Duas teorias de Aquisição de Linguagem: Inatismo e Interacionismo
Por Tauana Nunes Paixão | 05/04/2014 | EducaçãoResumo
Esse artigo pretende discutir o processo de aquisição de linguagem materna, percorrendo os caminhos do surgimento desse estudo e as bifurcações trazidas pelas teorias inatista e interacionista aos estudos da linguagem infantil. Para tanto, lançaremos mão, dentre outros, dos trabalhos desenvolvidos por Noam Chomsky, na perspectiva inata, e de Claudia de Lemos, na interacionista. Não é objetivo desse texto atribuir juízo de valor, apenas deseja-se conhecer as duas teorias, observando encontros, se houverem, e desencontros.
Abstract
This article discusses the process of language acquisition, pecorrendo the ways of the emergence of this study and the bifurcations brought by the innate and interactionist theories to the study of child language. For this release the final hand, among others, the work of Noam Chomsky, in view innate, and Claudia de Lemos, the interactionist. The objective of this work is not assigned a value judgment, only want to meet the two theories, observing encounters, if any, and disagreements.
Palavras-chave
Aquisição de Linguagem, Inatismo, Interacionismo.
Introdução
O objeto da linguística é a língua (Saussure, 2006). Nada mais legítimo do que a necessidade de se estudar como a adquirimos. Hoje essa noção é bem clara e aceita. Mas todo estudo tem um começo complicado e, porque não dizer, confuso.
Os estudos em aquisição de linguagem existem há muitos anos e teve suas primeiras impressões com os diaristas. Esses primeiros observadores da fala da criança tinham o papel de escrever manualmente aquilo que as crianças diziam, desde as primeiras palavras até a, agora conhecida, a aquisição do sistema. As anotações por eles feitas serviram para o surgimento de algumas linhas de estudo como a Psicolinguística em 1954, quando a área foi criada.
Em 1959 foi lançada a resenha crítica de Chomsky ao livro “Comportamento verbal” de Skinner. É nesse período que o estruturalismo americano começa a se desenvolver com Bloomfield que estuda as palavras como base para a formação de infinitas sentenças. Foi esse estudo que levou ao projeto de descrever as gramáticas da criança.
Nos anos setenta surgem as disciplinas de fronteira da Linguística. Nesse contexto a interação passa a ter um papel de destaque nas teorias de aquisição de linguagem. Nesse sentido, surge o estudos dos processos dialógicos, que veremos mais adiante, na teoria interacionista de aquisição de linguagem.
Um estudo que merece citação nessa pequena volta à história da aquisição de linguagem e que também é estudado é o cognitivismo. Jean Piaget e Vygotsky são um dos principais nomes dessa teoria e é a partir do cognitivismo que teorias como construtivismo e Interacionismo social se desenvolveram. De acordo com De Freitas (2007)
A visão cognitivista construtivista (Piaget) entende a aquisição da linguagem como dependente do desenvolvimento da inteligência da criança. Sob esse ponto de vista, a linguagem surge quando a criança desenvolve a função simbólica. É necessária a mediação do outro entre a criança e o mundo (Scarpa, 2003), porém a criança não espera passivamente o conhecimento, mas constrói tal conhecimento a partir das relações estabelecidas através dessa mediação.
A visão interacionista social (Vygotsky) considera os fatores sociais, comunicativos e culturais para a aquisição da linguagem, estudando as características da fala dos adultos. Segundo esse ponto de vista teórico, a interação social e a troca comunicativa são pré-requisitos básicos para a aquisição da linguagem. Nessa perspectiva, a linguagem é atividade constitutiva do conhecimento de mundo e a criança se constrói como sujeito (De Freitas, 2007).
Desse modo, percebe-se que no cognitivismo o aprendizado é dado por etapas, do mais fácil para o mais difícil. A linguagem propriamente dita, só viria acontecer depois do período sensório-motor (aos dezoito ou vinte e quatro meses) após a criança ter agido sobre a linguagem e ter desenvolvido sua capacidade cognitiva para adquirir a fala.
Já no empirismo, teoria desenvolvimentista de Piaget, o papel do outro é reduzido a um mero auxílio no desenvolvimento cognitivo da criança. Nessa teoria o sujeito tem a língua como mais um dos objetos disponíveis a ele e, assim, age sobre ela e mantém relações nas quais o outro é apenas um comunicador (Azenha, 2005).
Dito isso, passemos ao objetivo desse artigo: o inatismo e o interacionismo.
1. O Inatismo
A ideia de inato no homem não foi lançada por Chomsky. Na realidade, esse pensamento surgiu na mais remota antiguidade, antes de Cristo, com as religiões reencarnacionistas. Essas acreditavam em uma alma imortal, que por ter já vivido tantas vezes tudo aprendeu e encontra em si mesma o conhecimento ao relembrar de vidas passadas.
Após esse período muito se foi dito do que seria o inato. Alguns acreditavam que as ideias abstratas que servem de fundamento para entender as outras seria o inato. Chomsky optou por seguir o inatismo Cartesiano inaugurado por Descartes (Sell, 2002).
Descartes traz a noção de inato baseado em três grupos: ideias adventícias, ideias factícias e ideias inatas. Koyré (Apud Sell, 2002, p.12-13) diz que
As ideias inatas são simples, elas não podem ser divididas e decompostas por uma análise do nosso entendimento, elas são independentes da nossa vontade, que não pode mudá-las ou alterá-las, o que as distingue completamente de todas as ideias factícias; elas não nos vem de fora, como as ideias adventícias; é no nosso próprio entendimento que nós as encontramos, ela lhe aprecem como um fundo inalterável e inalienável ( Koyré, 1922, p.210).
Para Descartes inato seria, então, a predisposição de compreender aquilo que é eterno e que não constituem o entendimento, mas, mesmo assim, somos capazes de compreendê-los de maneira imediata (Sell, 2002).
A discussão a respeito do inatismo não parou por aí. Ela ressurge com Chomsky, que propõe investigar a origem da capacidade cognitiva humana. Para tanto investiga uma dessas capacidades cognitivas: a linguagem. Assim, segundo Sell (2002),
O inatismo ressurge, então, não a partir de uma discussão filosófica, mas a partir da necessidade de se formular hipóteses empíricas frutíferas para a investigação científica dos mecanismos de uso da linguagem e de sua aquisição. A questão é deslocada para a elaboração de uma teoria da aprendizagem (Sell, 2002, p.23).
Noam Chomsky é sem dúvida um dos maiores estudiosos em aquisição de linguagem, afinal ele foi um dos precursores nessa área. De Lemos (1999) atesta que
A aquisição de linguagem, enquanto campo sistemático de pesquisa, nasce da adesão de um grupo de psicólogos americanos à teoria de Noam Chomsky (1965), teoria esta que lhe permite formular o que chamou de problema lógico da aquisição de linguagem. A saber, que as propriedades das línguas são tais que sua aquisição não pode ser explicada por teorias de aprendizagem baseadas na percepção e na generalização indutiva (De Lemos, 1999).
O modelo Chomskyano de aquisição de linguagem toma os seres humanos como os únicos dotados de uma faculdade da linguagem. Faculdade esta que nos permite falar, diferenciando-nos dos animais que não possuem essa característica. Esse aspecto nos seria dado através de nossa biologia, ou seja, nos genes dos humanos há algum componente que nos permite desenvolver a fala. Segundo Chomsky (apud Costa Azenha, 2005, p.252)
o cérebro tem um componente – vamos chamá-lo faculdade da linguagem – que é específico para a linguagem e o seu uso. Para cada
indivíduo, a faculdade da linguagem tem um estado inicial determinado pela dotação biológica. [...] Estes estados são tão similares (...através das espécies...) que podemos com razão abstrair do estado inicial da faculdade da linguagem uma propriedade comum ao homem.
No inatismo o papel do outro é praticamente nulo, pois o que se defende é o fato do indivíduo possuir uma habilidade inata para a linguagem. Ele já seria programado biologicamente para fazer uso da língua. Sendo assim, não necessitaria do outro, pois em seu interior ele já tem tudo aquilo que precisa para se desenvolver nesse campo (Azenha, 2005).
A linguagem na visão inatista é tida como um objeto natural, específica da espécie. Uma dotação genética representada no cérebro, resultante do desencadeamento de um dispositivo, inscrito na mente do sujeito falante. Desse modo o homem possuiria uma Gramática Universal (GU), responsável por oferecer os princípios universais pertencentes à faculdade da linguagem. Essa gramática nos possibilitaria fazer uma série de marcações (positivo ou negativo) a respeito da língua materna. Esses seriam os parâmetros que estabeleceríamos para determinar o que funciona ou não em uma determinada língua. De acordo Lopes (2003)
é lícito afirmar que a faculdade da linguagem passa por mudanças de estado em função de sua interação com o meio ambiente, que proverá as informações necessárias para o acionamento de determinados parâmetros de forma a atingir um estado L, uma dada língua (Lopes, p.101, 2003).
No inatismo o foco de estudo da linguagem está na língua I, que é interna ao sujeito. Ainda segundo Lopes (2003) “os objetivos que o modelo se propõe alcançar envolvem as descrições das línguas (Ss) – ou estados da faculdade da linguagem-,e o estado universal inicial (S0). As gramáticas particulares seriam teorias sobre Ss e a GU, uma teoria sobre S0” (p,252).
Em seu estudo Chomsky toma a sintaxe como sendo o componente gerativo da língua, já que é a partir dela que se torna possível construir um conjunto infinito de enunciados. Enunciados aos quais a criança vai ser exposta e por meio dessa exposição é que irá adquirir a fala. Assim sendo, “a referência a um infinito de enunciados possíveis é, para Chomsky, uma implicação de sua concepção da sintaxe como gerativa, isto é propriedades recursivas que respondem pela especificidade (...) de suas estruturas” (De Lemos, 1999).
Passemos agora a discutir acerca das características da teoria interacionista, a fim de perceber as divergências encontradas entre ela e o inatismo.
2. O Interacionismo
O termo interacionismo é plural. Como vimos no início do artigo, a teoria cognitivista possui uma área de estudo interacionista social, mas o que falaremos agora não se trata do mesmo. O interacionismo aqui tratado é estruturalista e visa verificar como se relaciona a fala do adulto com a criança e o efeito do primeiro no corpo do infans. Faz-se interessante diferenciar, então, essas áreas de mesmo nome, mas de pensamentos diferentes. Segundo Castro e Figueira (2006)
O termo interacionismo foi cunhado por Jean Piaget, como uma proposta alternativa, um programa de pesquisa entre o inatismo e o emprismo na ampla discussão sobre o conhecimento humano, nele incluindo a linguagem. Se para o empirismo a linguagem é resultado de um processo de aprendizagem indutivo, e se para o inatismo (...) o conhecimento da linguagem é em parte inato e a aquisição é um processo lógico e dedutivo, para Piaget a língua é um entre todos os objetos de conhecimento, a que a criança acede graças às estruturas cognitivas, estas últimas construídas ao longo do desenvolvimento (Castro e Figueira, 2006, p.82).
Quando questões referentes à relação da fala do adulto com a fala da criança foram expostas o modelo piagetiano foi ultrapassado. Os trabalhos de Cláudia de Lemos, em 1981, propõe que os diálogos entre adulto e criança sejam analisados, a fim de se perceber o que há entre eles. Nesse momento se instaura a noção de processos dialógicos, nos quais é possível verificar fragmentos da fala do adulto na fala da criança, o que seria uma incorporação. Esse processo foi denominado como especularidade.
A teoria interacionista estruturalista de aquisição de linguagem confere ao outro um papel de destaque na aquisição da linguagem. É o adulto (pai, mãe) que significa os gestos e balbucios da criança, conferindo-lhes status de linguagem. Nessa teoria a criança é capturada pela linguagem que possui ordem própria e que tem significado no uso coletivo (Saussure). Ela é capturada e mantém relações com essa língua passando por estágios (não lineares, pois podem estar em mais de um estágio ao mesmo tempo), sempre baseada ou guiada pelo representante da linguagem, o outro (Azenha, 2005).
Claudia de Lemos, precursora nessa teoria de aquisição de linguagem, afirma que a criança é capturada pelo funcionamento da linguagem por meio da interação de sua fala com a do adulto. Desse modo, o que predomina na fala são as marcas da fala do adulto que ela tem contato: “(...) é através da linguagem enquanto ação sobre o outro (...) e enquanto ação sobre o mundo (...) que a criança constrói a linguagem enquanto objeto sobre o qual vai poder operar” (DE LEMOS,1982).
Na perspectiva interacionista, a criança é vista como um sujeito sem intenção e sem sentidos e que é interpretado pelo adulto e está sobre o efeito da linguagem do outro. Essa interpretação é que permite que a fala da criança tenha significação.
Diferente da teoria inata que toma o corpo como inconsciente, nas palavras de Lopes (2003),
Não certamente o da pulsão; eventualmente inconsciente, porém apenas aquele que escapa à prontidão, aos estados de sensação, não aquele que instaura uma dimensão psíquica, que registra processos de simbolização, que se estrutura em significantes; em suma não o lugar do singular, daquele que se faz/se descobre em um/Outro, mas como um não-lugar para o singular (Lopes, 2002, p.100).
A teoria interacionista trata do corpo como pulsional, vivo, ou seja, se há um corpus no inatismo, aqui a um corpo. Nessa visão não se trata da criança, mas de uma criança que não segue um padrão de aprendizagem, uma criança como corpo que fala (De lemos 2003).
Ao analisar a fala de uma criança encontraremos fragmentos da fala do outro em seu discurso, mas não há imitação, o que ocorre é uma reestruturação da fala do adulto na fala da criança. Prova disso é o fato de palavras e expressões ditas pelo adulto serem utilizadas pela criança em situações diferentes das que o adulto empregou. Claudia de Lemos (1995) afirma que o
estatuto semântico formal é o de um fragmento que convoca outros fragmentos de uma mesma cadeia que ainda não faz texto, mas onde a criança se reconhece por ela significada. (...) É a história da relação da criança com os textos em que sua fala, gesto, movimento e presença foram interpretados que está aí inscrita e que lhe dá singularidade (DE Lemos, 1995, p.26).
É por esse motivo que o diálogo foi eleito por De lemos como unidade de análise. É importante ressaltar, que para alguns filósofos como Heidegger, o diálogo é também um instrumento de interação responsável pela formação subjetiva do homem (Auroux, 1996). Para Heidegger a linguagem é fundamentalmente encontro, e que outro lugar seria melhor para ele se dá que o diálogo? Dessa forma, é na discursividade que está a base da língua.
O processo de aquisição compreende a relação da criança com a linguagem. As mudanças que ocorrem nesse processo são dessa ordem. A criança se relaciona diferente com a linguagem à medida que ela se posiciona de maneiras diferentes.
A primeira posição é o outro. Há uma predominância do processo metonímico (presença de outros textos). Nele, a criança está alienada à fala do outro. Quando a criança começa a falar “por si só” há predominância do pólo da língua e passa a “errar”, ocorre o processo metafórico, no qual as cadeias latentes se cruzam com as cadeias manifestas que se deslocam de outros textos (De Lemos ?). Assim,
não é na fala imediatamente precedente da mãe, mas no âmbito do próprio enunciado da criança que está a cadeia que oferece sustentação para o movimento dos significantes, deslocando-se, aproximando-se, ressignificando-se (DE Lemos, ?, p.7).
Desse modo, o que percebemos é que é na interação que a criança passa a falar. Ela não possui nenhum conhecimento prévio ou estruturas cognitivas biologicamente determinadas para adquirir a linguagem. É somente pelo contato interativo com a linguagem do outro que a criança vem a falar.
Conclusões
A aquisição de linguagem nos parece, por vezes, algo mágico de tão complexo que é o processo. Esse é um campo da linguística que encanta e que pede por teorias que o expliquem.
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¹ Sobre isso ver “A filosofia da Linguagem, capítulo sete “Linguagem e Subjetividade”, pág.253.
Nesse trabalho apresentamos, mais detidamente, de forma breve, duas teorias: a inatista (gerativa) e a interacionista (estruturalista). Apesar de fazerem parte de uma mesma área de estudos elas veem não só a aquisição de linguagem de maneira diferente, mas também veem a criança de uma forma diferente. Enquanto uma defende que a linguagem é inata a todo ser humano, a outra defende que a linguagem nos é apresentada pelo outro. Enquanto uma diz que nós somos capazes de falar por sermos programados biologicamente a outra diz que só falamos pelo intermédio do outro. Enfim, o que percebemos é que são muitas as divergências, mas ambas se encontram no interesse de desvendar a aquisição de linguagem materna. Cabe a nós, através de leituras e estudos, descobrir aquela que mais nos toca, sem desvalorizar nenhuma delas. Nas palavras de Britto, 2004:
nenhuma teoria é melhor que a outra. O que importa em uma pesquisa é a adequação de uma ou mais teorias afins que sejam capazes de englobar as variáveis de um objeto de pesquisa, permitindo que o pesquisador consiga chegar aos seus objetivos, testando sua hipótese e construindo o conhecimento.
Referências Bibliográficas
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