EDUCAÇÃO COMO DIMENSÃO HUMANA!

Por Leonildo Dutras de Oliveira | 08/02/2013 | Educação

EDUCAÇÃO COMO DIMENSÃO HUMANA! Basicamente, será objeto de investigação a filosofia da educação a partir da dimensão social, política, ética e existencial do homem, por meio do platonismo. Não podemos negar que somos seres sociáveis e que vivemos em comunidade, sejam estas comunidades abertas ou fechadas temos por obrigação nos relacionarmos uns com os outros. Constantemente, somos tomados pelo impulso da criatividade e nos moldamos a cultura, somos seres políticos e nos organizamos conforme os interesses do bem comum, não é verdade? Somos regidos por leis (direitos e deveres), somos um país, uma nação e fazemos parte da construção civil do Estado, somos democráticos, votamos e escolhemos nosso próprio estilo de vida, somos cidadãos. É por isso, afirmo com veemência que somos seres do comum, não podemos negar a existência de círculos a nossa volta, estes círculos são a dimensão da comunidade do qual fazemos parte desde que nascemos. Nesse mundo do qual fazemos parte, não podemos negar a educação enquanto provedora da evolução e revolução humana, no qual através dela não temos limites para realizarmos os nossos sonhos. Sem educação não somos nada. É através da educação que tomamos consciência de nossa própria existência. Vejamos o caso de uma nação desenvolvida e rica, ela só o será por completo se, seu foco principal for a formação humana através de uma educação de qualidade. Por mais que haja uma transformação social e econômica, a educação nunca deixará de está à frente dessa mudança. É por isso, que iremos resgatar o pensamento de um dos mais importantes pensadores da história da filosofia, neste primeiro momento quero, destacar o pensamento de Platão como ponto de equilíbrio entre o passado e o novo, mas, que este passado está sempre atual, aliás, ele nunca deixou de ser atual, porque possui conceitos filosóficos insuperáveis ao longo dos séculos. Este mesmo passado será responsável por julgar o presente e o construir o futuro, de fazer sempre o novo, mudando tudo e todos. O pensamento platônico é atual e amplo. Porque busca conhecer o objeto essencial de uma natureza humana que ainda está por se revelar, ele busca bem mais que a realidade das coisas. É através de um projeto educacional, que Platão idealiza a sociedade perfeita, ele cria uma ideia de mundo perfeito a partir de si mesmo, negando o erro e imperfeito. Somente a educação será capaz de transformar os homens em homens educados, instruídos que servirão de elementos para uma potencial mudança, porque o mundo em si é mudança (é Devir). Posso afirmar sem medo de errar que, se o homem não estiver preparado para a mudança, ficará terminantemente parado no tempo, ficará para traz, e com isso, também não será capaz de realizar as mudanças que a sociedade tanto almeja e precisa. A educação tem por proposta, transformar o homem em uma dialética, para que seja capaz de conhecer o bem, de fazer o bem. A educação é a prática do bem e saber o que é esse bem, significa elevar-se da categoria de homem-animal para homem-político, fazendo parte de um mundo. É através do ideal que a educação platônica não visa um fim em si mesmo, mas, visa criar elementos necessários para transformar os homens, para que saibam do tamanho de seu compromisso com a comunidade, preparado para viver em sociedade e exercer sua cidadania, para construir, criar e recriar o seu próprio mundo. O nosso mundo, ou seja, o mundo da modernidade precisa parar de fabricar seres fracos e desesperados, sofredores e solitários, seres que vivem presos as suas próprias angústias, seres que são incapazes de conviverem em um mundo de coletividades. Eu proponho uma educação dos sentimentos, de filosofia para a vida, onde prevaleça o todo em detrimento do “Eu”. Que seja uma educação de liberdades, mas, que delegue responsabilidades e deveres. Dê autonomia, mas, condicione sentimentos aos corações despedaçados e desiludidos com a vida, para que uns se preocupem com os outros, e principalmente com seus sentimentos. Politicamente, devemos educar nossos jovens para que sejam os políticos do amanhã, que não sejam nem melhor ou pior dos que aqui estão nos governando, mas, que façam diferentes e sejam éticos e íntegros. Devemos amar e respeitar as crianças, para que sejam homens que amam e respeitam os outros semelhantes. A educação tem de deixar de ser utilitarista. Estou convencido de que toda forma de conhecimento é válido para a promoção da vida, que a educação seja integral, para que forme além do intelecto humano, forme o corpo e o espírito através da harmonia com a natureza, música, artes plásticas e o exercício do corpo. ALGUNS ELEMENTOS DO CONTEXTO GREGO ANTIGO QUE INFLUENCIARAM NA FILOSOFIA DE PLATÃO Em algum lugar da Jônia (século VIII a.C.) vemos florescer no alvorecer Ocidental um esboço de manifestação de intelectualidade. Vemos que a partir de então, os gregos começam por nos expor as suas ideias e premissas antropológica de homem e verdade, que veio se tornar fonte e objeto de estudo de toda filosofia – foi a partir do homem animal (Zôon Logikón) e do homem político (Zôon Politikón), vemos que a concepção arcaica de homem cedeu lugar a visão racional do pensamento clássico, assim, o homem assumia definitivamente o destino enquanto problema (moira) filosófico. Outro fator pedagógico que podemos destacar é o surgimento da tragédia grega como forma de expressar a liberdade humana, levando entusiasmo aos poetas e atores de peças teatrais. A tragédia grega ganha força porque se alimenta do mito e ao mesmo tempo, será a tragédia a responsável por questionar a verdade produzida pelo mito, questionar a existência do próprio mito e por consequência, converter o pensamento indagador (o espanto) em verdade ou ceticismo, questionando a força da cultura mitológica. O homem passará a ser senhor de seu próprio destino, senhor de sua verdade e mentira, se enquadrando dentro de novos padrões de pensamento e juízo de valores, nasce com isso, a ética e a política. O destino passa a ser determinado pelo caráter moralista, fundamentado pela consciência e pelo dever (responsabilidade), assim, tudo depende das nossas próprias escolhas. É sob este prisma ou consequência moralista que surge Homero como o primeiro educador, porque consegue mediar o destino humano com a existência dos deuses, assim, a cultura grega é mais uma vez remodelada em função do rompimento do isolamento humano, por isso, Homero será chamado de “o educador por excelência”. Veremos que a poesia de Homero (Homero sistematiza uma educação clássica presente no homem grego arcaico por meio da epopeia) faz estampar para os gregos o seu ideal de posteridade, de austeridade, por ser uma preocupação constante com a formação ética e com o espírito do grego. Logo, esta ideia sofrerá grande rejeição por parte de Platão, por não comportar elementos filosóficos que denotem sempre para a organização e critérios de verdades concebidas. Mas, uma coisa nós não podemos negar, quando os deuses gregos faziam intervenções no mundo, segundo a visão homérica era uma forma de confrontar a ética humana, o homem e sua verdade, porque sempre colocava o homem em confronto com seu destino, seus medos e seus sentimentos. Podemos dizer que existia a valorização do mundo através das normas metafísicas e morais. Assim, a educação ganha uma forma social, que é transformar o homem em um ser superior a si mesmo. Outra forma de educar foi concebida pelos Espartanos, como uma forma de realizar uma educação social, porque o mito e a poesia faziam parte da vida humana. É nessa época, que nasce o ideal de uma formação de nobreza cavalheiresca, assim, surge à ética aristocrática, que buscava a virtude (aretê). Podemos associar a virtude (aretê) com a ideia de força, do herói que está preparado para defender a cidade. Os Espartanos foram os primeiros a macularem um ideal de educação baseados na excelência humana, a partir do século VII, porque a sua educação assumiu um caráter militar, voltando seu caráter pedagógico para a formação heroica de toda a cidade, assim, a moral e os ideais individuais serão subordinados aos anseios da coletividade política. Assim, o Estado passa a prover a educação, passando a se preocupar com a vida e com a morte dos seus cidadãos. HOMEM: A MEDIDA DE TODAS AS COISAS – SOFISTAS O modo Sofista de pensar filosoficamente concentra suas atenções em especial em um novo modo de pensar as dimensões antropológicas do homem e, suas devidas relações com a sociedade, este homem passaria a agir ou pensar de forma participativa com os interesses das cidades. O termo Sofista etimologicamente significa sábio, mas, seu sentido pejorativo é dado pelos fortes ataques de Platão, assim, nasce o sentido de impostor para os Sofistas. Os Sofistas faziam uso da retorica para defender uma argumentação, e isto atraia os olhares da juventude grega. Para um Sofista, “o mais importante não é o que se diz e sim a forma como se diz”. Desta maneira o homem toma como dimensão de verdade o seu próprio discurso moralista, e ele é a dimensão de todas as coisas, a verdade ganha uma certa relatividade categórica. O modo Sofista era muito mais pedagógico do que propriamente filosófico (ou doutrina). Era um grupo de viajantes que ensinavam arte da argumentação (defender uma ideia, como se fosse a única verdade existente) em troca de dinheiro, vendiam um ensinamento filosófico. Esta forma de pensar e saber ia de encontro com os que pensavam de maneira tradicional, que tinham suas doutrinas educacionais baseadas na música, na rítmica e na ginástica (Platão, Sócrates e Aristóteles pensavam assim). Os Sofistas se estabeleceram em um momento importante na Grécia, principalmente devido a crise que se instalou na sociedade política. Foi um momento único, cuja a linguagem passou a denotar poder, a fala se torna flexível e surge a dialética como força de uma verdade. Para os Sofistas, tudo era necessariamente mudança, e a moral passa a ser um produto restrito de cada cultura, a moral é relativizada. Dessa forma, nascem os mais ferrenhos opositores de Sócrates, eram bem mais que errantes, eram defensores do relativismo categórico, visto que cada homem era uma verdade, possuía a sua verdade, contando que tivesse argumentos satisfatórios para defender deus interesses. PLATÃO, O PURGANTE DO MUNDO MATERIAL Platão é o principal discípulo e interlocutor de Sócrates, ele herdou o gosto pelas leis morais, pelo homem e pela política. Platão teve uma vida religiosa muito intensa, apesar de não proferir nada sobre as religiões de seu tempo, mas, aborda questões importantes sobre a alma, a existência de outro mundo. Tem um gosto apurado pela matemática e as formas geométricas, acreditando na realidade imutável e no ser que é contingencial, numa finitude da coisa. Por questões ideológicas, passou a desacreditar na política de sua época, chegando a idealizar o governo ideal, o Rei-filósofo. Postula uma educação que visa a formação do dirigente político, com os mais autos valores a serem praticados em sociedade, assim, nasce a racionalidade filosófica como forma de se chegar a verdade. Foi mérito de Platão o surgimento da academia, enquanto a primeira Escola que tinha como foco principal a mais alta formação humana e intelectual. Uma escola que seu ensino alcançara caráter universal, conciliando saberes em todas as esferas do intelecto humano, seu método de ensino consiste na dialética do sujeito e na filosofia para a vida política em sociedade. Inaugurando a preocupação com a antropologia socrática, é neste sentido que Platão almeja a construção da polis justa através da educação do homem. A EDUCAÇÃO DO HOMEM – UMA QUESTÃO CRUCIAL Como afirma Evilázio Borges, a educação é um objeto de mutação social, político e econômico, e através dela o homem assume a condição de abertura para o novo, superando o mundo e a si mesmo, porque o homem e somente ele, é um ser de potenciais que serão superados gradativamente. E é com base neste principio, que a educação cumpre o seu papel, que é harmonizar o humano, dotar a sua vida de sentido e valor. Educar o homem é torná-lo humano, é o fazer ético do dia a dia. A educação é o mecanismo de criação, interação e recriação social, no qual o homem toma posse para conservar a si mesmo e se tornar educável, este movimento idealista só é possível porque o homem é um ser (animal) racional, é um ser político e pensante. Portanto, se perguntarmos o que é o homem? Ou o que torna o animal homem em um humano, demasiadamente humano? Podemos dizer que é somente a educação que tem a tarefa de realizar tal mudança. O homem é em si, uma cópia fiel de seu processo educacional. E é através de uma educação de qualidade que buscamos criar uma sociedade perfeita. Esta ideia está nitidamente no pensamento filosófico e educacional de Platão, cuja sua maior preocupação era postular uma educação em vista da formação do dirigente político, do homem ideal, de forma que este homem ideal transformasse os seus valores, culminando na sociedade ideal. Platão parte da ideai de uma paidéia, de um ideal de excelência humana, através da boa educação. E foi através desta forma de educar que o homem supera seus medos, superar o mito e instituiu o fim do próprio mito. No livro “A República”, Platão debate sobre a educação de seu tempo, no qual ele entende que a educação deveria conservar e garantir tanto a felicidade da polis quanto à do homem, através dos preceitos filosóficos. Talvez seja por isso, que ele entende que somente o filósofo tem a capacidade para governar a polis. Na Grécia clássica as explicações predominantemente religiosas são substituídas pelo uso da razão autônoma, da inteligência crítica e pela atuação da personalidade livre, capaz de estabelecer uma lei humana, não mais divina. Com este rompimento, se institui a razão pedagógica dominante e não estão mais os homens a mercê de deuses e monstros, a educação passa a se preocupar com o fim último das coisas, da sua moral, substituindo os antigos valores, como manual prático do cidadão do bem viver, viver por um ideal, uma causa e o seu maior expoente e exemplo é o filósofo Sócrates, chegando a influenciar todo o ocidente, principalmente de como deveria ser a sua educação, e como deveria funcionar a pedagogia em favor do sujeito. A palavra “paidagogos” significa literalmente aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola. Se aplicando com o passar do tempo designar toda teoria sobre a educação. A grande transformação por causa do pensamento platônico foi em favor do fim do individuo uno, passando a ser constituído como um corpo social, que faz parte de uma sociedade, esta preocupação só foi possível graças à produção e contribuição de pensadores como Platão, que asseguravam a formação do homem visando uma coletividade. Com o passar do tempo a sociedade se tornou democrática e com o seu predomínio o homem superou a sua coletividade em nome do individualismo, como no caso dos dias atuais, ocorrendo inverso do que fora proposto pelo pensamento grego. Platão foi buscar na educação espartana um ideal de construção social e política, graças ao seu descontentamento com a democracia e com a política podemos ver ressurgir uma nova ética que resgatasse o passado. Na concepção de Platão, a monarquia é o regime político ideal para conter com os exageros e criar medidas justas, impondo ordem e justiça (os filósofos ocupariam o poder). Segundo Teixeira seria criado um Estado ideal fundamentado e legitimado pela filosofia. Somente um filósofo teria recebido uma educação ideal para restabelecer o equilíbrio do Estado. Segundo Teixeira (1999, p. 26) “a preocupação é com uma educação harmônica que garanta a felicidade tanto a polis quanto ao indivíduo”. Idealizando o grau máximo da educação no Rei-filósofo. A educação na figura do filósofo, segundo a concepção platônica, visava testar as aptidões dos alunos para que apenas os mais inclinados ao conhecimento recebessem a formação completa para ser governantes. EM BUSCA DA FELICIDADE O que entendemos por felicidade, os gregos compreendem por eudaimonía, que significa eu (bom) + daímôn (espírito) = aquele que tem o espírito bom. Em determinados momentos de seu pensamento, Platão afirma que todo homem aspira a felicidade, mas, em que consiste a felicidade? Platão cria critérios para que os homens sejam felizes e para isso, ele (Platão) estabelece a virtude como parâmetro de vida feliz, criando o conceito de ética e moral das virtudes para justificar a vida justa. Devemos estar atrelados à ideia de um Estado soberano e que preserve a felicidade da sociedade política. Através de uma educação virtuosa seremos capazes de constituirmos um mundo justo e feliz. A partir do momento em que buscamos a sabedoria, passamos a negar as coisas efêmeras, as coisas dos prazeres da carne, da matéria imperfeita. Platão defende a ideia de que a felicidade é uma construção coletiva, a partir de uma convivência pacifica em sociedade e respeito ao próximo. Então, se o homem fizer o bem e ser justo, logo ele será feliz e por consequência virtuoso. “Educar o homem de modo que seja feliz”, esta é a prioridade de Platão, no qual o homem aprenda a controlar seus instintos para se tornar virtuoso. Portanto, a felicidade está na vida virtuosa, no exercício da razão, e a razão ajuda a elevar a vida plena, tornar o espírito humano que para Platão é sagrado, ajuda a transcender o mundo dos homens que é imperfeito e injusto. Mas, somente o filósofo será capaz de realizar o ato de elevar-se a justa medida das coisas, porque recebera um alto grau de educação, recebera uma educação virtuosa, e assim, terá o poder de compreender o inteligível, que recebera por meio da educação perfeito. EDUCAR É FORMAR O HOMEM VIRTUOSO Uma das preocupações centrais da pedagogia platônica é formar o homem virtuoso, mas, afinal o que é o homem virtuoso? O que é virtude? No entendimento de Platão a virtude é a coisa mais valiosa que existe, a virtude é a conduta humana que leva o homem à vida feliz. São os homens virtuosos que constroem as cidades felizes. Através de seu caráter o homem se torna o belo e, o belo é o mesmo que bom, possuindo o mesmo valor. O belo é um adjetivo que dar qualidades aos sujeitos, então, o belo diz respeito da ética e não mais da estética. No entendimento de Platão, a virtude pode ser ensinada, a partir de uma educação voltada para a formação do caráter. Através do conhecimento, e do saber sobre a virtude, o homem melhora o comportamento em sociedade. A virtude se tornará uma harmonia, no qual conservará e conciliará vários valores num mesmo homem, mas, adverte Platão, somente a justiça é que será a ordenadora primeira da vida em sociedade, no qual será também substância essencial para a formação integral do homem. Somente a justiça poderá levar o homem à plena saúde do espírito, ao mesmo tempo em que a injustiça será a doença do corpo social, será a morte em vida, e o que será justiça? A injustiça será a ausência de virtude, logo os homens injustos são aqueles cujo caráter educacional - pedagógico lhes foi negada ou falhou. Portanto, a virtude será a arte da vida ou do bem viver em sociedade, apesar de todas as dificuldades, e para viver bem em sociedade, os devem ser bem educados. A EDUCAÇÃO PODE LEVAR A JUSTIÇA Sem educação, não seriamos capazes de compreendermos o que seja a justiça e qual a sua função para a vida em sociedade. Entendemos que somente o conhecimento pode levar o homem a adquirir o senso de justiça. Somente a justiça pode levar os homens a condições de igualdade, mas, adverte Platão que aqueles homens virtuosos não podem ser tratados de forma igualitária com os que não são justos. Então podemos crer que quem recebeu uma educação de qualidade é superior aos que não receberam educação de qualidade, é por isso, que o filósofo é quem deveria governar as cidades. Platão trabalha a ideia de uma educação orgânica, voltada para o Estado, para a afirmação do Estado. O filósofo das ideias associa a justiça a uma educação de qualidade, portanto, a educação será de fundamental importância para a construção de um Estado perfeito.