E se colecionássemos momentos e não pingentes?

Por Nathalia Cabral Penteado | 25/01/2016 | Crescimento

A cada dia paro e penso: Por que nos tornamos tão consumistas? Qual a dificuldade em compartilharmos momentos com as pessoas que amamos? Qual a necessidade de gastarmos mais do que temos apenas para estarmos dentro dos “padrões”?

Pois é. Atualmente as pessoas estão cada vez mais preocupadas em adquirir artigos da moda, em se encaixar em um estereótipo moldado pela mídia, em utilizar roupas, sapatos e eletrônicos de marcas caras para mostrarem seu status.

Mas aqui vai uma verdade, meu amigo. Daqui a um tempo, tudo isso não valerá mais que alguns míseros reais. Sabe aquele casaco que você pagou R$500,00? Será lixo. Sabe aquela pulseira que você gastou R$2000,00 para preencher? Será lixo. Sabe aquele celular que você pagou R$3 500,00? Também será lixo.

Sabe, imaginem quantos momentos poderíamos ter vivido se não tivéssemos adquirido esses artigos de luxo com prazos de validade absurdamente curtos. Quantas idas ao cinema com aquela pessoa especial poderiam ter sido feitas. Quantos jantares com nossos familiares. Quantos Happy Hours com nossos amigos. Quantos momentos que, por vezes, demos como desculpa que o orçamento não estava fechando ao final do mês, poderiam ter sido feitos. Quantas viagens, nem que fossem aqueles simples “bate e volta” até o Guarujá em sábados de sol não poderíamos ter aproveitado.

Sim. Sei que é difícil sair dos padrões. Sei que muitos passam a me olhar diferente ao dizer que não ligo para essas coisas. Mas também sei que existe um propósito nisso tudo. Tenho certeza de que um dia serei lembrada não pela quantidade de roupas, nem de eletrônicos, nem de pingentes na pulseirinha. Tenho certeza de que um dia serei lembrada pelos momentos que estive presente, pelas risadas e choros compartilhados, pelas besteiras faladas e vividas, pela essência e não pela futilidade.

Ainda dá tempo de mudar a história, basta mudar de atitude. No começo pode parecer meio complicado, afinal, já é um vício. Mas conheço bem a sensação gostosa de um dia bem aproveitado e esta, meu caro, é absurdamente mais viciante. Como disse, quero ser lembrada pela pessoa que sou e não pelas coisas que possuo. E espero que você também!