DOENÇA CELÍACA
Por Izaara Alvarenga | 18/01/2010 | SaúdeDOENÇA CELÍACA
A doença celíaca é considerada uma condição crônica que afeta o intestino delgado, também é conhecida como espru não tropical e enteropatia sensível ao glúten.
É uma intolerância permanente ao glúten, que por sua vez é uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte. Nos indivíduos afetados, o dano conseqüente das vilosidades da mucosa intestinal resulta em má absorção potencial ou real de todos os nutrientes.
A doença celíaca é considerada uma desordem autoimune, na qual o organismo ataca a si mesmo. Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta, Os cereais que contêm glúten têm gliadina - uma fração protéica - que é a responsável pelo dano na mucosa intestinal. As causas, entre outras em estudo, poderiam ser: predisposição genética, falta de enzima digestiva e formação de anticorpos.
Os sintomas, em especial os intestinais podem incluir diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência e consequentemente irritabilidade, dentre outros.
Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento e da puberdade, anemia por carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, sendo que a doença celíaca pode também não apresentar nenhum sintoma. É interessante a observação de que sintomas da infância podem desaparecer na adolescência, para reaparecer na maturidade ou mesmo na velhice.
Quanto ao diagnóstico, pode-se dizer que quando a história clínica é rica, a hipótese de Doença Celíaca surge naturalmente, permitindo, em certos ambientes, testar o diagnóstico usando, por três meses, uma dieta isenta de glúten, se os sintomas melhorarem com a suspensão e piorarem com a re-introdução do glúten na alimentação, tem-se uma confirmação diagnóstica. Exames de sangue, urina, fezes e de imagem, poderão ser necessários.
A dieta deve ser isenta de glúten, através da exclusão da aveia, cevada, trigo e centeio. Deve-se atentar para prováveis deficiências de minerais, vitaminas e fibras, por isso a necessidade de suplementações por meio de acompanhamento nutricional.
Preferir:
Biscoitos a base de: tapioca, fécula de batata, polvilho doce e azedo, milho e maisena;
Frutas à vontade; Arroz branco e integral; Farinha de mandioca; Iogurte, queijo, coalhada; Ovos e peixes; Gelatina, geléias e doces de frutas; Azeite, óleo de canola, milho ou girassol; Soja e derivados; Sucos de frutas e chás claros;
Evitar:
Produtos que contenham em sua composição: aveia, centeio, cevada e trigo (Neston, Farinha láctea, Ovomaltine, aveia em flocos, pão francês e de forma, macarrão, bolos e biscoitos industrializados);
Sacarose ou doces concentrados em excesso; Leite de vaca ou cabra;
Chocolate em barra e em pó; molhos e cerveja.
Torna-se essencial ler com atenção os rótulos dos alimentos para verificar a presença de glúten ou trigo, aveia, cevada e/ou centeio.
Desejo uma semana cheia de saúde!!! Cuide-se e seja feliz!!!
Izaara Alvarenga
Nutricionista