EDUCAR PARA A PAZ
Por SALETI HARTMANN | 22/09/2021 | EducaçãoARTIGO:
EDUCAR PARA A PAZ
Saleti Hartmann
Professora/Pedagoga e Poetisa
Sempre tive um conceito sobre a Educação como uma diretriz, um objetivo maior do que a simples acumulação de informações e conhecimento inútil.
Ao longo da História Humana a Educação existiu como uma Bússola apontando na direção da Paz, do uso consciente da Inteligência, visando uma sociedade, uma civilização sempre evolutiva, que produza indivíduos conscientes, preparados para a vida profissional e social, sempre aprimorando o Ser Humano e a própria Civilização.
Atualmente percebemos que este objetivo bom, de aliar o Conhecimento à evolução, de novo encontra-se no seu nascedouro.
A grande UTOPIA chamada de Educação, foi trocada pelo fanatismo ideológico, voltado para grupos e não para a Nação como um TODO!
A História mostra muito bem o futuro que advém do abandono dos Valores Humanos em troca de ideias rancorosas contra os que pensam de modo diferente, e vivem de maneira diferente.
No tempo da Segunda Grande Guerra Mundial, foram feitas pesquisas sobre qual tipo de “Ser Humano” estava por trás do Holocausto. As respostas trouxeram à luz que os colaboradores e mentores das terríveis matanças, eram os intelectuais, donos de Diplomas das mais altas graduações do Conhecimento político. Isso se chama Geopolítica.
Enquanto o povo considerado ignorante, morria da forma mais violenta possível.
Com um sentimento de horror, após um olhar pela maneira como se deformaram os melhores motivos, as melhores utopias, percebemos que, novamente a intelectualidade se apropria do Conhecimento nas escolas, para incitar o ódio e a violência.
Os jovens, que não possuem a memória histórica, aliam-se aos discursos de destruição da tolerância e da Paz, através da destruição das Instituições milenares e/ou seculares, matando completamente a melhor utopia, que é fazer a Humanidade progredir, não no caos, mas na ordem, na disciplina e na convivência pacífica entre diferentes ideias, diferentes povos.
Portanto, se não houver uma reação contra essas destruições de tudo o que torna o indivíduo mais humano, menos fanático, levando às salas de aula não a militância ideológica, mas os ensinamentos de Valores, estaremos caminhando rapidamente na direção do caos, da violência, da perseguição odiosa aos que não aceitam qualquer ditadura que se faz presente em todo o território nacional.
Através do aprendizado dos Valores Humanos, como o Respeito, a Tolerância, a Empatia... e também a Resiliência diante das dificuldades naturais que a Vida produz, o Brasil e o Mundo precisam continuar a vivenciar o progresso na direção da evolução sem medo, do Amor, do Bem, que é o próprio Projeto de Deus em ação na Terra.
Para ilustrar um pouco esse texto, vale a pena conhecer uma pequena história da vida real de um cientista, que dedicou a sua vida inteira construindo armamentos de guerra.
A história começa assim:
“Era uma vez...
Um cientista que jamais acreditou em Deus, mas acreditava que a Ciência tudo podia, sem limites, sem escrúpulos. Dedicou sua vida e sua inteligência a criar armamentos letais e destrutivos. Sua mente brilhante o tornou famoso e até poderoso.
Quando chegou na velhice, porém, na idade das avaliações do filme particular chamado Vida, aconteceu uma grande transformação na sua mente e na sua consciência. Parecia que todos os mortos através dos armamentos por ele criados, vinham cobrar a vida que perderam apenas pela ganância pelo poder.
Foi então, que o referido cientista pôde compreender profundamente o grande mal que a sua Inteligência trouxe às Nações do mundo inteiro.
Prostrou-se de joelhos no chão, chorou insanamente sobre a sua monstruosa criação, olhou para o Céu pela primeira vez, e, dos seus lábios que jamais souberam rezar, brotou uma oração de grande arrependimento. Sua voz, entrecortada pelas lágrimas, conseguiu clamar:
Deus!!!! Eu troco todo o meu conhecimento, e minha inteligência por uma ÚNICA AVE-MARIA, para suplicar o Seu Perdão. Minha crueldade em pensamentos e ações me seguem nos sonhos, me torturam na alma e na consciência.”