DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: FORMAÇÃO CONTINUADA, SABERES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Por Fernanda de Souza Tavares | 18/12/2017 | Educação

A educação superior no Brasil tem como um de seus princípios promover o desenvolvimento cultural, econômico e social do país com a formação de cidadãos participativos e profissionais capacitados para atuarem no mercado de trabalho, produzir ciência e tecnologia a fim de garantir a inovação, o potencial crescimento e sustentabilidade do país e estabelecer uma relação entre instituições de ensino superior e sociedade. Para tanto, a educação superior apoia-se no tripé, ensino, pesquisa e extensão, que garante a criação de ambientes de aprendizagem e a prática docente, a produção e compartilhamento de conhecimentos científicos e tecnológicos e o liame entre universidade e sociedade, através da difusão de saberes científicos, filosóficos, sociais e culturais.

As mais diferentes áreas de conhecimento e os mais diversos serviços de que a sociedade brasileira necessita, dependem da formação profissional e intelectual oferecida pelas instituições de ensino superior. Esses cursos do ensino superior vêm cada vez mais, concentrando-se e fechando-se na formação específica de seus profissionais.

O presente artigo aborda a Docência Universitária e a Formação Continuada, torna-se imperativo dizer que, os saberes causados e disseminados no âmbito das universidades não dão mais conta de compromissos perante a sociedade, desta forma, também não atendendo a necessidade formativa dos sujeitos, pois há uma mudança acelerada no cenário brasileiro e mundial, devendo este docente preparar o acadêmico para o mercado de trabalho, pois o mundo muda a cada minuto em diferentes contextos, internos e externos ao espaço acadêmico.

A profissão docente e todos os mecanismos que a envolvem tem revelado, ao longo do tempo, visível complexidade em função da vertiginosa e célere transformação dos contextos social, econômico e político, ocasionada pelas contínuas mudanças científicas e tecnológicas, requerendo do professor mais intensidade nas demandas relativas a seu crescimento pessoal e formativo, ou seja, nos aspectos intelectual, moral, crítico, político e profissional. Por essa razão, tem se ampliado e ressignificado as exigências em torno das necessidades formativas dos professores no que diz respeito, por exemplo, aos saberes docentes, às práticas pedagógicas, às competências profissionais. Diante deste entendimento, a formação de professores, os saberes docentes e as práticas pedagógicas adotadas na universidade, nas últimas décadas, vêm sendo considerados como objetos importantes de pesquisa, por parte de professores e pesquisadores universitários, preocupados com a melhoria da qualidade de ensino nos cursos superiores e sua conseqüente correlação com o desenvolvimento sociocultural da comunidade em geral.

Assim, o docente universitário que era o componente efetivo no processo tem de adotar uma nova postura, onde as suas habilidades técnicas e os conhecimentos na área profissional, que por si só, já não basta para produzir um pensar crítico e uma educação formativa nesse novo perfil de acadêmico.

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