Doze poucos dias

Por Barbosa Moraes | 30/04/2010 | Poesias

30/04/2010 03h12min.

 

Doze poucos dias.

 

 

Nestes últimos poucos 12 dias o meu mundo virou de pernas para o ar, o que me dava esperança e iluminava minha vida desapareceu como em um passe de mágica.

Foi como perder para a morte quem mais amamos.

Mas não houve morte...

Ela continua viva, respirando, andando, falando, vivendo.

Ela que morreu continua viva, mais morta do que sempre.

Através dela morreram verdades que talvez nunca tenham passado de enganos.

Em 12 dias morreram 28 anos.

E na voz dela nasceu a verdade abominável.

A verdade do presente onde o passado não tem vez, onde o passado é somente passado.

Sem valor...

Onde não há futuro.

Onde eu sou o passado e nada mais.