização de todos os seus desejos  que eles conseguirão vencer na vida, mas ao contrário, devem também aprender a ouvir o “não” (mas é preciso saber dosar, entre o sim e o não)”.

É certo que vivemos em um mundo em transformação e em franca evolução, mas devemos saber  onde desejamos chegar. O importante é não esquecer o que a própria história nos ensina: não podemos criar ‘cobras’ imaginando que elas se tornarão amáveis ‘cordeiros’. A bem da verdade devemos concluir: “tudo aquilo que fizermos, relacionado com a educação de nossos filhos, estaremos fazendo à nós mesmos, ao destino de nossa família, de nossa geração e da sociedade em que estamos inseridos”. 

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