DIVERSAS MODALIDADES DE APRENDIZAGEM: ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por Marcela Crepaldi de Oliveira | 16/12/2016 | Educação

INTRODUÇÃO 

O presente artigo intitulado, Diversas Modalidades de Aprendizagem: alfabetização e letramento, tem por meta comprovar que a educação tem umprocedimentoextenso e complexo que envolvemúltiplos sujeitos em diversas modalidades de aprendizagem, que caracteriza e personaliza acapacidade de aprender. Deste modo, a aprendizagem abarca variadas características, ficandoindispensável uma assimilação prazerosa.

O aprender abrange distintos aspectos, capacidades e habilidades múltiplas. Ealém disso, umaação pessoal, de modo  que cada sujeitoinstruir-se e careceprocurar seu auto aprimoramento, significandoainda, um processo gradativo e ascendente, uma vez que em nossocaminho vamos acionando novas experiências e novos saberes.

Na alfabetização, o foco muita das vezes esta em apenas em ler e escrever, como se fosse um modo mecânico por apenas saber, por sersimplesmente alfabetizado dirigindo para um identificador quantitativo, não dando a ênfase principal que é a qualidade, dessemelhante de quem verdadeiramente se beneficia deste conhecimento e o emprega diariamente, volvendo esse procedimento qualitativo e significativo. Portanto devemos ter o conhecimento que uma pessoa mesmo que seja alfabetizada ela pode não ser letrada.

 Na primeira parte deste artigo farei um pequeno enfoque do conceito de alfabetização, acompanhado a respeitodo letramento.Subsequentemente, prosseguindo na parte final referente e à inter-relação da alfabetização e do letramento. E, após, encerro com as considerações finais.

LETRAMENTO

O termo letramento pode ser considerado bastante atual no campo da educação brasileira. Conforme Soares (2009, p. 33), esse termo parece ter sido usado pela primeira vez no país no ano de 1986 por Mary Kato, no livro “No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística”. Como parte de título de livro, o termo apareceu no ano de 1995 nos livros “Os significados do letramento”, organizado por AngelaKleiman e “Alfabetização e Letramento”, de Leda V. Tfouni, autoras das quais nos utilizamos para embasar este trabalho.

Em relação à etimologia do termo, podemos fazer referência à Soares (2009), que expressa o senso comum do meio, quando afirma que a palavra letramento é uma tradução do 4 termo inglês literacy, que, por sua vez, tem origem do latinlittera, que se refere à letra.

A busca por uma definição única para o termo letramento parece ser algo difícil, uma vez que se trata de um conceito amplo e complexo. Conforme Soares (2009, p. 65), as “[...] dificuldades e impossibilidades devem-se ao fato de que o letramento cobre uma vasta gama de conhecimentos, habilidades, capacidades, valores, usos e funções sociais;

Letramento seria, portanto, causa e consequência do desenvolvimento. Assim, o significado atribuído pela autora ao termo letramento extrapola a escola e o processo de alfabetização, referindo-se a processos sociais mais amplos. “O letramento [...] focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição da escrita. [...] tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado, mas também quem não é alfabetizado, e, nesse sentido, desliga-se de verificar o individual e centraliza-se no social mais amplo (TFOUNI, 1988, apud MORTATTI, 2004, p. 89)”.

Em se tratando do uso do termo letramento, é importante ressaltar que, atualmente, existem duas posições teóricas. Nossa intenção não é realizar qualquer tipo de juízo de valor sobre as diferentes posições, mas sim, apresentá-las. Por um lado, os autores que exploramos até o momento, Soares, Mortatti, Kleiman e Tfouni, assumem um posicionamento no qual diferenciam os processos de alfabetização e letramento e os consideram separadamente. Desse modo, letramento seria resultado ou conseqüência do processo de alfabetização. 

ALFABETIZAÇÃO 

A alfabetização incide no ensino e aprendizado do alfabeto e de seuemprego como código decomunicação. De um caráter mais abarcante, a alfabetização é deliberada como um procedimento no qual o sujeito constrói a gramática e em suas modificações, ou seja, formando a sua capacidade de capacidade de ler, abranger, e registrar textos, e atuar números.

O conceito de alfabetização também denota um conjunto de saberes sobre o código escrito da sua língua, que é mobilizado pelo indivíduo para participar das práticas letradas. Daí se dizer que um indivíduo é analfabeto ,semi-analfabeto , semi-alfabetizado para referir-se aos modos, graus ou níveis desses saberes que ele apresenta (KLEIMAN, 2005, p.13).

Este processo não se sintetizasomente na aquisição dessas desenvolturas mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na competência de decifrar, abranger, interpretar, recriminar,resinificar e daraviso e informação, ou seja, é um ato que abrange vários conhecimentos.  A alfabetização refere-se à aquisição da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura, escrita e as chamadas práticas de linguagem& pertence, assim, ao âmbito do individual (TFOUNI, 2006, p.9).

Todas essas competênciasmencionadasanteriormente só serão solidificadas se os educandos tiverem acesso a todos gêneros  de textuais. O educandonecessitadesvendar os usos sociais da leitura e da grafia. A alfabetização abarcaainda o adiantamento de novas formas de captação e uso da locução, dicção de um modounânime. 

"Temos uma imagem empobrecida da língua escrita: é preciso reintroduzir, quando consideramos a alfabetização, a escrita como sistema de representação da linguagem. Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu. Um novo método não resolve os problemas. É preciso reanalisar as práticas de introdução da língua escrita, tratando de ver os pressupostos subjacentes a elas, e até que ponto funcionam como filtros de transformação seletiva e deformante de qualquer proposta inovadora. Os testes de prontidão também não são neutros. (...) É suficiente apontar que a 'prontidão' que tais testes dizem avaliar é uma noção tão pouco científica como a 'inteligência' que outros pretendem medir (FERREIRO, 1998, p.87)” 

A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

A DIFERENÇA ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 

Varias imprecisões se mencionam ao conceito e à moção do letramento. Determinados educadores ponderam que o letramento é um processo didático que veio suprir a alfabetização, diferentes ponderam que alfabetização e letramento são procedimentos idênticos, diversosaté possuem equívocos sobre como agenciar um projeto pedagógicovolvido ao letramento. . Enquanto a alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita, o letramento concentra-se nos aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade (TFOUNI, 2006).

Essas ambiguidades nos semelham decorrentes da carência de esclarecer teórico a respeito dotema. A Alfabetização é um procedimentoque abarca e compreende vários elementos ou aspectos distinto, ligado à edificação do conhecimento. Presentemente, este pensamento está sendo estendidocoligado a diferentes áreas do conhecimento, exemplo: Alfabetização Musical, Alfabetização Matemática, Alfabetização em Informática, mais adiante da sua genealogia que era para assinalar a obtenção da leitura e da escrita formal.

Tempos atrás, a ação de alfabetizar era ponderada como um método de decodificação, ou seja, que por meio de mecanismos de repetição o educando iria decorar os códigos, ou escritas paraao mesmo tempo ler e escrever.

Este conceito foi colocado em conflito por meio das várias pesquisas e averiguações que vêm acontecendo no campo da linguagem e no entrosamento de como edificamos o conhecimento.

Hoje em dia, a alfabetização não é olhada como algo desconectado do mundo, ela abarca um procedimento de edificação de conhecimentos, e transporta a vontade de distinguir os alunos como sujeito independente, decisivo na sociedade para constituírem sujeitos ativos, que tenham a confiabilidade de modificar a sociedade, para que assim seja uma sociedade mais justa igualitária e cidadã.

Antes, ser alfabetizado restringia-se a ler e escrever o próprio nome. Entretanto, hoje em dia, com as devotadasalterações, ponderamosimprescindível à alfabetização não somente em caráter de decodificação de letras, almejamos a leitura de mundo, abrangendo, decifrando, empregando em perfeição esse procedimento em nosso diálogo.

Em benefício desseenredamento no procedimento de alfabetização moderno e seus resultados nos setores sociais, culturais,e na admissão social letrada, nasceu a precisão de empregar um termo distinto, inovador: Letramento.

Etimologicamente, a palavra Letramento deriva do Idioma Ingles: literacy, que evidencia do termo littera, do Latim, significa letra, com o sufixo cy, que admiteajuntar o conceito de característica, qualidade de ser.

O surgimento do termo literacy (cujo significado é o mesmo de alfabetismo), nessa época, representou, certamente, uma mudança histórica nas práticas sociais: novas demandas sociais pelo uso da leitura e da escrita exigiram uma nova palavra para designá-las. Ou seja: uma nova realidade social trouxe a necessidade de uma nova palavra (SOARES, 2011, p. 29, grifos da autora).

 Ou assim sendo ,Literacy ou Letramento é a qualidade de quem ostentaapreciar e instruir-seno mundo letrado. 

A alfabetização e o letramento são procedimentoscomplementários, interligados, sendo que um promovea facilitação ea obtenção e a importância do outro. Quão mais percebemos o papel social da linguagem, no caráter da leitura e da escrita mais perfeito será nosso grau de letramento.

[...] poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras que encerra a beleza da obra literária.FERREIRO (2006)

[...]

 

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