DIVERSIDADE CULTURAL

Por elineize soares de oliveira | 02/01/2011 | Adm




DIVERSIDADES CULTURAIS

As diferenças são essenciais na contrução de políticas de significados , desde que esses significados desenvolvam ferramentas estratégicas e produzam identidade.
Fazem parte dos estudos culturais a tentativa de entender os processos formadores da sociedade e da cultura.
O conceito formulado por Taylor(1958), que parte do do pressuposto de que a cultura representa um conjunto de aspectos que incluem conhecimento, crenças ,artes, normas, valores, costumes e demais hábitos e costumes e demais hábitos e capacidades adquiridas pelos seres humanas nas relações estabelecidas como seres sociais. Toda a complexidade que o ser humano constrói e reconstói permanentemente é repetida em todas as dimensões da vida.
Para operar e circular no campo cultural, o ser humano produz uma linguagem simbólica que lhe permite a interatividade, pois a cultura corresponde a dimensão de todo processo de evolução humana.
Pelo lado econômico, a promoção da diversidade apresenta-se como uma vantagem competitiva, como uma estratégia empresarial para garantir a permanência e competitividade da empresa no mercado. Além dos benefícios do ponto de vista ético, programas de diversidade trazem uma série de benefícios econômicos: desempenho financeiro fortalecido; rotatividade de mão-de-obra reduzida; maior produtividade; aumento de satisfação dos empregos nas atividades profissionais; menor vulnerabilidade das empresas face às leis trabalhistas; valorização da imagem empresarial junto aos consumidores e opinião pública em geral; reconhecimento adequado do desempenho e do potencial dos trabalhadores (Bellan, 2002:17).12 Adaptação ao mercado e inovação/criatividade são as justificativas econômicas mais relevantes à promoção de diversidade.
Uma equipe diversificada permite que a empresa aumente seu mercado consumidor. Por ter dentro da empresa pessoas diferentes que entendem os gostos e preferências dos vários grupos na sociedade, a empresa pode melhor atender as demandas do mercado. Consumidores conscientes, independentemente do grupo ao qual pertencem na sociedade, compram produtos e serviços das empresas que projetam uma imagem de diversidade.
A promoção da diversidade e a aquisição de competências cross-culturais são fundamentais para o relacionamento da empresa não somente com os consumidores, mas também com todas as partes interessadas, da comunidade local até os governos estrangeiros nos países onde a empresa tem negócios. A vantagem competitiva de uma empresa será determinada em grande medida pela qualidade da relação que ela mantém com as pessoas, interna e externamente. E essa qualidade está diretamente relacionada ao problema da inclusão ou exclusão de diferentes grupos sociais.
A mistura de pessoas, de experiências e de idéias estimula a criatividade e permite que a empresa encontre soluções inovadoras para os desafios colocados pelo mercado e pela concorrência.
Um grupo homogêneo terá mais dificuldade de vender para um mercado multicultural, global e cada vez mais segmentado que um grupo diverso.
Nelson Savioli, o diretor de Recursos Humanos da empresa Unilever, aponta que "uma equipe formada só por homens, jovens, brancos freqüentadores das mesmas universidades, nas mesmas cidades, pode fazer um bom produto, mas uma equipe múltipla fará um produto excelente e, provavelmente, com menor custo e fará isso porque carrega muito mais informação" (ibidem:156).
Bulgarelli observa que "Equipes marcadas pela diversidade são mais criativas, produtivas, inovadores, atraentes para talentos que chegam e ficam em nossas empresas, trazendo novas perspectivas para o conjunto e formando um 'mix' que traduz a contribuição de cada um, gerando uma sinergia que transcende essas contribuições (Bulgarelli, janeiro 2002:1).
A promoção da diversidade também aumenta a qualidade do ambiente de trabalho e o relacionamento entre funcionários, que têm implicações importantes para a produtividade da empresa. Quando todos se sentem confortáveis na empresa e sentem que a empresa se preocupa com eles, isso aumenta a lealdade, o entusiasmo, a motivação; os funcionários dão o máximo de si, a produtividade fica melhor, e as taxas de rotatividade e de absenteísmo ficam muito menores.
Há uma ciência de gestão de diversidade que precisa ser estudada pelas empresas que assumem um compromisso com a promoção da diversidade para que seu impacto seja positivo.
Segundo Maria Tereza Leme Fleury, da Faculdade de Economia e Administração da USP, o objetivo principal da gestão da diversidade racial é administrar as relações de trabalho, as práticas de emprego e a composição interna da força de trabalho a fim de atrair e reter os melhores talentos dentre os chamados grupos de minoria e adicionar valor à companhia (ibidem:21, 24).
Logo, podemos afirmar que a diversidade deve ser vista como um ponto positivo dentro das organizações, pois diante da riqueza de informações que os grupos heterogêneos possuem e trocam ente si, leva-nos a acreditar que a criatividade e a produtividade tendem a aumentar por atender todas as fatias do mercado.
Podemos também afirmar que numa sociedade globalizada, é quase impossível não valorizar a pluralidade de raças, etnias e religiões, pois não existem mais barreiras e por isso precisamos de gestores antenados e habilidosos, para lidar com um grupo tão miscigenado.











BIBLIOGRAFIA
Myers, Aaron. O valor da diversidade racial nas empresas. En publicacion: Estudos Afro-Asiáticos, vol 25 no. 3. CEAA, Centro de Estudos Afro-Asiaticos, CAM, Universidade Candido Mendes, Rio de Janeiro, Brasil: Brasil. 2003