EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CAMINHOS PARA RESGATAR UMA ESCOLARIDADE PERDIDA.

Por Fernanda Stael dos Santos | 14/12/2015 | Educação

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CAMINHOS PARA RESGATAR UMA ESCOLARIDADE PERDIDA.

     Fernanda Stael dos Santos[1]                                                                                                                Me. Naime Souza Silva[2] 

Qual deve ser o perfil do profissional da EJA para resgatar a escolaridades perdida dos jovens e adultos?

Objetivos do projeto:

  • Conhecer quem é o aluno  que é aluno adulto, sem alfabetização.
  • Buscar práticas metodológicas para o aluno do EJA.
  • Verificar dificuldades do aluno do EJA..
  • Estimular a autonomia dos alunos, possibilitando que eles próprios avaliem seus avanços no processo ensino e aprendizagem.
  • Conhecer o perfil do docente para essa modalidade

      Justificativa

      O interesse pelo tema surgiu devido observar a necessidade de alfabetização para Jovens e Adultos que não concluíram na escolaridade na idade certa. Com o intuito de verificar se eles possuem a EJA, para dar sequência num processo de escolarização, que foi interrompida por algum motivo. Essa pesquisa se justiça pela importância que a aprendizagem de ler e escrever atua  nos processos e ensino aprendizagem.

Segundo Kleimen, (2002), a educação de Jovens e Adultos é entendida como uma oportunidade para as pessoas que não conseguiram estudar na idade certa. Há muitos e muitos anos atrás o Brasil busca constantemente alternativas para a alfabetização de jovens e adultos. Muitas dessas pessoas não tiveram a oportunidade de frequentar uma escola, e outros tiveram que abandonar os estudos para começarem a trabalhar, e ajudarem seus pais, e isso acabou contribuindo com o analfabetismo no Brasil.

 Esse caminho para a apropriação da leitura e da escrita é cheio de expectativas, tanto para os alunos como para os alfabetizadores, pois ambos se colocam frente às suas próprias limitações e às suas possibilidades, em um processo de construção e reconstrução de suas identidades (KLEIMEN, 2002). 

         O aluno da EJA deve ter uma sala de aula, como todos os outros, com um bom educador, disposto a orientá-lo com seus questionamentos. O profissional deve conter em sua bagagem um bom recurso didático com metodologias de ensino e instrumentos de avaliação que poderá ser usado com esses educando. Mesmo sabendo das necessidades de cada um, sabemos que ainda existe um descompromisso e desrespeito para com essas pessoas que buscam na educação uma oportunidade de realizar seus objetivos, seus sonhos profissionalmente.

         Alfabetizar Jovens e Adultos é uma preocupação que tenho muito antiga. A escolha deste tema se deu com o convívio com jovens, adultos e idosos, que foram privados de uma escolarização. É muito gratificante saber que posso ser útil, proporcionando a eles um pouco mais de sabedoria, aprendizagem e respeito. Poder alfabetizar estas pessoas é proporcionar-lhes uma grande mudança, uma visão nova do mundo, e uma oportunidade de ter uma vida melhor.

A educação de jovens e adultos é um direito assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional (LDBEN), é assegurada gratuitamente aos que não tiveram acesso na idade própria, e segundo a LDBEN o poder público devera estimular o acesso e a permanência do jovem e adulto da escola. (BRASIL, 1996)

O professor da EJA deve utilizar-se de diferentes metodologias de ensino de acordo com as necessidades de cada aluno.

O objetivo da formação de jovens e adultos, e fazer com que ele se ingresse no mercado de trabalho com uma boa bagagem de aprendizagem e possa ter acesso a uma qualificação profissional.

O educador da EJA devera está sempre alerta quanto ao número de evasão escolar dos alunos, ele tem um desafio muito grande pela frente que é manter a permanência escolar, desses indivíduos. O professor deve ter uma qualificação adequada, para contribuir cada vez mais com esse educando. Tem que usar metodologias, que os motivem a permanecerem na sala de aula.

      A EJA é a realização de um sonho para muitos dos estudantes. O educador deve sempre estimular a autoestima do educando, pois, para muitos desses alunos, a escola já não tem mais sentido, sendo que muitos foram excluídos pela sociedade e perderam a vontade de adquirir novos conhecimentos.

A educação visa a libertação, a transformação radical da realidade, para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir que os homens e as mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não como objetos. (GADOTTI, 1999, p. 44).

O aluno, ao construir permanentemente o seu conhecimento, necessita fundamentalmente do ato docente, dirigido e orientado, que está presente no planejamento e na realização das aulas, das atividades extraclasses e na avaliação, pois, esta possibilita, facilita e acelera a aprendizagem.

Partir dos saberes, conhecimentos, interrogações e significados que aprenderam em suas trajetórias de vida será um ponto de partida para uma pedagogia que se paute pelo diálogo entre os saberes escolares e socais. Esse diálogo exigirá um trato sistemático desses saberes e significados, alargando-os e propiciando o acesso aos saberes, conhecimentos, significados e a cultura acumulada pela sociedade. (ARROYO, 2005, p. 13),

Segundo Abrantes (1991),O aluno trabalhador que frequenta as classes noturnas do supletivo normalmente já passou por várias experiências escolares. Essas experiências geraram no aluno sentimentos de incapacidade e desvalorização pessoal. Esses estigmas na escola autoritária são reforçados em várias situações da prática pedagógica do professor. (...) Abaixa expectativa que o professor tem sobre o aluno também reforça a sua auto desvalia: aligeirar o conteúdo, porque o futuro lhe reservou apenas essa ‘chance’ de estudar: acreditar que esses alunos são menos inteligentes que os da escola particular; imaginar que jamais poderão ascender profissionalmente face à sua incapacidade intelectual.

O papel dos professores, na promoção de uma aprendizagem significativa é desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam mais ampliados e consistentes, tornando-se assim mais inclusivos com relação a novos conceitos.

Quanto mais elaborado e enriquecido é um conceito, maior possibilidade ele tem de servir de parâmetro para a construção de novos conceitos. Isso significa dizer que quanto mais se sabe, mais se tem condições de aprender, pois, educação é também um ato coletivo e solidário e nunca se dá isoladamente. "Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, midiatizados pelo mundo"(FREIRE, 1987, p. 13).

Educação de Jovens e Adultos: Caminhos para Resgatar uma Escolaridade Perdida. será o tema de pesquisa

Este trabalho reúne subsídios teóricos, através de uma pesquisa descritiva qualitativa, bibliográfica, no sentido de constatar como a internet pode influenciar a educação pedagógica. O tema tem intenção de servir de parâmetro para nortear o trabalho do professor.

 

10 REFERÊNCIAS

 

ABRANTES, Wanda Medrado. A didática da educação básica de jovens eadultos : uma construção a partir da pratica do professor. Rio de Janeiro, 1991.241p. Dissertação (Mestrado) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

ARROYO, Miguel Gonzalez. Educação de Jovens-Adultos: um campo de direitose de responsabilidade pública. In: Leôncio Soares; Maria Amélia Giovanetti; NilmaLino Gomes. (Org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. 1 ed. BeloHorizonte: Autêntica, 2005.

BRASIL - Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos; Apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC /SEF, 1998, Disponível em: www.sinepe-sc.org.br/5a8tt.html. Acesso em 25 de maio de 2015.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Freire, 1987.

GADOTTI, Moacir 1999. Paulo Freire- da ‘pedagogia do oprimido à‘ecopedagogia’. Cadernos Pensamento Paulo Freire. São Paulo. Instituto PauloFreire



[1] Aluna concluinte do curso de Pedagogia da Faculdade de Iturama – FAMA

[2] Mestre em Educação pela Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE (2012). Possui graduação em Pedagogia (1990) e bacharel em Direito (2005) pela Fundação Educacional de Votuporanga, Pós-graduação lato Sensu na área da Educação, denominado "O Processo Ensino Aprendizagem: Uma Fundamentação Filosófico-Antropológica e Técnico-Pedagógico"(1993), Psicopedagogia(2001), Psicopedagogia Clínica Complementação (2008), Docência do Ensino Superior(2011). Atua como Professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade Aldete Maria Alves e também como Supervisora Escolar da E.M. José Lúcio de Sampaio do Município de União de Minas. Tem experiência como docente na área de Educação e supervisão escolar.

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