Duas formas de sentir

Por Éven Porto | 23/04/2010 | Filosofia

Duas formas de sentir

 

Os toques fungíveis reais, que são passados de outros para nós, como manifestação de sentimentos de qualquer espécie, dos atos como o beijo e o golpe do tiro... Sentir o peso da consciência que interfere o corpo sem fazê-lo sangrar de fato, tornando-o modelado por dentro quando afeta a razão, nos compila a sensações que o silencio e o grito se contrapõe... Das vontades individuais, de expressar quase sem se permitir de fato realizar, do comportamento... No silencio de bons dias que não transparecem vinculo, quem de fato se torna inatingível, que morre, só por morrer em conta gotas, quem cria barreiras por sentir em excessos aquilo que atinge mais a alma que a própria carne, que afeta o espírito e provoca mais dor que o golpe injusto do corajoso que acerta e arranca a vida de outro...  Aquilo que faz despedir o corpo, carregado de obrigações que sufocam, só por de fato existir... É justo quando nada mais  é relevante, quando o ar sufoca  e os olhos já não enxergam verdade... Quando se enganar se torna regra, e a verdade uma conseqüência, quando o engano é mais belo que a razão, e a mentira uma porta de saída para se salvar, quando se iludir é a forma mais perto de atingir o corpo e a fazer a mente sonhar.  Quando o que basta é distancia pára provar que existe mesmo, só de mentira na cabeça de quem vive da expectativa que ensina, e o fracasso que talvez liberte... Sobre o tudo ou nada, entre e saia , feche as portas e chore, tens corpo assim como possuis alma, tem sentimento, que deles tenta se anular, anular a própria natureza por existir, rogando para não sentir para de fato não existir, e não pensar, e sem isso que sentido faria o texto, quem dele lê e não sente.