Educação Inclusiva com os pingos nos Is. Material para Concurso Público.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 20/08/2013 | Educação

Educação e Inclusão.

Uma reflexão desenvolvida acerca do trabalho refletido por: Rosita Edler Carvalho.  

A primeira ideia a respeito da educação inclusiva não pode ser apenas uma etimologia aplicada aos alunos das escolas publicas, de menor grau de aprendizado no processo de ensino, contrariamente seria tão somente um conceito ideológico, e, não pode ser essa a questão fundamental da análise.

 A inclusão não deve ser entendida desse modo, mas como um princípio de valor da cidadania aplicado a todos os setores da sociedade, no processo de ensino e aprendizagem na construção do saber e da integração econômica na lógica produtiva de uma sociedade política.   

   Sabemos por outro lado, que a verdadeira inclusão se dá por mecanismos políticos na participação da renda nacional, não é possível admitirmos uma inclusão apenas de caráter metafísico, seu aspecto formal ideológico, como funcionamento de engano, numa sala comum de alunos.     

A natureza da educação e da sua pedagogia entende-se num processo contínuo e permanente superando a velha visão dos estágios, como se a educação realizasse apenas por etapas, essa é a primeira crítica formulada por Rosita, a continuidade dentro de um mecanismo acumulativo, saber é a acumulação dos processos de sínteses.

Com efeito, a educação não pode ser entendida como um preconceito administrativo aplicado às classes inferiores, com a ideologia política de falsa promoção.

 Determina se a partir de certos modos ou estados de classes sociais, como se Estado político estivesse realmente preocupado com a pobreza, com o objetivo do desenvolvimento do  humanismo.

 A inclusão, não pode realizar como se o aluno tivesse alguma incapacidade para o desenvolvimento normal a aplicação do processo de ensino.

  Não é esse o modelo religioso etimológico desenvolvido por uma educação crítica e cidadã. Não que estivesse negando tal possibilidade, é que aspecto particular vai além dessa intenção demagógica.

 Tal modo de entender trata-se de um equivoco ideológico o qual deve ser combatido, não se pode desenvolver uma pedagogia misericordiosa, como instituição de caridade, o ideal educativo é muito sério para tal mistificação.

Como muito bem refletiu Eric Plaisance, a inclusão não depende dela mesma, por se tratar de uma nova realidade no mundo educativo, um novo desafio nas demandas da  criação do saber.

  Até mesmo das suas reformulações, ao que é necessário a um mecanismo muito comum e fundamental ao novo modelo, educar para evitar a des-inclusão.

 No sentido epistemológico mais global possível do social político, algo que é inteiramente responsável por meio Estado político formulado a serviço da defesa das elites em aspectos globais.  

A visão clara do mundo das ações que viabilizem as transformações necessárias nas escolas, particularmente a necessidade do acolhimento de crianças diferentes por diversas variáveis, o que não basta apenas essa genealogia do entendimento.

 No mundo prático, a cultura produzida por  muitas contradições no meio social e político por diferentes formas de pensar e agir que interfere no processo pedagógico quando a  referência é específica.

 Não se trata dessa questão em geral, o que se questiona o mecanismo aplicado à educação, mas não a política social do Estado, o que deveria ser exatamente ao contrário, do ponto de vista da fundamentação epistemológica.  

 Existem inúmeras e contraditórias formas de pensar e de agir, a respeito à inclusão, particularmente no espaço escolar, face à polissemia da aplicação do termo, como se o ensino aprendizagem fosse o único caminho para soluções de exclusões modernas.

  Tanto  se diz  aos espaços onde ocorre inclusão física,  social,  no mundo do trabalho  consequentemente na escola, o que se percebe então é algo muito amplo para ideologizar tão somente o processo pedagógico. A verdadeira questão é essencialmente política.  

 Quanto aos predicados aos quais se referem minorias étnicas, religiosas, de grupos sociais em desvantagens, de pessoas que frequentam ou não a escola, que estejam   em situação de deficiência, é muito pequeno em relação às complexidades discriminatórias dos sistemas vigentes.  

Precisamos, portanto, colocar os pingos nos “is”, o que entende em observação figurada, necessário o entendimento objetivo das ideologias, nem sempre igual entre os que pretendem refletirem tais questões.  

O que não se pode admitir a defesa  moral e abstrata em favor da inclusão que engendra formas dissimuladas de exclusão como reflete o professor Plaisance.

 Quando a questão em relevância não é somente escolar, carece uma reflexão mais profunda do modelo.  Análise de novos paradigmas dessas proposições.

Em entendimento com as barreiras humanas, materiais, financeiras, o elemento político-pedagógico na perspectiva das possibilidades, o que deve ser considerado, evidentemente numa acepção crítica e política.

 O entendimento psicológico não é apenas moral ideológico, atendendo aos aspectos abrangentes,  em uma localização viabilizada pelo caminho escolar, como se o banco da escola fosse necessariamente o caminho para superação dos males da pobreza.

Não deve se cair na linha do que se denomina de moralismo abstrato ou universalismo formal sem significação no mundo prático, ao que se refere aos aspectos da realidade  da inclusão de todos com todos, pelos benefícios, não apraz as mudanças reais da vida. A objetividade tem outras sinalizações.

 Com isso a professora não está referindo a não possibilidade dos ditos normais, o que é muito questionável, quando se trata especificamente da inclusão de pessoas em situação de deficiência nas turmas do ensino comum, o que poderia ser realizado por mecanismos específicos, na realidade prática.

Procedimentos, como amor ao próximo, a questão da solidariedade humana, a vocação dos professores, como se tudo isso fosse real, sem considerar as situações concretas e as inúmeras impossibilidades a tais realizações dentro do processo pedagógico.

Nesse sentido temos que refletirmos, sem formulações ideológicas sem o caráter de falso humanismo, exatamente pelo motivo, que a elaboração formal, provoca na inclusão formas dissimuladas da exclusão, o que significa apenas ser uma ideologia.

Boa parte dos professores não quer receber alunos comuns entendidos como diferentes, o primeiro aspecto a ser analisado, por vários motivos.  

Não estão logicamente preparados para tal prática pedagógica, sendo, com efeito, uma agressão, quando aceitam, reúnem se em grupos separados até mesmo para viabilizar o mecanismo pedagógico, o que significa a exclusão.

O que reflete com coerência o professor  José de Souza Martins, que a exclusão não é ao contrário, o que significa que na vida real no espaço social e político da escola, manifesta se de forma pedagógica e natural o que se pode denominar inclusão marginal.

A reflexão epistemológica da análise desse procedimento compreende se exatamente quando a sociedade capitalista desenraiza economicamente o aluno, excluindo para incluir de modo demagógico, segundo as próprias regras da dominação.

Exatamente neste caso, alunos em situação de deficiência que aparecem formalmente fisicamente como presentes nas salas comuns, mas que por diversos motivos não podem participar das mesmas regras pedagógicas.

 Atividades e desenvolvimento do ensino aprendizagem e ao mesmo tempo o Estado com essa justificativa nega lhes o direito do ensino especializado.

A presença como adequação não garante que os alunos que estejam integrados uns com os outros, na aprendizagem e participando de todas as atividades escolares.

Além da inserção física, é indispensável que todos os estudantes sejam beneficiados com a inclusão na aprendizagem e com a inclusão social, exercitando e desenvolvendo a plena cidadania, esses aspectos o Estado nega terminantemente.  

O que compete à reflexão na sua epistemologia organizada, é que a inclusão verdadeira acontece pela mudança política da sociedade, não se faz inclusão somente na escola, mas na sociedade, o desenvolvimento pleno da cidadania.

 O que está realmente em jogo, nessa reflexão prolongada, é um modelo político de desenvolvimento econômico com o desenvolvimento humano.

 Precisamos ser menos cínicos, mais críticos, o verdadeiro caminho da inclusão é política e depende exclusivamente do modelo de Estado formulado para o desenvolvimento  na realização básica do direito de todos.  

 Edjar Dias de Vasconcelos.