Doce Novembro

                    Monólogo Doce Novembro

Onde estão as flores, o chocolate e o vinho tinto? Lembro-me com uma certa nostalgia do fogo que queimava na lareira e da musica que emanava do radio, cujo titulo era: Let´s get it on, das poesias tão minhas, que eram, também tuas, e do Novembro. Puxa vida! Como tenho saudades dos nossos Novembros, porque os dias eram apenas nossos. Tu eras tão somente meu... Enquanto me abrigava em teus delicados braços , Tu dizias: “Nós poderíamos fugir, ficar aqui para sempre , o amor costuma me deixar mais tonto do que todo este álcool, e eu gosto da maneira como me deixas embriagado" .Tu tinhas aquele sorriso que me faz derreter mais que a quentura do fogo. Será que ainda o tens ? Quando foi que decidimos quebrar uma taça? Deixa-me cá ver... Ah! Foi quando foste embora levando o meu coração na mão , deixando o gosto do teu beijo na minha boca, o gosto do adeus, não é? Novembro chegou depressa outra vez, por mais que tenha rezado para que os dias não passassem , eu nunca desejei estar aqui sozinho. Porque ninguém vai me buscar depois das aulas de dança e me furtar para a praia a tardinha, a fim de deleitar-se do morrer do sol. Ninguém me vai chamar de “meu doce veneno” e sussurrar no ouvido palavras lindas e excitantes. Novembro veio outra vez. Sei que estas distante , como eu gostaria de ligar e dizer ... que te amo mesmo quando não é Novembro. Tu deves adorar o frio em New York, não é? e certamente de como as pessoas parecem mais bonitas. Eu te imagino caminhando por aquelas ruas. Confesso-te que queria estar aí. Só para tornar Novembro melhor. Cheia de cartões postais e saudade infinita .