Educação do olhar:Leitura de imagem, Portinari e Educação
Por arlete rabelo de oliveira | 29/07/2011 | ArteA arte tem se apresentado cada vez mais, como um instrumento de reflexão e mudança para o homem contemporâneo. Acompanhando o homem desde os tempos primitivos, ela sempre teve um papel importante para nossos estudos e reflexões. A obra de arte segundo Benjamin leva-nos a outra interpretação, que vai além da observação. Essa interpretação passa por uma estética orientada pelo prazer do gosto dada a sua significação e alcance de seus meandros históricos e de sua profundidade, dimensões consideráveis em se tratando de estética. Como a arte está entrelaçada à vida, sua função é tornar o cotidiano mais significativo e profundo. A arte é julgada segundo a expressão convincente dos significados da vida e das emoções. Assim, sob essa perspectiva, a arte e a vida estão entrelaçadas.
A obra de Portinari, sobretudo a série Retirantes, possuem um grande caráter social que por sua vez nos orienta a fazer uma leitura de mundo, que propiciará uma construção de sentido para a nossa realidade. O interesse de Portinari pelo espectador é algo muito significativo, sobretudo pelo fato de saber que a arte é uma linguagem capaz de falar mais do que palavras.
A imagem sempre foi usada pelo homem para realizar a sua comunicação, esta revela seu modo de ser, viver e perceber o mundo, por isso se faz tão importante sua leitura. Como forma de comunicação humana ela deve ser usada para que possamos refletir sobre nossa condição. Considerando que a imagem é traduzida por elementos visuais, seu reconhecimento só é possível através da visibilidade, isto porque as idéias só têm um valor e um sentido, quando articuladas em imagens compreensíveis para o homem, ou seja, quando lhe possibilitam uma interatividade com o mundo. Visto que as imagens visuais são aquelas que têm maior significação para o homem, são estas que possuem uma capacidade de comunicar-lhes de maneira mais rápida e precisa. Portanto a imagem é para o homem algo muito significativo.
Portinari (1903 -1962) artista brasileiro, filho de imigrantes italianos pobres, nascido na pequena Brodósqui no interior de São Paulo, desde a infância observou o mundo com um olhar inquieto e crítico, mas muito criativo. A sua pintura permeia muitos lados de uma arte rica em significados. Ele retratou figuras populares, mas também os mais cultos e abastados. Retratou sua infância alegre e pobre, jogando bola, soltando pipa, os personagens circenses, também os músicos e as festas populares. Retratou pessoas ilustres de sua época, mas também os miseráveis, sofridos e excluídos na série Retirantes, dedicada a revelar a realidade do povo nordestino, sofrido e esquecido. Quando criança vezes não conseguia dormir, por estarem incomodado com as cenas, imagens fortes, que insistiam em povoar sua memória. Inúmeras vezes ele presenciou a morte e a solidão estampada nos rostos tristes dos retirantes que a sua porta vinham pedir ajuda.
O que mais nos atrai em sua obra é o elemento humano, simples popular, cotidiano. Entre suas inúmeras obras podemos destacar: Criança morta, Retirantes, Lavadeiras, obras estas que merecem nossa atenção, sobretudo pelo seu forte apelo social. Na fase Retirantes, que compreendem não só as obras citadas cima, mas também outras, não menos importantes, expõem os problemas sociais brasileiros, tais como a fome e a miséria. Sua obra, quase surrealista, revela uma realidade vivida por muitos brasileiros, contudo, trazendo um forte apelo crítico e social. Representou tanto as figuras importantes da cultura e da história da época, também do passado, como também figuras simples com de favelados, cangaceiros e lavradores. Revelou o tempo todo o ser humano, suas diversas fases da vida, suas variadas facetas, suas diferentes profissões, desejos e sofrimentos.
Em obras como "O Café" (1944) ele mostra claramente sua preocupação com a vida dos trabalhadores rurais. A rotina do trabalho, as roupas, as dificuldades, tudo isso registrado na obra. Mostra o ambiente rural, uma fazenda de café, mais do que tudo ele faz perceber o árduo trabalho do campo. A cor marrom, que predomina em inúmeras outras telas, está associada à terra do chão de sua infância em Brodósqui. Nesse quadro, mais especificamente, não há céu, não há horizonte.
Imagem 12. Portinari: O Café, 1935, ol\s\tela. Museu nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
Fonte: Civita, 1967
Sua arte sempre foi atual, suas figuras carregadas de criatividade e expressão, se tornam capazes de atingir seu objetivo, que foi como a maioria dos artistas modernos, o de causar certo desconforto no espectador e despertar a reflexão acerca da condição humana. O homem moderno, sempre ocupado, apressado e cada dia mais individualista, precisa refletir acerca dos problemas sociais de seu país, de seu povo. A obra de Portinari pode se faz relevante para um despertar da condição humana, para uma renovação da consciência.
Na modernidade surgem novas tecnologias, novas formas de ver o mundo e de representá-lo. Assim também na arte surge um novo pensamento, o de realizar obras capazes de suscitar alguma reflexão. Técnicas de reprodução foram criadas com a tentativa de suprir o caráter único das coisas, pelo desejo de possuir algo. Nesse processo surge a reprodução técnica das imagens, tanto de imagens naturais como de obras de arte.
Como afirma Freire (1986) o homem deve estabelecer uma relação reflexiva com a realidade, deve agir para transformar o mundo. O homem precisa, de algum modo ser responsável pelo seu semelhante e pela sua libertação. Porém, ler uma imagem é apropriar-se de um objeto de conhecimento num nível de representação e interpretação, que nos leva a interpretações da realidade. Ler uma imagem é compreender como ela é constituída, e isso exige um conhecimento de mundo, um conhecimento prévio, ou seja, exige uma interpretação pessoal e social. Essa desconstrução pode ser realizada pelo sujeito através de sua reflexão crítica. Portanto ao observar, analisar, estudar, refletir, o objeto se destrói, pois muita coisa vem à tona, como experiências, conhecimento, idéias, valores, etc. Com isso, esse despedaçamento da obra provoca uma ruptura capaz de levar à verdade. Levar ao alcance, sobretudo do que verdadeiramente deve ser percebido na obra.
A primeira leitura que o homem realizou foi a da imagem, que antecede à leitura da palavra. Nela lemos o mundo, as pessoas, as coisas. O primeiro mundo que buscamos compreender é o da família, nossa casa, quintal, pracinha, bairro, cidade, estado, país. E ao buscarmos essa compreensão estamos fazendo leituras desse mundo. Leituras críticas, prazerosas, envolventes, significativas, desafiadoras. Leituras que inseridas num contexto social e econômico, são de natureza educativa e política. A importância da leitura para o ser humano está no fato deste ser um ser dotado de consciência reflexiva, capaz de realizar uma transformação na consciência.
Existem três estágios de leitura da imagem: primeiramente ? utiliza-se seu conhecimento pessoal, posteriormente - seu conhecimento mais geral, e finalmente ? o conhecimento estético, que é o mais elaborado e que depende de um conhecimento prévio e da experiência.
Da mesma forma que se faz necessário aprender a ler e a escrever a palavra, como defende Paulo Freire, é preciso ler o mundo, de forma dinâmica, que vincula linguagem e realidade. Ler imagens hoje seria como que ler o próprio mundo, pois ele está repleto delas. Se, como o próprio Benjamin já disse, que as imagens comunicam por si, elas comunicam-nos muito sobre nós e sobre o mundo. Isso só leva a crer na importância de ler imagens. As imagens artísticas, como linguagem que comunicam a verdade, devem ser lidas e interpretadas, como um instrumento eficaz para nosso conhecimento e conhecimento do mundo.
O professor é um facilitador do conhecimento no processo de leitura, para que o educando construa seu significado a partir do que está lendo. No movimento entre leitura da palavra e leitura do mundo, na perspectiva de Freire (1987) funciona como um movimento dinâmico que tem o aspecto central do processo de alfabetização. Sobretudo pelo fato de que a palavra escrita é uma forma de escrevê-lo e reescrevê-lo. Da mesma forma que Freire entende a palavra como instrumento para a leitura e interpretação do mundo, podemos ver a imagem como sendo também uma forma de "escrever e reescrever" o mundo, para transformá-lo através de nossa prática consciente.
A importante relação entre realidade ? homem ? mundo é para a educação o que possibilita a transformação do sujeito. Sendo isso responsável pela substituição ingênua da realidade por uma visão crítica, um compromisso com a libertação.
Na concepção de Freire o educador é um forte agente socializador, que precisa ter uma consciência política e social capaz de promover mudanças e contribuir com a formação de cidadãos conscientes e reflexivos. A necessidade de despertar uma permanente atitude crítica está cada vez mais evidente, pois a solução, segundo Freire (1983), está na possibilidade de nossa tomada de consciência. A educação que desenvolve a tomada de consciência e a atitude crítica, que permite escolher e decidir, é o que liberta os indivíduos. Como Freire, também acredito no diálogo, que devemos ser dialógicos, que não devemos manipular, mas empenharmos na transformação constante da realidade, pois o diálogo é uma forma de encontro amoroso dos homens que pode transformar o mundo para a humanização.
Ao deparamos com uma obra como "Retirantes", ficamos reflexivos dada à sua proximidade com a realidade social. Ao apresentar essa obra aos alunos, estes sempre comentam que a vêem como um quadro feio. Esse "feio" classificado pelos alunos nada mais é do que o "belo" da modernidade, a representação da realidade dialética, da maneira da alegoria. Ao fazermos junto com nossos alunos uma leitura reflexiva dessa obra, podemos nos aproximar daquilo que para Benjamin seria a idéia, a origem, um salto, uma revolução. Quando temos a possibilidade de refletir, aqui através de uma obra, sobre nossa condição, estamos tendo a possibilidade de encontrar um caminho para a conscientização e mudança. E isso deve ser é o que mais nos interessa nesse processo educacional, nessa formação de indivíduos críticos.
Portinari: Retirantes, 1944, painel a ol\s\tela 190x180 m, Museu de arte de São Paulo.
Fonte: Civita, 1967, p. VIII.
Reafirmando, pode-se dizer que a leitura crítica de uma imagem também contribui para nossa interpretação e compreensão do mundo. Uma imagem como vimos na obra "Criança Morta", faz um apelo à nossa memória, nos relembra a realidade da guerra, da miséria, da fome e sede. Portinari soube dar ao tema uma força misteriosa que nos desperta, nos leva à reflexão.
Portinari: Menino Morto, 1944, ol\s\tela 179x190 m, Museu de arte de São Paulo.
Fonte: Civita, 1967, p. VII .
Neste contexto, a educação deve usar a imagem de arte como um instrumento para a reflexão, para o despertar, pois ela pode ser uma poderosa arma contra as injustiças sociais e para a formação de um sujeito crítico e consciente de seu papel na sociedade. Com a leitura de imagens, com a formação de um leitor de imagens, é possível contribuirmos com a justiça de nossos antepassados da história. Poderemos realizar a redenção que nos foi confiada, a memória teológica, a memória do sofrimento passado.
O contato direto do olhar do educando com a obra foi mais uma alternativa, além da pesquisa teórica que possibilitou a percepção da relevância desse assunto. Foram coletados de formas variadas, relatos de alunos e alunas de níveis sociais e educacionais distintos. Com esses dados poderemos refletir melhor, sobre as inquietações provocadas pela educação e formação dos indivíduos na contemporaneidade.
Atualmente vivemos em um mundo repleto de imagens e informações. Como percebemos, o consumo visual é de tal forma parte de nosso cotidiano que nem sempre nos damos conta dos significados inscritos em tais procedimentos. Sem uma formação visual, uma estética visual, surge um esvaziamento simbólico, surge a falta de intensidade, sua dessignificação, fato que nos dias de hoje é muito comum e promove cada vez mais a alienação e a indiferença.
O mundo contemporâneo, globalizado, tem agido sobre o individuo de forma a deixá-lo alucinado com as informações rápidas e descartáveis, levando-o a um estado de consumismo, individualismo e alienação. Tudo isso tem refletido na educação, na formação do homem contemporâneo, passando a ser uma preocupação constante das instituições formadoras da personalidade do indivíduo, como a família e a escola. Isso tem levado os educadores a repensarem em uma educação para a cidadania, a pensar na formação de um leitor do mundo, que tenha uma consciência reflexiva e crítica sobre a sociedade no qual está inserido.
É possível fazer diversas leituras do mundo e de diferentes formas, que por sua vez nos faz ler os acontecimentos sociais em todas as suas dimensões através das imagens. E nosso cotidiano está repleto delas. Entretanto o que ocorre é que muitas vezes não sabemos realizar essa leitura ou perdemos a chance de perceber essa comunicação por imagem. Ainda que ela seja considerada como algo muito importante, e não se dá de modo diferente do passado, a leitura da imagem se encontra neutralizada pelos excessos da contemporaneidade.
A imagem no contexto educacional torna-se então um imperativo, uma forma de humanização e de cultivo, o que representa um dispositivo para a cidadania. Essa educação demanda uma exploração de imagens do cotidiano a estudos estéticos sobre arte e cultura. É no estético que encontramos a possibilidade de perceber e pensar sobre tudo aquilo que qualifica a experiência humana, porque essa qualificação é o resultado da integração de todas as capacidades humanas de dialogar com o meio. Sem a mediação estética a relação entre prática e teoria fica desarticulada, a conexão entre os conhecimentos do fazer artístico e os conhecimentos do mundo da arte, fica distante, vazia.
Portanto, se não dialogarmos com as imagens, elas se tornarão passageiras, não trarão nenhum significado. A dialética do mundo atual contida no transitório e no instável, deve ser levada em conta pelos educadores. Devemos prestar atenção naquilo que deve permanecer, que deve produzir singularidade, significado para nós, que deve ser mantido como objeto para nossa reflexão.
Na linguagem visual, encontramos uma maneira de nos comunicar e revelar nosso modo particular de significar o mundo. As imagens das obras de arte podem funcionar como um suporte para esse exercício de releitura do mundo e do próprio ser humano, facilitando o reconhecimento de sua identidade.
Diante deste contexto, é possível desenvolver uma educação visual que propicie uma interação de modo mais informado, criativo e crítico com as imagens e mensagens que recebemos nesse mundo contemporâneo. Dessa maneira, a escola se apresenta como espaço ideal e possível, para o convívio e o diálogo entre o acervo imagético, trazido de sua experiência cotidiana, com as produções artísticas e culturais reconhecidas universalmente. O exercício de olhar, de ver o diferente, de desvelar significados e critérios exige um trabalho contínuo de educação do olhar que articule percepção, imaginação, conhecimento, produção artística, e ao mesmo tempo, valorização e respeito pela multiplicidade e diversidade de pontos de vista, dos modos de ver e estar no mundo. Percebe-se a realidade de forma distinta porque somos diferentes. Nossas emoções e conhecimentos interagem nas formas de ver e acarretam diferentes olhares sobre a realidade.
Diante do exposto, é preciso entender a educação como um longo e inesgotável caminho, através do qual é possível conseguir um mundo melhor e mais justo. Neste aspecto, defende-se o conhecimento da educação estética, da história e filosofia da arte, como meios para se construir um novo sujeito, mais crítico, capaz de lutar pelos seus ideais e contribuir com a transformação da vida de seus semelhantes.
A educação, na sua responsabilidade de formar o cidadão, não pode ficar alheia aos problemas sociais, mas se tornar em uma forte aliada para agir positivamente sobre o indivíduo e arrancá-lo de sua condição de alienado e acomodado. E neste sentido, abre-se uma perspectiva para a concretização desse desafio, a partir de um trabalho no contexto da arte-educação que busque implementar uma prática pedagógica visando a formação crítica e estética do indivíduo, por meio do uso da leitura da imagem, sobretudo das obras de arte.
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