Educação Especial: Inclusão, Integração e Respeito

Por Tatianny Danielle Carvalho de Lima | 18/11/2008 | Educação

Vivemos um momento fundamental. Talvez, o mais importante que a Educação Especial vem passando desde o seu surgimento no Brasil e no mundo. Atualmente, há um forte entroncamento entre a Educação Especial contemporânea e a Educação regular. Este processo não surgiu ao acaso, mas é decorrência de uma série de transformações havidas na forma de atendimento das pessoas com deficiências e das crianças comuns.

Vale ressaltar que, na década de 90, no Brasil, o discurso da inclusão escolar assume status privilegiado. Contudo, há diversas controvérsias no plano dos discursos e das práticas. Há autores e profissionais que, defendendo a inclusão escolar como parte de um movimento maior de inclusão social, atuam no meio educacional pela universalização do acesso e pela qualidade do ensino.

As dificuldades para a mudança em relação ao paradigma da Inclusão tem se apresentado, atualmente, tanto no campo da Educação regular quanto da Educação Especial. A pessoa que se apresenta direcionada pelo paradigma da Integração costuma, na prática, a não entender e nem aceitar àqueles que seguem o paradigma da Inclusão. Os primeiros acreditam que é melhor a criança ficar realmente em ambiente segregado, do que ser colocada em um ambiente menos segregado.

Por outro lado, aqueles que seguem, conseguem entender melhor a dificuldade de mudança dos opositores do paradigma da inclusão. No entanto, como já vivenciaram as novas formas de inserção dos alunos na escola e na comunidade, sabem que estas trazem, em seu bojo, uma qualidade de vida melhor para todos.

Para que tudo isto se modifique, não basta apenas nós trabalharmos com os conteúdos cognitivos no processo de formação dos educadores. Pois, se eles não quiserem mudar, se eles não tiverem o desejo de saber tentar, por mais conteúdos que nós possamos lhes dar, eles permanecerão na mesma posição.

Depende do desejo do professor, assim como do desejo do aluno fazer ou não esta mudança. O poder das políticas públicas encontra o seu limite maior no desejo dos sujeitos. Se eles não quiserem mudar as suas práticas estigmatizadoras, eles não mudarão.

Palavras Chaves: Educação Especial, Inclusão, Integração, Universalização.