Educação Infantil: A Pré-História da Linguagem Escolar
Por Elenice Ferreira de Lima | 22/01/2013 | EducaçãoResumo
Este artigo irá abordar a importância dos professores do Ensino Infantil, compreender a pré-história da linhagem escrita pelo o qual passa a educação infantil. O objetivo da pesquisa foi despertar na criança a linguagem escrita através do lúdico. Como metodologia da pesquisa foi usado o método científico dialético e como procedimento foi utilizado a observação participante. Através da pesquisa comprovou-se o valor que a ludicidade tem no processo de aprendizagem da criança, pois é algo estimulante, interessante e motivador.
Palavra-chave: Educação infantil, lúdicidade, desenvolvimento, linguagem escrita.
Introdução
Em observação realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pérola, localizado na linha 98, projeto Riachuelo no município de Ji-Paraná-RO, verificou-se alunos com dificuldades de leitura e escrita.
Através da pesquisa bibliográfica buscou-se na leitura especializada teóricos que refletem sobre os caminhos que as crianças percorrem até chegarem à escrita convencional.
Falar de escrita na Educação infantil é algo complicado e ao mesmo tempo simples. Complicado, porque o assunto teve e ainda tem várias visões e teorias que sustentam seu caminhar. Ora foi tratado como não pertencente a este nível de educação, deixando as crianças livres em seu dia-a-dia nas instituições, brincando, comendo, dormindo e sendo muito bem cuidadas. Ora organizando atividades mecânicas e repetitivas com crianças de4 a6 anos, na intenção de prepará-las para a alfabetização, famoso período preparatório.
Simples, porque a linguagem escrita se apresenta para a criança desde os primeiros dias de vida, quando a mesma toma contato com a escrita que circula seu espaço social, seja ele o mais restrito que for, possui letras e formas a sua frente.
Vygotsky (2000) e seu parceiro Alexsander Luria enfatizam que os movimentos realizados pelas crianças quando em contato com o lápis e o papel, ou mesmo com algo que possam utilizar para marcar, são as primeira representações da escrita, a pré-escrita. O autor (1989:109), ainda afirma que é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança posteriormente outros trabalhos também trataram desse assunto.
Negrine (1994:20); Souza (1994, p. 148); Benjamin (1984) são autores que trabalharam com o enfoque de que o brinquedo preenche uma necessidade, a criança transforma os objetos em outro.
É no desenvolvimento do simbolismo no brinquedo que a criança tem a oportunidade de superar seus próprios limites.
Vygotsky (2000) destaca que tanto no brinquedo como no desenho o significado surge, os primeiros desenhos surgem como resultado de gestos manuais adequadamente equipadas com lápis constitui a primeira representação do significado. Mas tarde essa representação gráfica começa a designar algum objeto. A natureza dessa relação e que aos rabiscos já feitos no papel dá-se um nome apropriado. O desenvolvimento da criança aumenta sua linguagem falada progride, a escrita aprimora, passando de rabiscos para as representações do desenho.
Para Vygotsky a criança desenha o que conhece.
O desenvolvimento do simbolismo no desenho em cada criança e processual, indo desde os primeiros gestos escritos mediante os signos visuais, passando pelo brinquedo, pelo desenho de memória, ate chegar ao desenho que pode expressar uma semelhança com a realidade.
Portanto esse artigo tem como objetivo compreender a pré-história da linguagem escrita para entender todo o processo pela qual a criança passa ate chegar à linguagem escrita.
DESENVOLVIMENTO
1.1 Trajetória da linguagem escrita
Para Vygotsky, nossa escrita possui uma pré-história que está inserida na pré-história da escrita da humanidade.
Ate agora, a escrita ocupou um lugar muito estreito na pratica escolar, em relação ao papel fundamental que elas desempenham no desenvolvimento cultural da criança. Ensinam-se as crianças a desenhar letras e a construir palavras com ela, mas não se ensinam a linguagem escrita. Enfatiza-se de tal forma a mecânica de ler o que está escrito que acaba se obscurecendo a linguagem escrita como tal. (VYGOTSKY, 2000 p. 139)
Percebe-se que, o autor enfatiza o processo que a escrita já percorreu, e continua percorrendo, nas instituições escolares em relação ao contato das crianças com tal processo. Os profissionais da educação estão preocupados com o modo pelo qual a criança vai iniciar sua escrita e não qual a própria função que esta escrita exerce no desenvolvimento de cada sujeito, no caso, a criança.
O significado da leitura e da escrita foi o de ensinar as habilidades de ler e escrever, que permeou o cotidiano das salas de aula por muito tempo. Uma grande parcela de professores atuantes nas primeiras séries do ensino fundamental tinha uma prática baseada nos princípios que sustentavam tal concepção. Tais princípios, sustentados por teorias de cunhos associacionista /empirista, consideravam o indivíduo uma folha de papel em branco, pronta para receber as informações do meio, destacando o papel do objeto sobre o sujeito.
Essa visão enfatizava o ato de escrever, em especial o momento em que as crianças transferiam para o papel o que acabava de ouvir do professor ou copiar a escrita do quadro-de-giz. Não levava em consideração o que se estava escrevendo, mas como estava escrevendo (aspecto formal da escrita).
Tal concepção permeou por tantos anos, e continua a permear até nossos dias, pois, na educação das crianças de0 a6 anos, correspondente a primeira etapa da educação básica – educação infantil – de acordo com a LDB no 9,394 de 1996, essa idéia passaram a configurar, em algumas instituições de educação infantil, uma busca acelerada do ensino e da aprendizagem da escrita e da leitura, como um ato mecânico, repetitivo e descontextualizado dos aspectos sócio-histórico-culturais da crianças.
Gestos e signos visuais é um dos momentos que Vygotsky destaca da pré-história da linguagem escrita.
Ferreira (1989, p. 256) dá dois conceitos de gestos, o primeiro “movimento do corpo, em especial da cabeça e dos braços, para exprimir idéias ou sentimentos, ou para realçar expressão.” No segundo, “Ação, ato (em geral, brilhante). É signo” Sinal, símbolo”.
Para Vygotsky (2000, p. 141), “gesto é o signo visual inicial que contém a futura escrita da criança, assim como uma semente contém um futuro carvalho.” Entende-se que os gestos são os movimentos que a criança faz com as mãos no ar, a ação de movimentar uma parte do seu corpo – mão e braços – e depois transferir para o papel alguns sinais – signos visuais – que possam representar esses gestos, esses movimentos.
Percebe-se, com a afirmação do autor, que a criança, desde muito cedo, quando consegue apreender o lápis ou algum objeto que lhe auxilia para registrar ou marcar o papel, a parede de sua casa ou da instituição infantil, o muro, ou qualquer outro local, primeiro faz um ensaio do registro no ar, faz gestos que serão transferidos para o papel ou para a parede, que são os signos visuais. Quando quer desenhar o vôo de uma borboleta, primeiro ela faz os movimentos desse vôo e depois transferem para o papel, em rabiscos, traços e pontos.
Essas marcas, rabiscos, traços e pontos das crianças são as primeiras manifestações de escrita, e que deve se consideradas como tais, pois o desenvolvimento das mesmas tende a ter um outro significado quando tem se a sensibilidade de auxiliá-las em suas produções escritas. De acordo com Luria (1988,p p. 143). “A história da escrita na criança começa muito antes da primeira vez em que o professor coloca um lápis em sua mão e lhe mostra como forma letras.”
Isto enseja observar a capacidade que a criança tem de trazer – para a realidade da escrita ou de outra produção, ou ainda para criar história e brincar – símbolos que representem o que ela quer fazer significar.
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1.2 O brinquedo no desenvolvimento cognitivo.
Para Vygotsky, o brinquedo é uma importante fonte de promoção do desenvolvimento. O termo “brinquedo” se refere à atividade, ao ato de brincar, mais especificamente ao jogo de papéis ou à brincadeira de “faz-de-conta”, isto porque já temos a atuação do simbólico, do processo de abstração das idéias.
De acordo com o autor, com o brinquedo a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva que depende de motivações internas. Nessa fase (idade pré-escolar) ocorre uma diferenciação entre os campos de significado e de visão. O pensamento, que antes era determinado pelos objetos do exterior, passa a ser regido pelas ideias. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não apenas ao universo dos objetos a que ela tem acesso. Pelo brinquedo, a criança projeta-se nas atividades dos adultos e procura ser coerente com os papéis assumidos.
A noção de “zona proximal de desenvolvimento” se interliga, portanto, de maneira muito forte, à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e à suas aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe.
As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se perceber a importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky.
No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.
Negrine (1994:20) afirma que, “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”. Pra o autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.
Assim, o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando ás manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças estabelecem.
O lugar ocupado pelo brincar na dinâmica escola fica restrito, muitas vezes, ao horário do recreio. Talvez este seja o único momento em que a brincadeira infantil seja vista como atividade. Mas, na verdade, ela é muito mais que isso: desenvolve a criatividade, permite a vivência para a aprendizagem, é uma atividade mediadora entre a criança e o mundo em que vive, é capaz de colocar em movimento vários processos do desenvolvimento infantil.
Para Souza( 1994, p. 151);
[...] a infância é o momento em que a linguagem humana emerge como significação, pois é na fala da criança que acontece a passagem do signo lingüístico para a ordem do sentido, da semiótica para a semântica [...] é na linguagem e pela linguagem que o homem constitui a cultura e a si próprio.
Com isso, depreende-se que é na infância que, para penetrar na corrente viva da língua, a criança deve operar uma transformação radical. Conforme já dito, da experiência sensível com signos, portanto, semiótica, para fazer-se compreender pela linguagem oral, semântica.
Benjamim(1987) atribui à crianças a capacidade de descobrir nos objetos a via para uma outra compreensão da realidade e para novo olhar crítico dirigido às coisas do mundo. Para ele, na brincadeira, a criança transforma os objetos em outros.
Para Vygotsky (2000, p. 143) “O mais importante é a utilização de alguns objetos como brinquedos e a possibilidade de executar, com eles, um gesto representativo. Essa é a chave para toda a função simbólica do brinquedo das crianças”.
Através da brincadeira e do jogo faz-de-conta, as crianças identificam uma realidade visível aos seus olhos e transferem para o momento aquilo que e significativo para elas. Um lápis pode transforma em um super-herói ou um cabo de vassoura em um cavalo (exemplo clássico do autor citado). “Desse ponto de vista, portanto, o brinquedo simbólico das crianças pode ser entendido como um sistema muito especial.”
É no desenvolvimento do simbolismo no brinquedo que a criança tem a oportunidade de superar seus próprios limites. Exemplo disso são as brincadeiras de imitação de ser mãe, pai, professor, professora, médico ou médica e tanta outras que as crianças criam e representam muito bem.
Também no processo de aquisição da escrita, o brinquedo se faz presente. A importância dada à brincadeira do faz-de-conta, como auxiliar para o desenvolvimento da linguagem escrita, é destaque nos escritos de Vygotsky (id. P. 146):
Assim como no brinquedo, também no desenho o significado surge, inicialmente, como um simbolismo de primeira ordem [...] os primeiros desenhos surgem como resultado de gestos manuais (gestos de mãos adequadamente equipadas com lápis); e o gesto, como vimos, constituem a primeira representação do significado. E somente mais tarde que, independente, a representação gráfica começa a designar algum objeto. A natureza dessa relação e que aos rabiscos já feitos no papel dá-se um nome apropriado.
E este nome apropriado vai configurando-se na representação escrita que a criança cria para identificar ou nomear os objetos. Assim, o desenvolvimento da criança alcança um panorama de significado cada vez maior, sua linguagem falada progride e, conseqüentemente, a linguagem se escrita aprimora, passando de rabiscos, ora desordenados, ora ordenados para as representações do desenho.
Encontramos o desenvolvimento do simbolismo no desenho, que caminha com o progresso da linguagem falada. Nesse momento, nota-se um salto qualitativo no desenvolvimento e na aprendizagem da criança, que vai se apropriando do mundo que a cerca, habituando-se as formas desse mundo e conhecendo cada vez mais seu ambiente.
Como o próprio nome sinaliza o desenvolvimento do simbolismo no desenho, é a constatação que o desenho infantil possui um simbolismo, ou seja, possui uma representação. É a partir do desenho que a criança elabora sua pré-história da linguagem escrita, pois começa a dar significado e conceito aquilo que esta expressando oralmente. Neste momento o autor chama a atenção e afirma “[...] há uma concordância entre todos os psicólogos em que a criança deve descobrir que os traços feitos por ela podem significar algo. (VYGOTSKY, id, p. 149)
O desenvolvimento do simbolismo no desenho em cada criança e processual, indo desde os primeiros gestos escritos mediante os signos visuais, passando pelo brinquedo, pelo desenho de memória, até chegar ao desenho que pode expressar uma semelhança com a realidade. Exemplo, quando a criança observa um desenho de um brinquedo seu e o identifica como parecido, ou igual ao seu, mas não é o seu, pois, está segurando seu brinquedo na mão e isso torna impossível estar o brinquedo no papel.
Assim, o desenho da criança vai transformando na “linguagem escrita real”, vai tornando parte do repertório até então do desenho, agora passa para o plano das idéias.
A criança, ao ser solicitado a escrever sua fala ou a fala do outro passa a usar de novas estratégias para identificar e representar sua escrita-desenho.
A partir deste ponto, a linguagem escrita da criança se reveste de um novo direcionamento, chamado de simbolismo na escrita, que vem a ser o fruto que cresceu e já esta tomando forma dos signos gráficos, que vão ganhando espaço para uma função primordial da linguagem escrita, que e tornar-se um processo mnemônico, ou seja, um processo mediador da memória.
A linguagem escrita vai assumindo uma importância no mundo da criança, principalmente quando ela passa a perceber “[...] que se pode desenhar, alem de coisas, também a fala. Foi essa descoberta, e somente ela, que levou a humanidade ao brilhante método da escrita por letras e frase; a mesma descoberta conduz as crianças à escrita literal.” (ld, p. 153)
O simbolismo na escrita, como vimos, vai sendo construído no desenvolvimento de diferentes fases da pré-escrita. Aquilo que era apenas rabiscos, gestos e depois se transformam em brincadeiras de faz de conta, chega ao desenho e às formas mais elaboradas de significância, passando de simbolismo de segunda ordem, que indicam os símbolos verbais, da fala, para o estilo de simbolismo direto, como é a linguagem falada. Segundo Vygotsky (ld, p. 154):
[...] Basta imaginarmos as enormes transformações que ocorrem no desenvolvimento cultural das crianças em conseqüência do domínio do processo de linguagem escrita e da capacidade de ler, para que nos tornemos cientes de tudo que os gênios da humanidade criaram no universo da escrita.
Perceber a pré-história da linguagem escrita é importante para entender todo o processo pelo qual a criança passa ate chegar à linguagem escrita.
Por essa razão, os profissionais da Educação Infantil, responsáveis pelo desenvolvimento das crianças que, por boa parte do tempo estão nas instituições infantil, devem considerar essas manifestações da linguagem oral, primeiramente, para depois a linguagem escrita.
É importante que o profissional da educação infantil deva ter a responsabilidade de organizar atividades e ambientes apropriados para que as crianças possam expressar e adquirir a escrita convencional, sem treinos mecânicos e atividades repetitivas.
1.3 Métodos e técnicas
Para alcançar os objetivos propostos que resultaram no presente artigo, utilizou-se o método dialético, que é um método de interpretação dinâmico e totalizante da realidade e também a pesquisa bibliográfica, por meio dela foi possível acessar o conhecimento produzido e acumulado ao longo da história.
Considerações finais
O presente artigo obteve resultados positivos, pois, o objetivo era despertar na criança a linguagem escrita através do lúdico.
O ensino da linguagem escrita pode ter lugar desde a pré-escola, desde que respeite todo o processo de desenvolvimento pelo qual cada criança deve passar. O importante na aquisição da linguagem escrita é que ela seja percebida como algo importante e necessária pela criança. A leitura e a escrita devem ser algo de que a criança necessite.
Como a criança tem necessidade de falar, de comunicar-se com o outro, a escrita deve ser tratada assim, a criança deve sentir necessidade em escrever, em registrar suas idéias, seu pensamento, suas ações, tornando uma nova forma de comunicação com o outro, só que agora com marcas no papel. A escrita deve ter significado para a criança, ela deve, ser estimulada a escrever suas histórias, suas experiências de vida, seus jogos e suas brincadeiras .
O lúdico se faz presente a todo esse processo de aquisição da linguagem escrita. Essa concepção diferencia da visão mecânica e repetitiva, da escrita sustentados por teorias de cunho associacionista/empiristas. A escrita deve ser ensinada naturalmente sem ser forçada.
O papel do professor se constitui como mediador oferecendo as crianças uma compreensão interior da escrita, assim como fazer com que a escrita seja desenvolvimento organizado, mais do que aprendizado. Assim, ensina-se a linguagem escrita e não a escrita de letras.
A instituição educativa cabe a tarefa de propiciar às crianças situações de experiências que os levem a estabelecer vínculos com a realidade social, apropriando-se dos instrumentos necessários à internalização dos sistemas simbólicos significativos às suas aprendizagens. Nesse sentido, a mediação pedagógica deve ser realizada no decorrer dos processos pedagógicos, estimulando o movimento do pensamento real, concreto, para planos cada vez mais diversificados e abstratos.
Não basta, apenas, inserir a criança em uma instituição educativa para que adquira novos conhecimentos, é preciso que se criem contextos de aprendizagem em que ela possa entrar em contato com tais conhecimentos. A criança precisa estabelecer relações no cotidiano da sala de aula que a levem a realizar descobertas, superar suas dificuldades pessoais e, principalmente, acreditar que pode ir além de suas capacidades imediatas.
Na educação infantil, essas idéias deveriam ou devem permear o cotidiano de cada educador e educadora nos momentos de planejamento das atividades com as crianças, mesmo as mais novas, que com apenas os gestos da escrita no ar, já podem expressar sua linguagem escrita e, mais que isso, abrir novos caminhos para a compreensão e entendimento da aquisição da escrita pela criança.
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