Doce veneno

O teu destino

é destilar em mim, veneno

com tua mágoa e teu rancor.

A minha sina

é inebriar-me com teu cheiro

e absorver só teu amor.

O meu destino

é aquecer-me com teu corpo

é sentir o teu calor.

Tu me embriagas, me entorpe

com teu fogo, com teus beijos

que bem sei, nem são de amor.

Vou entregar-me, vou render-me

ao teu veneno

e teu suor vou condensar

todo em vapor.

 Vais me querer

vais destilar em mim, veneno

só que em meus braços morrerás

e gemerás, mas não de dor.

E saberás que bem pior

que o teu veneno

é aquele que eu te dou.