EDUCAÇÃO INCLUSIVA:INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN..

Por Omaize da Cruz Mendes | 06/12/2016 | Educação

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA PERSPECTIVA DE INTERAÇÃO NA ESCOLA.

Resumo

A inclusão é um assunto complexo, principalmente quando se fala inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. O objetivo deste trabalho será, esclarecer se a inclusão de crianças portadoras de Síndrome de Down, faz diferencia na aprendizagem e desenvolvimento dos mesmos e investigar que tipo de atividade são realizadas com alunos portadoras de Síndrome de Down nas escolas de ensino regular. Tais reflexões serão abordadas neste estudo, bem como dar subsídios teóricos e metodológicos. A partir do estudo, então percebeu-se que a inclusão é direito e dever de todos.

 

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por objetivo analisar a importância da inclusão de crianças com Síndrome de Down na perspectiva de Interação na Escola.Com a obrigatoriedade, gratuidade, igualdade e permanência do aluno garantido em lei, a instituição escolar abre as portas aos alunos com necessidades especiais. Neste sentido, a escola traz ideias voltadas para valorização do ser humano do que e diferente dos olhos do que acho que é normal e luta pelo fim do preconceito. Por isso, o tema se torna muito importante nos dias de hoje e de uma pedagogia inclusiva.

Inclusiva significa companheirismo, respeitar o outro, aceita e ser aceito. A escola jamais poderá trabalhar esse processo de forma isolada, ou seja, precisa da contribuição tanto da família como da sociedade.A família é o primeiro e o mais importante contato da criança com Síndrome de Down com o mundo e suas relações, dando-lhe suporte para a ampliação do contato social com os elementos da sociedade, juntamente com a escola num movimento integração.

Consta em Brasil(1989), na lei nº7.853 o direito a inclusão dentro do sistema educacional, entendido como a rede regular de ensino, à modalidade de educação especial para crianças na pré-escola, educação precoce, e quando jovens e adultos, o direito do ensino médio. Visto que todo esse acesso deve ser preferencialmente gratuito em escolas públicas. Então lei assegura a educação das pessoas com necessidades, e mais oferece programas de educação em unidades hospitalares para aqueles que por algum motivo estiver hospitalizado por um tempo de um ano ou mais.

A figura mais importante neste estudo é do professor, o professor é o melhor formador de opinião, e a pessoa que irá desenvolver as habilidades deste alunos.A empatia deve prevalecer, conhecimento real da inclusão destes alunos quais sejam, lidar com as diferenças e preconceitos por parte de pais e alunos.Entretanto, com as expectivas e possíveis frustações dos familiares portadores da síndrome, com as limitações e alcance dos próprios portadores, dentre outras.

Visto disso, o professor deve ser o detentor de conhecimentos teóricos específicos com fundamentos médicos, psicológicos, pedagógicos e sociólogos.A fase da Educação Infantil tem por objetivo promover a criança maior autonomia, experiência de interação social e adequação, permitindo que esta se desenvolva em relação a aspectos afetivos e cognitivos, que sejam espontâneas e antes de tudo, sejam crianças.

A sociedade tem dificuldade para conviver com as diferenças, isolando na maioria das vezes a pessoa com deficiência, pois cada um de nós carrega ideias preconcebidas em relação às pessoas com deficiência.Entretanto, o que influenciará nas atitudes e na interação com elas, são muitas as ocorrências pelas quais a sociedade mostra sua insensibilidade, falta de conhecimento, rejeição e preconceito em relação a deficiência.Os efeitos desses sentimentos, refletem sobre a família e a escola que recebem uma criança com síndrome de Down tais ocorrências podem ser reveladas ou não.

A sociedade necessita de um amplo e contínuo esclarecimento em relação às crianças com síndrome de Down, para que mudanças atitudinais aconteçam fortalecendo as famílias e proporcionando a elas condições de interagir com a deficiência. 

2 CONCEITO DE SÍNDROME DE DOWN E INCLUSÃO

    A palavra incluir significa abranger, compreender, somar, e é nisso que deve-se pensar quando se fala em inclusão de pessoas com deficiências, e trazer para perto, dar à ele o direito de ter as mesmas experiências, é aceitar o diferente e também aprender com ele.É importante discutir esse assunto, pois a inclusão é um direito garantido por lei a todas as pessoas com algum tipo de deficiência é incluir crianças deficientes, mais do que cumprir uma lei é permitir que ela se insira na sociedade em que mais tarde precisará conviver, é não deixa-la alienada e despreparada para uma realidade que também é sua.

A síndrome de Down é uma ocorrência genética natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais. É a alteração genética mais comum, sendo registrada aproximadamente em 1 de cada 700 nascimentos. Não é uma doença e, portanto, as pessoas com Síndrome de Down não são doentes.Por motivos ainda desconhecidos durante o desenvolvimento das células do embrião são formados 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente. O material genético em excesso altera o desenvolvimento regular da criança.

Este material extra se encontra localizado no par de cromossomos de 21, daí o outro nome pelo qual é conhecida, Trissomia do 21. Para confirmar o diagnóstico de  síndrome de Down é necessário fazer um exame genético chamado cariótipo.Até os cinco anos o cérebro das crianças com síndrome de Down, encontra-se anatomicamente similar ao de crianças normais, apresentando apenas alterações de peso, que nestas crianças encontra-se inferior a faixa de normalidade, que ocorre devido uma desacelerando do crescimento encefálico iniciando por volta dos três meses de idade.Esta declaração encontra-se de forma mais acentuadas em meninas, onde observa mas também, frequentes alterações cardíacas e gastrintestinais. Segundo SCHWARTZMAN (1999,p.47).

Segundo o autor relata que algumas evidências de que durante o último trimestre de gestação existe uma lentidão no processo neurogênese. Apesar da afirmação as alterações de crescimento e estruturação das redes neurais após nascimentos são mais evidentes e estas se acentuam com o passar do tempo.

De acordo com autor, Pueschel (2005, p.77) relata que 40% das crianças com síndrome de Down apresenta defeito no coração, os pulmões podem apresentar pressão sanguínea aumentada nos vasos e o abdômen da criança com Síndrome de Down.Na maioria das vezes, não demonstra anormalidades, os órgãos genitais de meninos e meninas podem ser pequenos.

Além disso, a maioria dos portadores desta síndrome apresenta tônus muscular pobre, força muscular reduzida e coordenação muscular limitada.Quanto as extremidades como as mãos, ressalta-se que as impressões digitais também se mostram diferentes das digitais de crianças sem a síndrome.

De acordo com o autor acima, a aparência e as funções do ser humano são determinadas principalmente pelos genes, bem como a da criança com a síndrome de Down, que conforme descrito, mostra diferentes semelhantes quando comparada com a criança que não tem esta deficiência.

(...) Embora as crianças com Síndrome de Down passam ser reconhecidas por sua aparência física semelhante nem todas essas crianças parecem iguais. Além do mais, algumas das características da criança com Síndrome de Down modificam-se no decorrer do tempo(...), (Pueschel, 2005, p.77).

Dessa forma, ressalta-se que a criança com Síndrome de Down, assim como a criança sem a síndrome, tem níveis intelectuais que, sendo ou não avançados, necessitam cada vez mais de estímulos. 

3 O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E OS PROCESSOSDEAPRENDIZAGEM DO PORTADOR DE SÍNDROME DE DOWN

    A escola é um canal de mudança, com isso a inclusão de crianças com Síndrome de Down na rede regular de ensino pode ser um começo para outras transformações não somente de pensamentos mais também de atitudes.

A constituição brasileira de 1988 garante o acesso ao ensino fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção além disso, devem receber atendimento especializado complementar de preferência dentro da escola.

A inclusão ganhou reforços com a LDB (lei de diretrizes de bases da educação nacional) de 1996 e com a convenção da Guatemala, de 2001. Sendo assim manter crianças com algum tipo de deficiência fora do ensino regular é considerado diferente.

O principal motivo das crianças irem a escola, é que vão encontrar um espaço democrático, onde poderão compartilhar o conhecimento e a experiência com o diferente.

É notório que, devido as características específicas, oriundas de sua deficiência, as crianças com Síndrome de Down necessitam uma ação educativa adequada para atender suas necessidades educativa especiais (VOIVODIC, 2004:18). A criança Down apresenta muitas debilidades e limitações, assim o trabalho pedagógico deve primordialmente respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para o desenvolvimento de suas habilidades.

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