Do imperialismo à guerra
Por NERI P. CARNEIRO | 15/05/2018 | HistóriaDo imperialismo à guerra
O imperialismo europeu (final do sec XIX e início do sec XX), além de redesenhar a Europa, produziu áreas de influência e dominação ao redor do mundo. Assim, além da dimensão econômica, os valores culturais europeus passaram a se sobrepor aos valores e culturas dos povos dominados.
Ao mesmo tempo que as nações imperialistas desenvolveram-se internamente por meio do avanço de suas industrias, o capitalismo tornou-se mais agressivo na busca por novos mercados consumidores e fontes de oferta de matéria prima. Essas regiões dominadas tornaram-se suas áreas de influência.
A busca por novos mercados consumidores, não só ampliou a voracidade do capitalismo como também ampliou a rivalidade entre as nações europeias: passaram disputar os mesmos mercados e fornecedores, pois todos dependiam da expansão dos negócios e ampliação do fornecimento de matéria-prima. A industria crescente não tinha como crescer sem isso!
Uma primeira tentativa de resolver pacificamente essas divergências foi a conferência de Berlim. Entretanto as decisões da conferência, se por um lado amenizou atritos iniciais, por outro lado produziu descontentamentos e reacendeu rivalidades principalmente por parte da Alemanha, nação que se industrializara e chegara mais tarde ao processo imperialista. E que se viu alijada nessa conferência.
Dessa forma, podemos dizer, que o quadro iniciador da primeira guerra mundial foi o desenvolvimento das nações europeias; o avanço capitalista, representado pelo domínio imperialista; o processo de industrialização que cobrava mercados e fornecedores. Além disso, os acordos da conferência de Berlim não satisfizeram a todos.
A insatisfação foi o prato cheio para a ampliação não só as rivalidades, mas principalmente da vontade de recuperar vantagens perdidas. Estava sendo desenhado o panorama para uma guerra... realizada em duas edições...
Neri de Paula Carneiro
Mestre em Educação, filósofo, teólogo, historiador
Rolim de Moura - RO