Dor Eterna
Por Nara Junqueira | 24/06/2008 | PoesiasQuisera dizer simplesmente que esqueci a tua traição.
Quisera apagar da mente o mal que dia-a-dia me consome.
Quisera ser maior que essa dor eterna que retorce meus ossos e minha alma.
Quisera poder abraçar-te tão-somente como um velho amigo de farras e tragos.
Mas desde a manhã até que o sol se põe no horizonte tenho um só pensamento.
E quando a noite desce e a casa silencia percorro nossos tantos momentos
E me pego a indagar em que instante rompeste a nossa aliança.
E como por encanto ouso sonhos de um futuro que desenhei ao teu lado.
Dói em mim a tua traição pelos muitos dias ao pé da tua cama.
Dói em mim o teu sorriso enganador que era o meu guia.
Dói em mim a tua mão que ceifou os meus melhores projetos de bem-viver a vida.
Dói em mim a música que não pude ouvir para não ferir teus ouvidos.
Mas desde a primeira luz do dia é teu rosto que eu vejo retratado no espelho.
E assim te vendo através de mim todos os dias mais te quero distante e esquecido.
E busco em mim o remédio que me proteja desse amor desleal que me acorrenta.
Quero esquecer-te para ser livre afinal, mas dói em mim a tua traição.