DIVERSÃO
Por Maria Estela Ximenes | 01/06/2011 | CrônicasDIVERSÃO
Nos finais de semana os bares enchem de homens em busca de lazer e diversão. Durante a semana, eles trabalham de sol a sol, se estressam no trânsito , reclamam do patrão, do baixo salário e da política.Quando estão divagando, almejam ganhar na loteria, relatam o que fariam na posse de alta soma em dinheiro, como a realização de grandes desejos: casarão, carrão e mulherão, não necessariamente na ordem.
Mais cheios do que sardinha em lata, os bares nos finais de semana é o ponto de encontro para uma roda de samba, cobiçar mulheres ou comemorar uma partida de futebol. A clientela, quase sempre a mesma, enche os bolsos dos proprietários, satisfeitos com o lucro dos clientes alegres que não economizam rodadas de cerveja para os amigos.
Cabe as respectivas esposas a tarefa de curar a ressaca do dia seguinte, pois é comum chegarem sujos e embriagados de um dia de farra, muitos até perderam suas esposas quando foram desafiados a escolherem, "ou o bar ou eu"!
Naquele ambiente alegre beliscam os mais variados petiscos, geralmente preparado por um velho conhecido, homem habilidoso na cozinha, encarregado de alimentar o grupo.O prato preferido é a feijoada.
A feijoada, como todos sabem, prato histórico da culinária brasileira, originária dos costumes africanos, é muito apreciada. Servida nesse bar em particular, é extremamente disputada, pois o cozinheiro não economiza calorias ao preparar.
Praga das esposas ou não, um certo dia, o prato desandou no organismo dos homens, começou com uma ligeira indisposição, seguida de uma disputa acirrada pelo banheiro. Provocou tamanha reação nos intestinos que foi necessário acionar a ambulância para atender o grupo.
Voltaram para casa extremamente pálidos e abatidos, as esposas praguejando, os infelizes homens literalmente verdes só de pensar no prato típico.