Divagações de um incorrigível sonhador...
Por Francisco Antônio Saraiva de Farias | 18/11/2012 | CrônicasDivagações de um incorrigível sonhador...
O poder, se exercitado com humildade e sabedoria, é fúlgido! Exercitado vaidosa e autoritariamente, é embaçado, apagado, demasiadamente amargo!
O primeiro modelo exige que se mergulhe ávido e esmeradamente nos marcos legais e hierárquicos do setor sob o qual estejamos como dirigente máximo, para identificarmos e compreendermos os caminhos a serem trilhados. Máximo não no sentido de elevação a um patamar de ser supremo, mandão, como infeliz e lamentavelmente alguns se arvoram, esbaldam-se, mas sob o qual paira maior nível de exigência, de responsabilidade, de participação, na amplitude macro do termo. Impõe ao dirigente máximo entrega total, quotidiano exercício de diálogo, de paciência, capacidade de tolerância e o complexo e impiedoso exercício de “cortar na própria carne”, condição sine qua non para revestir-se em bom paradigma, conquistando o respeito e até mesmo a real possibilidade de admiração dos seus comandados, indistintamente!
O segundo modelo, evidencia a nociva e pegajosa prática de acomodação de situações e interesses pessoais ou de grupos, tergiversando, mascarando e colocando sempre a razão e a verdadeira realidade em plano secundário, na tentativa e esperança vãs de agradar a “gregos e troianos”, priorizando o perfil do “bonzinho”, em prejuízo visceral do justo e da intransigente defesa do interesse público!
Decidir sob o alicerce de critérios claros, tendo sempre como pano de fundo a garantia da correta aplicação da legislação vigente, certamente atrairá o apoio e a participação majoritária.
Enquanto no setor privado é permitido se fazer tudo o que a lei não proíba, no setor público é permitido se fazer apenas aquilo que a lei determina! Essas são máximas que jamais poderão ser ignoradas, esquecidas ou camufladas por quem pretenda imiscuir-se no complexo e espinhoso exercício de cargos de direção, chefia e/ou de assessoramento.