Educação, Valores e Cidadania: Formação humana e um novo pensar na Educação de Jovens e Adultos.

Juliane Aline dos Reis Delmonego

Raquel Gonçalves da Silva

 

Resumo

A educação é um direito integral para todos e neste presente trabalho teremos uma conclusão de que o ensino básico vem sendo cada vez maior nos dias de hoje já que leis garantem o direito à educação a todos os jovens e adultos que procuram pela educação seja ela por uma vontade ou principalmente pela necessidade da conclusão da educação básica de acordo com suas particularidades.

Palavras-chaves: Educação, Valores e Cidadania.  

 A educação é caracterizada por uma busca de valores, onde a escola terá um papel muito importante como mediador, dando a liberdade de trocas de conhecimentos, informações e experiências vividas pelos educandos, com o qual irá ajudar no processo de ensino-aprendizagem para formação cognitiva do indivíduo.

 O aluno da EJA é de extrema importância para o âmbito escolar, trazendo consigo os conhecimentos adquiridos ao longo da sua vida, como muitas Marias que voltam à escola para ler e escrever, muitas vezes retraída por achar que não será aceita e que não terá nada a oferecer, quando por muitas vezes faz com que seus conhecimentos como mãe, dona de casa, auxilie na sua formação humana.

Avançar com a educação é obter de valores que muitas vezes lhes foram descontinuados devido à necessidade de cada um na idade considerada própria a educação básica. A EJA é uma modalidade que esta cada vez mais requisitada e com isso cabe ao educador juntamente com a escola uma formação adequada para atender esses alunos, a partir disso fazer uma investigação para ver a necessidade do aluno que procura a EJA, e ver qual seu interesse.

É função da escola preparar os educandos para ser cidadão mas contudo ensina-los o que é ser cidadão. É perceber se os alunos tem conhecimento que a escola é bem mais que transmitir saberes, é reconhecer a escola como reestruturação para assim poder desempenhar o papel mais importante aos educandos que não só o de ensinar, mas sim o de formar pessoas com capacidade de se tornarem atuantes no mundo.

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila (CODIC- Coordenadoria dos Direitos da Cidadania).

Uma das formas mais simples que pode auxiliar muito na formação desses educandos, é olhar para cada um e a partir disto tornarmos facilitadores a continuidade da educação, realidade essa que as escolas regulares mostram com muita distância, competindo a EJA, mudar isso e não cooperar com os direitos recusados já muito vivenciados pelos alunos.

Estar disposta a formação para saber como atender o público jovem e adulto, é estar aberta a caracterizar tais vivencias que muitas vezes não se pode ver na educação regular.

 Como professora em uma escola que atende o público jovem e adulto, por muitas vezes tornam-se necessário entender a necessidade do aluno.

A educação como um todo nos leva a uma investigação pessoal, de saber qual é a intencionalidade de cada educando de ter retornado a escola, o principal objetivo é o de quebrar paradigmas que por muitas vezes é o maior questionamento entre todos, como o de achar que não tem mais tempo para a educação e que o seu tempo já acabou. Cada um tem o seu tempo, e o tempo para a educação é o agora, a partir do momento em que se tornam aptos a retornarem a educação.

Por muitas vezes, ouvimos dos educandos que eles não conseguem acompanhar o que se esta para ser ensinados, com os conhecimentos populares trazidos por eles, conseguimos então fazer com que compreendem que o saber não esta voltado somente à sala de aula, mas sim com aquilo que podemos vivenciar durante toda a nossa vida, que aquele senhor que trabalha em um mercado, que consegue fazer somas, ou até mesmo aquela dona de casa que sabe fazer um bolo, manusear um tear ou até mesmo aquele trabalhador que trabalha em indústrias, esses trazem a sala de aula conhecimentos riquíssimos que podem ser muito aproveitados durante o processo de ensino-aprendizagem, cabe aos educadores mostrar a eles o quanto eles sabem e que o saber é único de forma com que eles possam se sentir motivados, aceitos e que todo o conhecimento é valido, quando se tem interesse em aprender.

 

Conclusão

Contudo podemos compreender que a educação é uma importante ferramenta na formação dos indivíduos, habitua – se articular que a educação deve constituir o indivíduo integral, sujeitos adequados de pensar com coerência, cidadãos capazes de colaborar com as modificações sociais e culturais, de modo a ocorrer na escola e fora dela, uma formação integral que exige uma agilidade educativa que almeja contribuir no desenvolvimento social do individuo.

REFERÊNCIAS

ARROYO, Miguel Gonzalez. (org.). Da escola carente à escola possível. São Paulo: Edições Loyola, 2003.

DI PIERRO, M.C. Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educação e Sociedade. Campinas, vol. 26, n.92, p.1115-1169, Especial-out.2005.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 01/08/2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Alunos e Alunas da EJA. Coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, 2006.

MAYER, Isabel Santos. Parâmetros de Idade para EJA. Audiências Públicas do Conselho Nacional De Educação - CNE/CEB. Reformulação do Parecer no CNE/CEB 11/2000 sobre temas: Idade, Certificação e Educação à distância. 2007.

O QUE É CIDADÃO? - www.codic.pr.gov.br/modules/.../conteudo.php - acesso em 10/09/2015.