EDUCAÇÃO ESPECIAL: AUTISMO AUXILIO NO SEU DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA A FORMAÇÃO ADEQUADA DO PROFESSOR

Por SIMONE LOPES DOS SANTOS CUNHA | 31/10/2019 | Educação

A GRANDE IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE CORPO E MOVIMENTO

NA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Aluno (a): SIMONE LOPES DOS SANTOS CUNHA

RESUMO

Sabe –se da importância do movimento corporal nas crianças , que tem como objetivo de desenvolver na criança desde pequena uma forma de se comunicar com o seu  mundo e interagir consigo mesma, no qual devemos reconhecer e averiguar uma parceria com o trabalho pedagógico, através de estudo e observação nas aulas práticas de corpo e movimento , das crianças com idade de 4 a 5 anos, para que leve em consideração tais movimentos corporais no contexto educativo.Neste processo a crianças descobre novas possiblidades de movimentos com significado presente no processo educacional  na fase de Educação Infantil , para que esta prática corporal lúdica ajudem as crianças a agir e interagir no mundo em que vive.

Diante dessas reflexões, somos conduzidos a repensar uma concepção de Educação Infantil que leve em consideração o papel do movimento corporal da criança no contexto educativo, como uma necessidade físico-motora do desenvolvimento infantil, capaz de propiciar uma diversidade de experiências motoras através de situações nas quais elas possam criar e recriar o gestual motor. Nesse sentido, elegemos como questão-problema: Qual a relação entre educação, corpo e movimento nas práticas educacionais nas Instituições de Educação Infantil?.

Diante disto, temos por objetivo analisar a importância do movimento no desenvolvimento da criança de 4 a 5 anos; reconhecer a importância do trabalho pedagógico a partir do corpo da criança; e por fim, averiguar sobre a inserção de atividades de expressão corporal na instituição de educação infantil. Quanto aos resultados, é relevante mencionar que tal pesquisa ainda se encontra em andamento, portanto, destacamos os resultados parciais, isto é, a realização desta pesquisa tem colaborado para a reflexão e a conscientização em relação à atuação dos professores de educação infantil, no que diz respeito a importante relação entre o corpo e o movimento nessa etapa da educação básica.

 

Palavras-chave: crianças, corpo e movimento ,educação infantil,movimento corporal.

 

ABSTRAT

 

We know of the importance of corporal movement in children, which aims to develop in children from childhood a way of communicating with their world and interacting with themselves, in which we must recognize and ascertain a partnership with the pedagogical work, through Study and observation in the practical classes of body and movement of children aged 4 to 5 years to take into account such body movements in the educational context. In this process children discover new possibilities of movements with present meaning in the educational process in the phase Of Child Education, so that this playful body practice helps children to act and interact in the world in which they live.

 

In light of these reflections, we are led to rethink a conception of Early Childhood Education that takes into account the role of the child's body movement in the educational context, as a physical-motor need of child development, capable of providing a diversity of motor experiences through situations in Which they can create and recreate the gestural motor. In this sense, we chose as a problem question: What is the relationship between education, body and movement in educational practices in Child Education Institutions? In view of this, we aim to analyze the importance of the movement in the development of children from 4 to 5 years; Recognize the importance of pedagogical work from the child's body; And finally, to inquire about the insertion of corporal expression activities in the institution of early childhood education. Regarding the results, it is relevant to mention that this research is still ongoing, so we highlight the partial results, that is, the realization of this research has contributed to the reflection and the awareness regarding the performance of the teachers of early childhood education, in which Concerns the important relationship between the body and the movement in this stage of basic education.

 

Keywords: Children, body and movement, early childhood education, body movement

 

INTRODUÇÃO

 

Com o objetivo de proporcionar ao aluno uma formação integral para o exercício pleno da cidadania no Brasil, a Educação Infantil, nosso foco de estudo no presente artigo, deve ser ofertada por instituições específicas de atendimento às crianças de 0 a 6 anos de idade, essa primeira etapa, apesar de não ser obrigatória, configura-se como sendo um direito da criança e um dever da família e do Estado, como consta no art. 2º da lei federal nº 9394/96, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, também conhecida como LDB.

A LDB relata  sobre desenvolvimento da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social (BRASIL, 1996, p. 11). O foco deste estudo, é a educação infantil pré-escolar, abordando o movimento do corpo no desenvolvimento do processo educacional de crianças com idade entre 4 e 6 anos sobre o relevante papel da motricidade infantil nessa importante fase do processo de ensino e aprendizagem.

 

Contudo, o movimento humano é mais que um simples deslocamento do corpo no espaço, constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo, as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios e ao lado das situações planejadas especialmente para trabalhar a motricidade, com a ideia de que a prática do movimento é necessária para a Educação Infantil, por englobar os potenciais afetivos, sociais, intelectuais e motores da criança, torna-se uma aliada das atividades lúdicas.

 

A partir do momento que possibilita a criança a experimentar experiências, que o ajude a compreender o mundo que o cerca. Porém, para que as crianças adquirem novos conhecimentos e desenvolva habilidades de forma natural e agradável atividade é dirigida e vivenciada, e o porquê de sua realização, para justamente gerar um interesse em aprender, garantindo-lhes o prazer.

 

METODOLOGIA

 

A fim de buscarmos objetivos sobre o artigo, buscamos pesquisar a relação entre educação, corpo e movimento nas práticas educacionais na educação infantil; analisar a importância do movimento no desenvolvimento da criança de 4 a 5 anos, reconhecendo a importância do trabalho pedagógico a partir do corpo da criança pequena.

E ainda, pesquisar junto a uma instituição de educação infantil como ocorre a inserção de atividades de expressão corporal no cotidiano desse nível de ensino.  No que diz respeito á metodologia, faz-se o uso de um estudo bibliográfico, ou seja, um “estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral, que serve como instrumento analítico para qualquer outro tipo de pesquisa” (MORESI, 2003, p 10.), e sessões de observação nas aulas de Corpo e movimento da Escola de Educação Infantil CIEI Maria José de Naviraí MS.

Partindo do reconhecimento de que a educação é direito de todas as crianças, um dever da família e do estado (LDB 9394/98 art. 2º) e de que a educação infantil se constitui como primeira etapa da educação básica e que tem como finalidade o desenvolvimento da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Com isso, a educação infantil que já vinha sendo objeto de pesquisas em vários lugares do mundo, também vê serem multiplicados os estudos aqui no Brasil, tendo como um de seus principais objetivos contribuírem para a melhoria no atendimento da criança pequena.

Sabe-se, que o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. Pois, ao movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.

KISHIMOTO (1996, p.452), ao discutir sobre Froebel, mostra que: "Froebel acreditou na criança, enalteceu sua perfeição, valorizou sai liberdade e desejou a expressão da natureza infantil por meio de brincadeiras livres e espontâneas. Instituiu uma pedagogia tendo a representação simbólica como eixo do trabalho educativo, sendo reconhecido por isso como psicólogo da infância".

 

Nessa mesma direção, YAMIN (2001, p.12) aponte que o aprendizado nos jardins de infância "ocorria a partir de ações que exigissem o desenvolvimento dos movimentos físicos, juntamente com o funcionamento dos processos mentais. Todas as atividades simples do dia-a-dia feitas em contato com a natureza eram a base para seu currículo".

Na observação realizada na educação infantil é comum vermos as crianças o tempo todo sentadas, em silencio, realizando atividades escolares. Porém, para que as crianças possam ampliar o seu aprendizado, é preciso que os conceitos de educação estejam de acordo com as necessidades e seus interesses, durante a brincadeira a criança assimila sem se dar conta.

Por meio das atividades lúdicas a criança satisfaz seus desejos e representa a realidade que as circunda. Portanto, é importante que haja mudanças na estrutura educacional, por isso, ainda temos muito que refletir a programar a respeito da educação infantil. Dessa forma, é necessário rever este conceito e estruturar qual a melhor forma de lanças esses conteúdos a serem trabalhados com as crianças.

“O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço”. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança.

Pode-se dizer que no início do desenvolvimento predomina a dimensão subjetiva da motricidade, que encontra sua eficácia e sentido principalmente na interação com o meio social, junto às pessoas com quem a criança interage diretamente. A internalização de sentimentos, emoções e estados íntimos poderão encontrar na expressividade do corpo um recurso privilegiado". (Referencial curricular nacional para a educação infantil, 1998, p.18.

Para o Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998, p.15), o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana, visto que, "as crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo".

Ao analisar os conteúdos de movimento apresentados nesse referencial, verifico que eles foram organizados em blocos: a expressividade, o equilíbrio e a coordenação:

Expressividade: nessa direção, o Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998) sugere atividades para crianças de 0 a 3 anos: reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo, expressões de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e da linguagem oral. Na atividade lúdica, para crianças de 4 a 5 anos, por meio da mediação do adulto, o jogo desenvolve a memória, a atenção, a linguagem, a imaginação e a personalidade.

Equilíbrio e coordenação: para as crianças de 0 a 3 anos são sugeridas atividades de exploração de diferentes posturas corporais, ampliação da destreza progressiva para deslocar-se no espaço e aperfeiçoamento dos gestos relacionados com encaixe, traçado de desenho, entre outros. Para crianças de 4 a 5 anos, são envolvidas atividades de correr, subir, descer, movimentar-se, dançar, entre outros.

Por meio dessas atividades anteriormente sugeridas, percebo que todas estão relacionadas apenas ao desenvolvimento do corpo, como se o pensamento e as emoções estivessem fora dele. Certamente, essas atividades propostas são importantes para o desenvolvimento da criança, entretanto, o movimento não se restringe ao desenvolvimento das aprendizagens física e motora. O trabalho com o movimento não pode ser direcionado apenas para o desenvolvimento físico da criança.

Pois a criança precisa nominar o seu movimento conscientemente para que tenha oportunidade de explorar o ambiente, criar novas relações de relacionamento com o seu corpo, de conhecê-lo e aprender a usá-lo de forma benéfica, funcional e intencional. (MELLO, 1996)

Deste modo, a abordagem do movimento pode ocorrer de duas formas, isto é, a aprendizagem Observando os movimentos, que tem como foco a melhoria da capacidade/ou habilidades do próprio movimento; ou aprendizagem pelo movimento, ou seja, utilizar o movimento para que o individuo possa conhecer a si mesmo e o mundo que o cerca (AGUIAR 1998) .

Portanto, o movimento tem papel fundamental na educação pré-escolar com relação à formação da consciência corporal do aprendiz, assim como para as aprendizagens educativas, como a leitura, escrita e a matemática.    

                                

Pela visão do Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil do Ministério da Educação – RCNEI

A respeito ao desenvolvimento integral da criança, no que diz respeito aos seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, em 1998 RCNEI, com o objetivo de servir como um guia de reflexão para os profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. No volume III RCNEI (BRASIL, 1998), no eixo movimento, sugere um novo paradigma de para a educação da primeira infância, voltada para ampliação da cultura corporal de cada criança, ampliando o significado do corpo, mostrando a importância da motricidade e da expressividade presente no movimento das crianças na Educação Infantil.

 

De acordo com o RCNEI o conceito de movimento é:

 

                              [...] O movimento humano, portanto, é mais do que simples

                              deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma           linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio

físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando

                                    as pessoas por meio de seu teor expressivo. (p. 15).

 

O movimento assume um papel importante, que significa muito mais do que movimentar partes do corpo ou deslocar-se no espaço; elas se comunicam e devem ser por meio de gestos e das mímicas faciais, e interagem utilizando fortemente o apoio do corpo. O Referencial é uma reflexão importante no que diz a respeito às diferentes concepções de movimento que são atribuídas pelas creches, pré-escola, mas cada instância atribui diferentes significados em relação ao movimento, gestos e outras manifestações corporais. (SANTOS, 2012).

Muitas vezes o movimento é compreendido como desordem, bagunça desvalorizando alcançar através dele potencialidades em várias dimensões.

 

Nessa perspectiva o RCNEI (1998, p.19), aponta que:    

 

[...] um grupo disciplinado não é aquele em que todos se

mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os

vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados

pelas atividades propostas. Os deslocamentos, conversas

                                           e  brincadeiras resultantes desse envolvimento não pode

      ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como

                                 uma manifestação natural das crianças.

                                                                                                                                                                   

Com essa idéia , Oliveira (2011) diz que, inicialmente o movimento na criança

pequena apresenta uma “agitação orgânica” e uma “hipertonicidade global”, ocasionando uma relação como o meio ambiente de forma difusa e desorganizada. começa a se expressar através de gestos que estão ligados à esfera afetiva e que são, portanto, o escape das emoções vividas.

 

Na faixa etária de um a três anos, quando aprendem a andar, a criança parece tão encantada com sua nova capacidade que se diverte em locomover-se de um lado para outro, sem uma finalidade específica. O exercício dessa capacidade, amadurecimento do sistema nervoso, propicia o aperfeiçoamento do andar, que se torna cada vez mais seguro e estável, acrescentando nos atos de correr, pular e suas variantes; a criança dessa idade é aquela que não para, mexe em tudo, explora, e pesquisa. Na consciência corporal, nessa idade a criança começa a reconhecer a imagem de seu corpo, o que ocorre principalmente por meio das interações sociais que estabelece e das brincadeiras que faz diante do espelho.

 

 

 

 

 

Segundo Oliveira (2011):

 

                                            O corpo é uma forma de expressão da individualidade. A

                                            criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam e

                                             em função de seu próprio corpo. Isto significa que, terá a

                                             maior  habilidade   para se  diferenciar e   para  sentir  as

diferenças .Ela passam a distingui-lo relação aos objetos    

                           circundantes, observando-os, manejando-os.

 

Nessas situações, ela aprende a reconhecer as características físicas que integram sua pessoa, para a construção de sua identidade. Na idade de quatro a seis anos de idade, há uma ampliação do repertório de gestos instrumentais, que progridem com a coordenação de vários segmentos motores e o ajuste a objetos específicos, como recortar, colar, encaixar pequenas peças etc., sofistica-se.

 

Ajuriaguerra (apud, OLIVEIRA, 2011, p.34) diz que é pela motricidade e pela visão que a criança descobre o mundo dos objetos, e é manipulando-os que ela redescobre o mundo; mas só serão verdadeiras quando a criança for capaz de segurar e de largar, quando ela tiver adquirindo a noção de distância entre ela e o objeto que ela manipula.

 

Após um estudo sobre movimento e ritmo do Projeto pedagógico intitulado “a importância do corpo e do movimento no processo de ensino/aprendizagem das crianças”, foi desenvolvido para quarenta alunos do curso de Pedagogia da UESB – Campus Jequié, em 2012, com a finalidade de fomentar discussões com futuros (as) educadores (as) sobre a importância do movimento na Educação Infantil, tendo prática, a ludicidade, cuja fundamentação teórica e pedagógica oportunizou a vivência de sua expressividade corporal.

E com vistas à qualidade de ensino e aprendizagem das crianças na sala de aula, e foram realizadas todas as experiências nas de corpo e movimento ministrado teve as seguintes avaliações e progressões.

           

Em primeiro momento teve teoria de abordagem interacionista, Sócio Histórico Cultural, que toma como referência os trabalhos de Vygotsky (1998), Wallon (2008) cujas abordagens, melhor elucidam as concepções do trabalho com o corpo e com a ludicidade, os quais certamente poderão promover uma formação de docentes que favoreçam desafios e possibilidades à reconstrução de esquemas e à integração de novos conhecimentos.

           

Em segundo momento desenvolvimento da oficina, na qual foram realizadas dinâmicas envolvendo a percepção dos movimentos automáticos, que são aqueles realizados voluntariamente sem que exija um trabalho rigidamente mental, ou seja, movimentos realizados no dia- a dia, representados por diversos objetos e músicas.

 

Os recursos utilizados foram brinquedos de diversas formas, para que proporcionasse a emissão de sons e ritmos realizados no dia-a-dia, e músicas para que dançassem de acordo com o ritmo. Durante a realização das atividades lúdicas corporais foi utilizado o recurso de músicas, para um melhor desenvolvimento das brincadeiras foi sugerido que se organizassem em grupos de no máximo cinco pessoas, e reproduzissem através dos brinquedos disponíveis e/ou através do próprio corpo, possíveis movimentos sonoros realizados no dia-a-dia.

 

Foi determinado um tempo máximo de 10 minutos para integração do grupo e definição dos movimentos a serem realizados, e lembrando que ficaram livres para reproduzir o movimento que quisessem e todos participaram ativamente da atividade, e foi possível destacar alguns movimentos sonoros reproduzidos como, “andar”, “correr” e atividades de seu cotidiano desde levantar ao dormir.

 

A proposta dessa atividade foi de favorecer aos futuros professores a percepção dos movimentos que é essencial para o processo da formação cognitiva e motora da criança e a reflexão sobre as manifestações da motricidade infantil compreendendo seu caráter lúdico e expressivo.

 

Refletir também sobre as possibilidades posturais e motoras oferecidas no conjunto das atividades planejadas e voltadas para aspectos mais específicos do desenvolvimento corporal e motor.

 

No terceiro momento da atividade, foram selecionadas músicas com diferentes ritmos como, sertanejo, axé, pagode, românticas, samba e de cunho infantil, que mudavam rapidamente, em fração de segundos. A proposta é que todos dançassem livremente de acordo com os ritmos musicais, e que percebessem a mudança que ocorre no corpo enquanto muda-se de um ritmo para o outro, e também demonstrar o quanto é importante prestar atenção nos movimentos e nos sons que reproduzir-se voluntariamente.

           

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            A fim de refletir  sobre possíveis contribuições sobre a Educação Física na Educação Infantil pela importância do movimento corporal e pelas contribuições que as experiências com a cultura corporal de movimento podem trazer nesse período de vida da criança e em todo o seu processo de formação, concluímos que realmente existe uma grande relevância dessa disciplina no âmbito da Educação Infantil.

È um campo de discussões, e debates, com clareza  para melhor maneira eficaz o fazer pedagógico do docente de Educação Física, bem como legitimar, através de pressupostos teóricos, as aulas de Educação Física neste nível da educação básica.

            A estrutura curricular, na Educação Infantil, seja realmente eficiente quanto à inclusão das atividades físicas nesse nível de ensino, quanto a inclusão das atividades físicas nesse nível de ensino fundamentado no processo de formação da criança em seus aspectos motor, psicológico, social e cognitivo, respaldado pelo Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. É importante, a presença da Educação Física nessa fase do ensino, inserida no contexto escolar pautada, e instituída, através de uma abordagem de ensino e aprendizagem consistentes, respaldada por uma perspectiva crítica e emancipatória de ensino.

            Observei na minha convivência com as crianças que  quando elas  brincam, o fazem para satisfazer uma necessidade básica que é viver a brincadeira. No entanto, a insistência de que a brincadeira precisa ter uma função "pedagógica" inserida numa lógica produtivista limita suas possibilidades e impede que as crianças recriem constantemente as formas de brincar e se expressar.

Em que educação física no âmbito do trabalho pedagógico com crianças de pouca idade, faz-se necessário articular diferentes áreas do conhecimento e diferentes profissionais. Assim como na construção de um mosaico, profissionais vão articulando saberes e práticas que não podem ficar reduzidos a uma única disciplina ou a uma única área do conhecimento. Isso se acreditou que as crianças, assim como nós, adultas, também são capazes de produzir cultura.

            No sentido de buscarem estratégias e metodologias que enriqueçam o trabalho pedagógico, possibilitem as crianças se comunicarem também por meio das suas varias linguagens, dentre elas, a linguagem corporal e suas dimensões, dando a importância  do movimento para o seu desenvolvimento integral.

Isto é, cabe ao professor propor as crianças atividades de expressão corporal com a finalidade de obter sucesso no aprimoramento de suas habilidades e principalmente sua aprendizagem.

Que as instituições de educação infantil devem dar a importância necessária a considerar que a criança hoje, para além da sua necessidade de movimento, tem que dar a suas oportunidades de pular, de mexer-se, de brincar, a fim de que melhore o desenvolvimento integral da criança.           

 

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