Educação na saúde de portadores de Hipertensão Arterial em saúde da Família
Por ANDERSON FERRARI DA SILVA CERA | 13/06/2015 | Saúde
FIJ
FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ
GESTÃO DE PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
MONOGRAFIA
Educação na saúde de portadores de Hipertensão Arterial em saúde da Família.
Anderson Ferrari da Silva
2010
FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ
CURSO DE GESTÃO DE PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Educação na saúde de portadores de Hipertensão Arterial em saúde da Família.
Anderson Ferrari da Silva
Sob a orientação da professora
Ana Rita Alves Ferreira
Monografia submetida como requisito parcial do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Programa de Saúde da Família.
Feira de Santana – BA
2010
FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ
PÓS-GRADUÇÃO EM GESTÃO DE PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Anderson Ferrari da Silva
Monografia submetida como requisito parcial para o Curso de Pós-Graduação em Gestão de Programa de Saúde da Família.
MONOGRAFIA APROVADA EM _____/_____/2010
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_________________________________________
Profª. Ana Rita Alves Ferreira
(Orientadora)
_________________________________________
Dedicatória
A minha esposa Patrícia e minha família por entenderem a minha ausência para realização deste sonho
Agradecimentos
À minha mãe e pai, que com seu amor sublime, sempre esteve presente ajudando-me na realização dos meus sonhos;
A minha esposa que participaram de várias formas, mesmo que indiretamente, mas doarem um pouco de sua essência fraternal para que esse sonho se tornasse realidade;
Aos professores e orientadora, Ana Rita Alves Ferreira, motivadores do meu desenvolvimento profissional, que dispuseram do seu conhecimento para ajudar-me a avançar os degraus de mais uma etapa em minha vida.
Aos colegas e amigos que simbolizam exemplo de trabalho, alegria e entusiasmo.
Àqueles, que mesmo não sendo citados, colaboraram para a realização deste trabalho.
Deus, por conceder-me a capacidade de concluir mais uma etapa em minha vida;
RESUMO
O estudo dividiu-se em dois capítulos, o primeiro, buscou identificar a patologia, idade, profissão, pessoas com quem eles residem, estado civil, tipo de medicamento em uso e fatores que levam o paciente a não aderir ao tratamento. Foi feita a medição da pressão arterial de cada um deles. É preciso nesta fase da vida, que o individuo seja assistido por um profissional da saúde, para compreender as suas necessidades e ampará-los nas suas fraquezas. As pessoas que convivem com os com os pacientes devem estar cientes deste processo e devem oferecer equilíbrio nos aspectos físicos, sociais e ambientais. Conhecer todos os estágios da vida e de seus pontos críticos é muito importante e facilita o melhor desempenho da avaliação de saúde. O tipo de doença que mais acomete os individuos é a elevação da pressão arterial, e pode manifestar-se como arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca, doença coronariana, arteriosclerose, hipertensão. Estão associados ao surgimento da pressão alta, o stress, alimentação rica em gorduras animais, açúcar e sal, fumo, vida sedentária, diabete, obesidade, casos de doença na família e uso de pílulas anticoncepcionais. Problemas relacionados à pressão arterial devem ser muito bem diagnosticados para se evitar o tratamento desnecessário e para se evitar que idosos com hipertensão arterial não se tratem adequadamente. Infelizmente nem sempre a pressão alta provoca sintomas, daí a importância de se medir anualmente. Cerca de 80% dos hipertensos normalizam a pressão apenas com a adoção de medidas higiênicas e dietéticas, como eliminação do fumo, redução da ingestão de sal a cerca de 5 g diárias, prática de exercícios físicos e eliminação de contraceptivos orais (no caso das mulheres). Só os restantes 20% necessitam de medicação. No segundo capítulo, identificou-se o perfil dos individuos, quanto à situação sócio-econômica e outros aspectos relativos ao seu quotidiano. Vários aspectos influenciam a vida do individuo, dentre eles, o ambiente familiar, o espaço pessoal, o lazer, uso de medicamentos, exercícios físicos etc. A atenção à pessoa deve basear–se na melhoria da qualidade de assistência havendo um envolvimento de todos os profissionais e familiares. Muitos pessoas desenvolvem bons hábitos de vida somente após a chegada da faixa etária avançada. Embora seja necessário que todas as pessoas adotassem um padrão saudável desde a sua infância. Uma forma já sabida de manter uma boa saúde e melhorar a qualidade de vida é a prática regular de atividade física. Na realização da pesquisa alguns pontos críticos foram evidenciados, principalmente quanto ao sedentarismo das pessoas. Os hábitos de vida contribuem para o desenvolvimento de patologias. Muitos deles, apesar de doentes e debilitados contribuem fundamentalmente para o sustento da família.
Palavras-chave: educação, hipertensão arterial; saúde da familia.
ABSTRACT
The study was divided into two chapters, the first, sought to identify the pathology, age, occupation, people with whom they reside, marital status, type of product in use and factors that lead to the patient does not adhere to treatment. Was performed to measure the blood pressure of each. It is necessary at this stage of life that the individual is assisted by a health professional, to understand their needs and support them in their weaknesses. People who live with them with patients should be aware of this process and should provide balance in physical, social and environmental. Knowing all life stages and its critical points is very important and facilitates the best performance of health assessment. The type of disease that affects the most individuals is the elevation of blood pressure, and may manifest as cardiac arrhythmia, heart failure, coronary disease, arteriosclerosis, hypertension. Are associated with the onset of high blood pressure, stress, diet rich in animal fats, sugar and salt, smoking, sedentary lifestyle, diabetes, obesity, cases of family illness and use of contraceptive pills. Problems related to blood pressure must be thoroughly diagnosed to avoid unnecessary treatment and to prevent elderly people with hypertension do not properly address. Unfortunately not always cause high blood pressure symptoms, hence the importance of measuring each year. About 80% of hypertensive normalize the pressure only with the adoption of dietary and hygienic measures such as eliminating smoking, reducing salt intake to about 5 g daily, physical exercise and elimination of oral contraceptives (for women ). Only the remaining 20% need medication. In the second chapter, we identified the profile of individuals with regard to socio-economic and other aspects of their daily lives. Several aspects influence the life of the person among them, the family environment, personal space, recreation, medication use, physical exercise etc.. The attention to the person must be based on improving the quality of care there is an involvement of all professionals and family members. Many people develop good habits of life only after the arrival of advanced age. While it is necessary that all people adopt a healthy pattern since childhood. One way already known to maintain good health and improve quality of life is the practice of regular physical activity. During this research some spots were detected, mainly for sedentary people. Living habits contribute to the development of pathologies. Many, though sick and frail contribute fundamentally to support the family.
Keywords: education, high blood pressure, health of the family.
SUMÁRIO
1 - Tema 09
2 - Introdução 09
3 – Justificativa 14
4 – Objetvos 15
4.1 – Objetivos geral 15
4.2 – Objetivos Especificos 15
5 - Metodologia da Pesquisa 16
6 – Metodologia do desenvolvimento da pesquisa
6.1 – objetivo do Estudo 17
6.2 - Coleta de Dados 17
7 – Caracterização do Projeto 17
8 - Definição Relacionada á População e Amostra 18
9 - Técnica, Analise E Interpretação de dados
10 - Saude: Conceito e Definição
11 – Hipertensão Arterial: Prevenção, Cuidados e tratamento
11.1 - Hipertensão – Um mal do mundo moderno
11.2 - Causas e Fatores de Risco 21
11.3 - Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Hipertensão Arterial. 22
12 – Analise e Interpretação dos Dados coletados 23
13 - Representação Gráfica, Análise e Interpretação dos Dados Coletados.
14 - Conclusões
15 – Considerações Finais 27
16 – Referências Bibliográficas
17 – Lista de Anexos
17.1 - ANEXO A – Questionário sócio – econômico.
1- TEMA.
Educação na saúde de portadores de Hipertensão Arterial em saúde da Família.
2 - INTRODUÇÃO.
Nos dias atuais nos deparamos por diversas situações no processo de trabalha da atenção básica a saúde, é que desde tempos antigos existem resistências de pessoas que não querem o melhor pra si e que não querem fazer tratamentos para determinada patologia, a mais comum: Hipertensão, e que nos dias atuais muitos ainda apresentam uma pequena melhora da patologia através de bom tratamento e por ignorância abandonam seu tratamento. Podemos dizer que deve ser pelo fato da didática desde seu domicilio até as escolas, acontecendo assim uma sinergia entre a saúde e o individuo. Onde não há ensino sem uma boa aprendizagem.
Educação é: Segundo o dicionário Aurélio, é o “processo de
desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e
do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e
social”. A ação educativa implica um conceito de homem e de mundo concomitantes, é preciso não apenas estar no mundo e sim estar aberto ao mundo. Captar e compreender as finalidades deste a fim de transformá-lo, responder não só aos estímulos e sim aos desafios que este nos propõe. Precisamos repensar a Educação em Saúde sob a perspectiva da participação social, compreender que as verdadeiras práticas educativas só têm lugar entre sujeitos sociais e considerar a Educação em Saúde como estratégia para a constituição de sujeitos ativos, que se movimentam em direção a um projeto de vida libertada.
Cabe ainda ressaltar a diferenciação que pode ser feita ao trabalharmos com educação em saúde, uma vez que ela pode ocorrer nos bancos da escola, em um ônibus, em um hospital. Desta forma a educação pode ser categorizada como (Souza, 2001):
- Informal - educação não intencional decorrente de processos espontâneos na trajetória dos indivíduos em interação com a família e nas demais experiências de vida.
- Formal - educação escolar, que se impôs na modernidade quando o conhecimento se tornou um meio de produção e um produto cada vez mais elaborado.
- Não-formal - educação pela prática social que se dá nas ações coletivas que caracterizam os movimentos sociais e que tem na cidadania coletiva o seu primeiro objetivo, “a educação não-formal tem sempre um caráter coletivo, passa por um processo de ação grupal, é vivida como práxis concreta de um grupo, ainda que o resultado do que se aprende seja absorvido individualmente” (Gohn, 1999, p.104).
“Educação é um processo contínuo que orienta e conduz o indivíduo a
novas descobertas a fim de tomar suas próprias decisões, dentro de
suas capacidades”. (Kelma Pamplona)
Prevenção: O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976: 17). As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. A base do discurso preventivo é o conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é o controle da transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças degenerativas ou outros agravos específicos. Os projetos de prevenção e de educação em saúde estruturam-se mediante a divulgação de informação científica e de recomendações normativas de mudanças de hábitos.
Promoção: 'Promover' tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira, 1986). Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que prevenção, pois refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (Leavell & Clarck, 1976: 19). As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma abordagem intersetorial (Terris, 1990). Tendo em vista que teremos que nos promover desde nosso trabalha até o nosso lazer, no nosso domicilio. Em 1986 na carta de OTAWA, foi definida saúde para todos no ano 2000 onde foi definido metas:
- Apoio à criação de atividades de colaboração e de redes para o desenvolvimento sanitário;
- Mobilização de recursos para a promoção da saúde;
- Promoção da transparência e da responsabilidade pública de prestação de contas em promoção da saúde;
- Aumento da sensibilização sobre a mudança dos determinantes da saúde;
- Acumulação de conhecimentos sobre as melhores práticas;
- Facilitação do aprendizado compartilhado;
- Promoção de solidariedade em ação.
Isso significa que o objeto do sistema de saúde deve ser entendido como as condições de saúde das populações e seus determinantes, ou seja, o seu processo de saúde-doença, visando produzir progressivamente melhores estados e níveis de saúde dos indivíduos e das coletividades, atuando articulada e integralmente nas prevenções primária, secundária e terciária, com redução dos riscos de doença, seqüelas e óbito.
Contudo, a saúde pública, necessita estabelecer alguns parâmetros para a elaboração de suas políticas, considerando aspectos relacionados ao nível de escolaridade(educação), renda média, habitação, acesso ao saneamento básico entre outros indicadores para a determinação de uma “qualidade de vida média” para os cidadãos.
O desenvolvimento de programas de prevenção em saúde e de promoção e educação em saúde passam a ser peças-chave nesse processo. A saúde vem sofrendo mudanças em seu modelo, na devemos generalizar essa situação existem muitas pessoas que se educam e conseguem atingir metas em educação isso auxilia em seu tratamento e sua recuperação.
Portanto, o saber e o fazer em relação à saúde da população mediante um sistema de saúde é uma tarefa que implica a concorrência de várias disciplinas do conhecimento humano e a ação das diversas profissões da área de saúde, bem como ação articulada entre os diversos setores, que é requerimento para a produção de saúde.
Hipertensão é a força que o sangue exerce contra as paredes internas das artérias devido ao trabalho do coração ao bombear o sangue. A hipertensão ocorre quando essa tensão está aumentada nos vasos sanguíneos, danificando-os e exercendo, dessa forma, um fator de risco para acidentes cardiovasculares e outras doenças.
Observe que à classificação dos níveis de hipertensão arterial. Atenção: a maioria das vezes a hipertensão arterial não apresenta sintomas, portanto é fundamental a sua aferição freqüente.
Atualmente não é isso que vemos na nossa localidade de trabalho em saúde, e necessário educarmos a população. Nós profissionais temos que improvisar ate mesmo para realização de atividades em nossa população adstrita fazendo assim que nos atingimos nossa amplitude em saúde em educação em saúde, promoção, prevenção e reabilitação em saúde, muitas das vezes atingiram com certa dificuldade tanto da gestão como de nossa população por isso é que particularmente persisto em fazer uma população saudável e uma saúde digna para todos através da persistência. Quem sabe um dia conseguiremos adicionar a disciplina de educação em saúde em nossas escolas desde o ensino fundamental até nível superior, talvez assim consigamos mudar essa “ignorância” com nossa saúde.
3 – JUSTIFICATIVA
Através da experiência profissional ate o dia de hoje em Programa de Saúde da Família percebo que os alguns indivíduos portadores de Hipertensão, não cumprem com o dever de seu tratamento para tal patologia, através disto vamos descobrir quais são os motivos que os levam a agirem desta forma perante seu tratamento, fazendo com que prejudiquem sua saúde que muitas vezes poderão ser evitados por gestos e ações simples durante todos os dias de sua vida prevenindo assim riscos a saúde, a nossa educação em saúde e um dever fundamental para garantirmos um bom tratamento.
4 - OBJETIVOS:
4.1 - Objetivos Geral
Pretende-se ao longo da pesquisa analisar a relação existente entre o seu tratamento no decorrer da vida de um paciente, mostrando a importância da boa adesão ao tratamento da hipertensão nos indivíduos atuais garantindo o processo da vida saudável através de sua educação em saúde durante o processo de viver.
4.2 – Objetivos Especificos
Demonstrar o processo de educação do paciente, no tratamento da hipertensão arterial, fazendo com que as pessoas aderirem ao seu tratamento da hipertensão.
5 - METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia utilizada descritiva, com abordagem qualitativa com objetivo primordial das características do tratamento da hipertensão, em determinada população de 10 hipertensos sitiados na micro-area 01 do PSF do Rio Preto do município de Entre Rios – BA discorrendo qual o motivo de pacientes não abordarem ao tratamento para hipertensão através de aplicação de um questionário aos pacientes.
De acordo com TOBAR & YALOUR (2002), uma pesquisa qualitativa deve envolver múltiplas fontes de dados, empregar a observação de primeira mão, interessar-se pelo cotidiano, situar-se num contexto de descobrimento, importar-se mais com os significados do que com a freqüência dos fatos e deve buscar o específico e o local para encontrar padrões, não estando atado ao modelo teórico.
Cada participante preencheu o consentimento livre e esclarecido, pois em se tratando de pesquisa envolvendo seres humanos o Conselho Nacional de Saúde (Resolução CNS 196/96, de 16 de outubro de 1996) exige que o sujeito integrante do grupo a ser pesquisado conheça os objetivos do estudo e dê consentimento às regras do mesmo (BRASIL, 1996).
6 - METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
6.1 - Objeto do estudo
O estudo será realizado com hipertensos residentes em comunidades de Rio Preto, distrito de Entre rios – BA, durante o mês de julho de 2010.
6.2 – Coleta de Dados
Varias visitas foram feitas aos hipertensos, incluindo a estas, visitas e observação realizada através de entrevistas com hipertensos e pessoas da família, que aleatoriamente serão questionados durante o período vigente da pesquisa. Foi utilizado um roteiro e cronograma de pesquisa que funcionou como principais instrumentos de coleta de dados. Com base no roteiro foram elaboradas as questões para as entrevistas. Alguns hospitais e clínicas de atendimento a idosos também forma fonte de obtenção de dados relevantes ao tema estudado.
7 - CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
Esta pesquisa pôde ser caracterizada como um estudo de caso por se tratar de um procedimento adequado quando se busca realizar um exame detalhado de um ambiente, de pessoas que dele fazem parte ou de uma determinada situação. Teve caráter exploratório, tendo como suporte a literatura, que favoreceu como método comparativo. Uma das particularidades desta pesquisa foi a realização do estudo de caso e coleta de informações particulares, adotando-se a observação contínua e utilização de medições de pressão arterial dos idosos.
8 - DEFINIÇÃO RELACIONADA À POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população estudada nesse diagnóstico teve como amostragem os hipertensos que foram interrogados aleatoriamente. Fizeram parte da pesquisa, também os seus familiares que responderam algumas questões do diagnóstico, pois assim facilitou o acesso às informações quotidianas e conheceu o tratamento a eles oferecido pelas suas famílias.
9 - TÉCNICA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Os dados foram coletados foram comparados aos dados bibliográficos consultados, e foram interpretados através de tabelas e gráficos, visando analisar as diferenças encontradas e conhecer os principais aspectos responsáveis pelo problema.
10 - SAÚDE: CONCEITO E DEFINIÇÃO
Para melhor situar no contexto geral da pesquisa, é importante verificar os conceitos de saúde e doença. Segundo Soares (1994), podemos conceituar “Saúde” como um estado caracterizado pelo bom e normal desenvolvimento físico e psíquico do indivíduo, além de um perfeito equilíbrio funcional dos seus órgãos e sistemas. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) “Saúde” não é só a ausência da doença, mas o completo bem-estar físico, mental, moral e social do indivíduo.
Ao pensar na palavra Saúde, estudantes e docentes deveriam admitir que ela exige leituras diferentes, marcadas por diferentes sentidos. Pensar em saúde é considerar; (FIGUEIREDO 2005)
A perspectiva histórica dos sujeitos (comunidade/ coletividade). Os efeitos produzidos pelas instituições de pesquisa; A administração de Saúde nas diferentes formações sociais; A teoria administrativa e assistencial utilizadas para o ensino. (FIGUEIREDO 2005). Qualquer perturbação ou anormalidade observada no funcionamento orgânico do indivíduo ou o seu comportamento é considerada doença. Valho-me, portanto das palavras de Soares (1994), sobre estas anormalidades: “Quer no seu aspecto intelectual, quer do ponto de vista moral e social, de tal forma que lhe afete notavelmente aquele estado de bem-estar geral sugestivo de saúde”.
11 - HIPERTENSÃO ARTERIAL: PREVENÇÃO, CUIDADOS E TRATAMENTO
11.1 - HIPERTENÇÃO ARTERIAL – UM MAL DO MUNDO MODERNO
A hipertensão arterial é um dos problemas de saúde que mais prevalece no mundo. Mais conhecida como “Pressão Alta”, pode ser encarada como uma doença ou como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração. (ORQUIZA 2008). De acordo Vasconcelos e Gewandsznajder (1994), na hipertensão o coração fica sobrecarregado e aumenta de tamanho, podendo mesmo dobrar de peso. Para Mandai (2007) o aumento do coração pode levar a uma alteração da inundação dos ventrículos pelo sangue e conseqüente disritmia cardíaca. Como esse “crescimento” não é compensado por um aumento no suprimento de sangue pelas coronárias, há a diminuição de irrigação sanguínea (isquemia) em certas áreas (VASCONCELOS E GEWANDSZNAJDER 1994). Além disso, o espessamento das paredes pode levar a uma obstrução na cavidade ventricular esquerda e prejudicar o funcionamento e eficiência no bombeamento do sangue (MANDAI 2007).
A Isquemia é definida como sendo o fluxo arterial insuficiente para manter as funções normais teciduais, isto é a diminuição de nutrientes (glicose, oxigênio, proteínas, vitaminas, enzimas, etc.) para os tecidos e o retardo na retirada dos metabólicos (SILVA 2008).
A hipertensão favorece ainda a instalação de arteriosclerose, o aparecimento de tromboses, ruptura de artérias, enfartes, derrame cerebral ou insuficiência renal (VASCONCELOS e GEWANDSZNAJDER 1994).
Estima-se que a hipertensão arterial atinja aproximadamente 22% da população brasileira acima de vinte anos, sendo responsável por 80% dos casos de acidente cérebro vascular, 60% dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhões de internações por ano (CESAR ET AL 2006).
11.2 - Causas e Fatores de Risco
Para Vasconcelos e Gewandsznajder (1994), existem várias causas que contribuem para o surgimento da doença, nem sempre bem conhecidas, mas em geral por doenças nos próprios rins, ou, então, por problemas em outras partes do organismo, mas que afetam esses órgãos. Um sintoma que pode estar relacionado à pressão arterial é a hipotensão postural. Trata-se de um fenômeno comum em idosos e que torna-se importante quando se manifesta como uma tonteira postural, inclusive quando ocorre o uso de drogas hipotensoras (FREITAS ET AL 2006).
A identificação de vários fatores de risco para hipertensão arterial, tais como: a hereditariedade, a idade, o gênero, o grupo étnico, o nível de escolaridade, o status sócio-econômico, a obesidade, o etilismo, o tabagismo e o uso de anticoncepcionais orais 3, 4, 5,6muito colaboraram para os avanços na epidemiologia cardiovascular e, conseqüentemente, nas medidas preventivas e terapêuticas dos altos índices pressóricos, que abarcam os tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos (CÉSAR ET AL 2006).
De acordo Vasconcelos e Gewandsznajder (1994), a pressão alta; stress, alimentação rica em gorduras animais, açúcar e sal, fumo, vida sedentária, diabete, obesidade, casos de doença na família e uso de pílulas anticoncepcionais, favorecem o aparecimento dos problemas cardiovasculares.
11.3 - Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Hipertensão Arterial.
Problemas relacionados à pressão arterial devem ser muito bem diagnosticados para se evitar o tratamento desnecessário e para se evitar que idosos com hipertensão arterial não se tratem adequadamente. (FREITAS 2006)
O tratamento da hipertensão arterial deve ser realizado com muita seriedade, pois além de aliviar o sofrimento do paciente ele é fundamental para prevenir diversas complicações, como insuficiência renal, insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia, aumento do tamanho do coração e até morte súbita (MORAES 2007).
Infelizmente nem sempre a pressão alta provoca sintomas, daí a importância de se medir anualmente.
Entre os novos métodos para a avaliação da pressão arterial, destacam-se a MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial) e a MRPA (monitorização residencial da pressão arterial), que permitem o diagnóstico de hipertensão do avental branco, as avaliações da eficácia terapêutica, da hipertensão arterial resistente e da suspeita de episódios sintomáticos de hipotensão arterial (MIRANDA ET AL 2002).
12 - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
A pesquisa desenvolveu-se através do Programa de Saúde da Família, com pesquisa realizada em comunidades de Rio Preto no município de Entre Rios estado da BA atendidas pelo PSF. Foram entrevistados 100 Hipertensos. Deles foram analisados a patologia, idade, nível de escolaridade, estado civil, tipo de medicamento em uso e porque da adesão ao Tratamento. Foi feita a medição da pressão arterial de cada um deles.
A pesquisa revelou que mais de 20% dos idosos daquela região investigada atingiram os 90 anos de idade. E 5% das pessoas entrevistadas ultrapassaram os noventa anos. Mesmo que convivendo com precárias condições de vida, é o que revela a pesquisa, quando analisamos que a maioria dos idosos apresenta algum tipo de patologia. Um número significante deles apresenta-se hipertensos, fato que justifica o desenvolvimento de um programa sistemático neste sentido. Outros se revelam saudáveis. Mas a maioria é acometida por vários tipos de moléstias típicas da faixa etária e outras.
É comovente a situação dos idosos que residem sozinhos. Alguns deles necessitam de cuidados constantes, e, no entanto vivem na solidão. Mesmo que grande parte dos entrevistados está morando com a família, a maioria deles, aqueles que residem sozinhos, apresentam patologias que muitas vezes mal conseguem se locomover no ambiente onde residem.
13 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
Dos individuos entrevistados, 38% deles possuem idade entre 60 a 70 anos (gráfico 1). Para a idade de 71 a 79 anos, estão representados graficamente por 36%. Os idosos que possuem idade de 80 a 90 anos equivalem a 21 %. Apenas 5 % dos entrevistados possuem acima de 90 anos.
Gráfico 1. Idade dos individuos.
A maioria dos entrevistados são do sexo masculino, graficamente representados por 55% dos entrevistados (gráfico 2). Já as mulheres, representadas por uma diferença mínima, o que corresponde a 45%.
Gráfico 2. Sexo.
Em análise aos resultados da pesquisa, o aspecto que se refere à contribuição do idoso para a renda familiar, tem uma representação significante (gráfico 3). Dos entrevistados, 95% deles contribuem para o sustento da família.
Gráfico 3. Contribuição do idoso para a renda familiar.
O quesito, tipo de renda predominante, representa a aposentadoria por idade como renda predominante na família, ou seja; dos idosos entrevistados, 70% deles (gráfico 4). Dos entrevistados 22%auxiliam com a aposentadoria por invalidez ou pensão de morte. A Aposentadoria por tempo de serviço é representada por apenas 3% como tipo de renda predominante. Outros tipos de renda preencheram graficamente os resultados, com 5%. Estas rendas são provenientes de produção agropecuária e outros.
Gráfico 4. Tipo de renda predominante.
Quanto ao grau de escolaridade, nenhum dos idosos entrevistados possui o ensino fundamental completo. Os alfabetizados são representados por 85% deles. Somente 15% dos idosos são analfabetos. Isso se aplica ao programa de alfabetização do governo, denominado “cidadão nota 10”, que tem levado o ensino alfabetizado aos idosos (gráfico 5).
Gráfico 5. Grau de escolaridade.
O gráfico 6 representa o item que investiga a participação dos idosos em algum plano de saúde, apenas 2% dos entrevistados possui algum plano de saúde. Os 98% deles representados pela maioria, utilizam o SUS - Serviço Único de Saúde. Dessa forma é notável e interessante salientar a grande dificuldade que a população brasileira enfrenta quanto aos custos dos planos de saúde que na sua maioria são muito caros, e excede a possibilidade dos idosos e de grande parte da população.
Gráfico 6. Idosos que possuem planos de saúde.
Outro aspecto importante para a pesquisa, é saber quantas pessoas residem na família. O gráfico 7 revela que na maioria das residências residem apenas com o casal. Representados graficamente por 62% dos entrevistados. As famílias formadas por três pessoas, são representadas por 28%. Apenas 10% dos entrevistados residem em grupos de quatro ou mais pessoas.
Gráfico 7. Quantidade de pessoas que residem com idosos.
A pesquisa mostra ainda que os meios de comunicação estão sendo bastante difundidos na atualidade, a maioria, representada por 98 % dos idosos possuem este tipo de aparelho ou outros eletrodomésticos. Observe o gráfico 8, somente 2% dos entrevistados opinaram que não possuem estes tipos de aparelhos domésticos em suas casas.
Gráfico 8. Idosos que algum tipo de atividade física.
14 - CONCLUSÕES
A pesquisa identificou pontos críticos que merecem especial atenção. A maioria dos Hipertensos entrevistados está sob condição de vida sedentária, o que contribui para a predisposição ao surgimento de doenças e possuem baixo nível de Escolaridade.
Poucos hipertensos entrevistados vivem sozinhos. A pesquisa revelou também que muitos hipertensos tem a medicação e não fazem uso por uma questão cultural e muitas vezes por não saberem lerem não distinguem alguns tipos de medicação
15 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
De maneira geral, a pesquisa contribuiu para o aprofundamento dos estudos voltados para educação em saude, bem como a importância do Programa de Saúde da Família, juntamente com os profissionais da enfermagem no sentido de minimizar os problemas de saúde relativos ao hipertensão e atende-los em todas as etapas deste ciclo vital. Considera-se o Hipertenso como convalescente apenas nos casos em que há predominâncias de patologias. Em outros casos, o hipertenso apresenta-se com boas condições de saúde e vitalidade. Para que o individuo tenha uma boa adesão amigos, profissionais de saúde, a família deve estar presente na vida, dando-lhe carinho, atenção, cuidados, andor em todos os sentidos. Em considerações aos aspectos determinantes da hipertensão arterial, as pessoas devem precaver-se deste mal, adotando medidas preventivas de educação em saúde, evitando o sedentarismo, abandonado o tabagismo, o stress e outros fatores externos que contribuem para o desenvolvimento da doença. A pesquisa somou conhecimentos e abriu o leque de descobertas, para que posteriormente na carreira profissional os nossos hipertensos sintam-se amparados, saudáveis e protegidos.
Conclui-se que as pessoas apresenta estados de saúde que necessitam assistência constante e que a hipertensão arterial é a principal moléstia que os acometem, e os mesmos necessitam de uma boa orientação para co a boa adesão ao tratamento. A maioria do indivíduos utilizam algum tipo de medicamento e, felizmente todos usufruem dos benefícios da unidade de saúde, o qual eles não contam como fonte de renda principal para a compra de medicamentos e não dão o valor ao seu tratamento
Alguns individuos entrevistados apresentam-se debilitados, desnutridos e deprimidos. Nota-se, portanto uma necessidade urgente de programas de saúde visando assisti-los nesta fase carente das suas vidas.
16 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Diva Teixeira de; OLIVEIRA, Taciana Cavalcante de; ARAÚJO, Thelma Leite de; MELO Elizabeth Mesquita. Avaliação do processo adaptativo de um idoso portador de hipertensão arterial. Revista Latino-americana de Enfermagem julho-agosto 2002.
Almeida OP; Ratto L; Garrido R; Tamai S – Fatores predisponentes e conseqüências clínicas do uso de múltiplas medicações entre idosos... – Revista Brasileira de Psiquiatria, Julho-Setembro, 1999
ALVES, M. I., 1997. Evolução da Mortalidade da População Idosa no Município do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
CARVALHO, Pessuto J, Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Rev. Latino-americana de Enfermagem janeiro; 1998.
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. Ensinando a cuidar em Saúde Pública - Editora Difusão Edição especial - São Caetano do Sul, 2005.
Hipertensão. Disponível em: http://www.acampe.com.br/sipat/hipertensao/ visitado em junho/2010.
MANDAI Camila Yumi Doenças cardíaca em esportistas: Por que ser um atleta de elite não é sinônimo de saúde? Disponível em: http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/voxscientiae/camila31.html
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ORQUIZA, Sonia Maria Coutinho. Medicina de Família e Comunidade / CRM-PR 10259 Hipertensão arterial – o que é pressão alta? Disponível em:
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SILVA, José Carlos C. Baptista Isquemia crônica crítica. Site da internet: arquivo disponível em http://www.bapbaptista.com/Definicao%20isquemia.pdf
SMELTZER, S. C; BARE, B. G; Brunner/Suddarth Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 9ª Ed. V. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
SOARES, José Luís. Programas de Saúde. Editora Scipione. São Paulo, SP. 1994.
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VERAS, R. P., O Anacronismo dos Modelos Assistenciais na Área da Saúde: Mudar e Inovar, Desafios para o Setor Público e o Privado. Estudos em Saúde Coletiva 211. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 2000.
VERAS, R. P. Modelos contemporâneos no cuidado à saúde: Novos desafios em decorrência da mudança do perfil epidemiológico da população brasileira. Revista USP, 2001
17 - LISTA DE ANEXOS
17.1 - ANEXO A – Questionário sócio - econômico
QUESTIONÁRIO SÓCIO-ECONÔMICO
Este questionário é parte do trabalho de conclusão do curso de pós-graduação de Gestão de Programa de saúde da Familia - Faculdade Integrada de Jacarepaguá, que tem por finalidade conhecer o perfil sócio-econômico dos hipertensos, nível de escolaridade o tratamento .
- Qual a sua idade?
( ) de 20 a 29 anos
( ) de 30 a 39 anos
( ) de 40 a 49 anos
( ) de 50 a 59 anos
( ) Acima de 60 anos.
- Sexo
( ) Masculino ( ) Feminino
- Grau de escolaridade
( ) Analfabeto
( ) Alfabetizado
( ) Fundamental Completo.
( ) Ensino Médio
- Faz Regular de Medicamento.
( ) Sim
( ) Não
- Faz acompanhamento na Unidade de Saúde.
( ) Sim
( ) Não
- Possui algum plano de saúde?
( ) Sim
( ) Não
http://www.fij.br/nova_plataforma/monografias/4975.pdf