Dois incômodos
Por Maria Estela Ximenes | 14/12/2011 | CrônicasDOIS INCÔMODOS
Nas ruas movimentadas da cidade, muitas pessoas caminhavam desatentas, o olhar minucioso despercebido diante das preocupações do cotidiano; olhando atentamente, veriam situações bizarras e comportamentos cruéis.
Em meio ao cenário, havia um gato instalado preguiçosamente no local, não era filhote, mas jovem, malhado.
O gato chamava atenção porque estava acorrentado, impossibilitado de se movimerntar; a corrente, simbolo de opressão justifica um ato de crueldade. Se aprisionar um ser vivo provoca asco, imagine prendê-lo em um estabelecimento comercial?
Estava deitado em um freezer destinado à venda de sorvete e gelado, conforme o cliente escolhia o produto, o gato saltava no chão.
Observa-se alguém escravizando um animal, desrespeitando as normas de higiene. O que esperar de um carrasco na pele de um comerciante?