Educação e a liberdade cognitiva

Por Geann Haroldo Ferreira de Souza | 16/07/2024 | Educação

Educação e a liberdade cognitiva Geann Haroldo Ferreira de Souza A metodologia prática da atenção à criatividade e dinamismo na formação do professor permite que a aula deixe de ser uma simples reprodução mecânica de conhecimento, onde os conceitos já estão formatados e inseridos historicamente em contextos prontos e tradicionais. Este processo acontece gerando uma reação em cadeia de experimentações, criações que colocam a prova o mecanismo do conhecimento. Onde o conteúdo pode ser oferecido diante da realidade socioeducativa dos alunos de forma criativa (GALLO, 2006, p. 17-35). Segundo Brasil (1996), o artigo 35 da LDB-9334 (Leis de diretrizes e bases da educação nacional) tem o ensino médio como etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos durante o ensino fundamental, permitindo que os alunos continuem seus estudos com uma base sólida; II - Preparar os alunos para o trabalho e a cidadania, incentivando o aprendizado contínuo e a capacidade de se adaptar às mudanças no mercado de trabalho e na vida; III - Desenvolver o aluno como um ser humano completo, incluindo sua formação ética e a promoção da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, conectando teoria e prática no ensino de cada disciplina. Liberdade é o que move a vontade de si próprio, ou seja, promove a autonomia e a autodeterminação. Com base nisso a educação pode se agir como a uma liberdade de ideias, como, por exemplo, um professor que coordenada um projeto interdisciplinar, este é o mobilizador do conhecimento. Os primeiros passos de uma liberdade na educação podem ser iniciados como o aluno, em que deve - se conscientizar que ele é o transformador da realidade e meio social e que este pode exercer seu papel de cidadão. A mediação do professor na autonomia do aluno é o grande fato disso, os alunos organizam as atividades de debate mediadas pelas orientações do docente. Pedagogia é a capacidade de reunir os métodos, estratégias e princípios da educação no ensino. A partir disso existe a pedagogia liberal que de fato condiciona a autonomia do indivíduo a sua liberdade pessoal e já a freiriana motiva o estudante à mudança da sua realidade social através da escola. O papel da escola segundo a pedagogia liberal deve ser menor quanto a sua influência na realidade de vida social, pois esse é o dever dos pais ou responsáveis quanto ao desenvolvimento do filho e assim o Estado não deve cuidar dos valores da família e escola deve somente focar na preparação ao mercado de trabalho e conteúdo curricular. Em relação à pedagogia freiriana o professor deve motivar e despertar reflexão à criticidade e sim a educação deve ser transformadora a sua realidade social apoiada à coletividade. A ideologia da pedagogia freiriana é sustentada nos pressupostos Marx e do socialismo, ou seja, idealizam um projeto de sociedade modelo que o indivíduo transforma a sua realidade socioeducativa mediante a educação e os outros meios. Já a pedagogia liberal foca nos projetos pessoais sustentados em referenciais literários sobre a liberdade individual e ao livre mercado. Assim a pedagogia liberal prioriza a família como a melhor instituição para educar uma criança, pois estes são à base de qualquer indivíduo e o que conta é a sua experiência de vida. Já a pedagogia freiriana fundamenta a transformação pessoal à realidade social do indivíduo e é motivadora do protagonismo. Em resumo, ambas são antagônicas, a primeira é individualista e a segunda apoia no coletivo reflexivo. Os estágios de uma autonomia ou educação libertadora seguem cinco etapas: a investigação, temática, problematização, avaliação e conclusão. A investigação é a busca da realidade e meio social do aluno. A temática é a conscientização da sua função social e sua importância. A problematização é questionar e motivar os alunos para uma possível solução da situação problema. A avaliação é a análise dos dados obtidos e desenvolvimento do trabalho dos alunos. Já a conclusão é reflexão dos dados diagnósticos da avaliação, a fim de solucionar possíveis “falhas” durante o processo. Assim a educação como prática de liberdade, é o que motiva tanto o professor quanto aluno no processo de ensino aprendizagem. Motivar um discente é enriquece qualquer trabalho, vista que o desenvolvimento cognitivo supera quaisquer expectativas e para o docente é recíproco, pois a valorização do profissional é o que deve ser primordial em qualquer gestão. Referências Bibliográficas BRASIL. Leis de diretrizes bases da educação da educação nacional, LDB n.º 9394 de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 20 de janeiro de 2024. GALLO, S. A Filosofia e seu Ensino: conceito e transversalidade. Ethica (Rio de Janeiro), v. 13, p. 17-35, 2006.

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