Distúrbios Menstruais na Visão da Medicina Tradicional Chinesa
Por Ângela Barbosa da Silva | 09/05/2015 | SaúdeDISTÚRBIOS MENSTRUAIS NA VISÃO DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
MENSTRUATION ON DISTURBANCES IN MEDICINE VISION CHINESE TRADITIONAL
Ângela Babosa da Silva¹
Marcos Rebouças Tio²
RESUMO
As mulheres apresentam ciclos menstruais próprios, que estão situados dentro dos padrões estabelecidos para a população feminina. Em condições normais, é equivalente há 28 dias. Quando há alterações no padrão menstrual, trata-se de um quadro de distúrbio menstrual. Tem sido descrita pelas técnicas utilizadas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) para condutas terapêuticas e práticas para promoção da saúde coletiva, contribuindo para melhoria e alívio de alguns desequilíbrios. A Acupuntura é uma delas, na qual consiste na aplicação de agulhas nos pontos localizados na superfície do corpo, obtendo respostas globais ou específicas no organismo, buscando devolver esse equilíbrio através de intervenções e estímulos em pontos de acupuntura nesse corpo físico. Portanto, de acordo com a MTC, os distúrbios menstruais são procedentes do desequilíbrio energético de um ou mais elementos que regem o organismo humano. O objetivo da acupuntura é buscar o equilíbrio energético do corpo e como resultado, tratar essas perturbações menstruais.
Palavras-chave: Distúrbios menstruais e MTC, Acupuntura para mulheres, Medicina Tradicional Chinesa, Distúrbios menstruais.
ABSTRACT
Women have own menstrual cycles, which are situated within the standards established for the female population. Under normal conditions, is equivalent for 28 days. When there are changes in menstrual pattern, it is a menstrual disorder frame. Has been described by techniques of traditional Chinese medicine (TCM) for therapeutic procedures and practices to promote public health, contributing to improvement and relief of some imbalances.
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¹Graduanda em Biomedicina na Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC
²Graduado em Biomedicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC, Prof° de Citopatologia, Acupuntura e Introdução à Biomedicina na Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC
Acupuncture is one of them, which involves the application of needles at points located on the body surface, obtaining global or specific responses in the body, aiming at returning this balance through interventions and stimulation on acupuncture points in this physical body. Therefore, according to the ERM, menstrual disorders of energy imbalance are coming from one or more elements that govern the human body. The goal of acupuncture is to seek the energy balance of the body and as a result, treat these menstrual disorders.
Keywords: Menstrual disorders and TCM, Acupuncture for women, traditional Chinese medicine, menstrual disorders.
INTRODUÇÃO
As mulheres apresentam ciclos menstruais próprios, que estão situados dentro dos padrões estabelecidos para a população feminina. O ciclo menstrual normal dura em média um período entre 21 a 35 dias, com dois a oito dias de fluxo e perda sanguínea de 20 a 80 ml (BEREK, 2008). As irregularidades nos ciclos menstruais como a ausência de menstruação ou o sangramento uterino excessivo e fora de época são os distúrbios que mais afetam as mulheres na fase reprodutiva. Quando houver alteração no padrão menstrual, os quais vão além dos limites estabelecidos ou não ocorrer menstruações, podemos usar os termos distúrbios, irregularidades e perturbações menstruais (HALBE, 2000).
Merecem avaliação as pacientes que apresentam sangramento vaginal anormal em duração, frequência ou quantidade. Os distúrbios menstruais envolvem diferentes aspectos como as irregularidades do ciclo, volume do sangramento, duração do período menstrual, dores ou a completa ausência de menstruação (MACIOCIA, 2000). Transtornos do ciclo menstrual são alterações que podem ocorrer em qualquer época da vida reprodutiva da mulher, sendo mais frequentemente observados logo após a menarca ou no período da pré e perimenopausa (BEZNOS, 2014).
O desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênios e de progesterona, especialmente deste último, está em geral por trás dessas irregularidades nos ciclos, embora elas possam ser consequência, em alguns casos, de problemas psíquicos ou do estresse físico. O excesso de exercícios, por exemplo, leva geralmente à suspensão das menstruações. A ausência de menstruação por um ou mais ciclos menstruais sem a ocorrência de gravidez, também chamada de amenorréia, pode ser primária ou secundária e tem origens diversas. O sangramento uterino excessivo, o segundo tipo mais comum de distúrbio menstrual, ocorre na maioria dos casos como resultado da anovulação (falta de ovulação) ou em função do desenvolvimento de pólipos e miomas (SOGESP, 2002).
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é um conjunto de técnicas utilizadas para condutas terapêuticas e práticas para promoção da saúde coletiva, contribuindo para melhoria das condições de vida da população (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, 2003). Recentemente, a (MTC) tem sido aplicada para o equilíbrio de alguns distúrbios menstruais, em seguida houve a implementação da Política de Práticas Integrativas e Complementares do SUS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Adicionalmente, para a Medicina Tradicional Chinesa, a concepção de saúde é a busca através do equilíbrio entre o corpo, mente e espírito, restaurar a energia ou Qi, equilibrar o Yin-Yang e promover uma boa saúde (BANCO DE SAÚDE, 2010). Existem vários métodos de tratamento constituintes da Medicina Oriental, conforme as necessidades de cada doença, como a Acupuntura, Moxabustão, Ventosoterapia, Fitoterapia, Dietética, Auriculoterapia, Massagem e Práticas Físicas (JACQUES, 2001). A Acupuntura é uma dessas técnicas intermediárias, qual consiste na aplicação de agulhas nos pontos localizados na superfície do corpo, obtendo respostas globais ou específicas no organismo (SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, 2003). Este trabalho tem como objetivo destacar a Acupuntura como alternativa de tratamento para distúrbios menstruais, em busca do bem-estar físico, mental e social de mulheres com esses transtornos.
Portanto, faz-se importante a consideração do uso da Acupuntura, como parte da MTC para tratar e até mesmo diagnosticar alterações ou distúrbios menstruais com maior eficácia.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo de revisão bibliográfica. Foram realizadas pesquisas bibliográficas em bancos de dados como PubMed, LILACS, Scielo; em bibliotecas virtuais; UNICAMP, UNIFESP, Bireme; e, em livros e revistas especializadas em medicina tradicional chinesa, acupuntura e distúrbios menstruais. Foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Distúrbios menstruais e MTC, Acupuntura para mulheres, Medicina Tradicional Chinesa, Distúrbios menstruais.
O trabalho não foi submetido ao comitê de ética, pois o mesmo está de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
DISCUSSÃO E RESULTADOS
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS NA VISÃO OCIDENTAL
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas ou trompas de Falópio, um útero, uma vagina, uma vulva e está localizado no interior da cavidade pélvica. Durante os períodos reprodutivos, as mulheres normalmente passam por uma sequência alternada de mudanças no ovário e no útero (TORTORA & GRABOWSKI, 2002). Os ciclos menstruais possuem em média 28 dias com duração normal variável entre 24 a 35 dias, são marcados com períodos de sangramento uterino, comumente conhecido como menstruação (SILVERTHORN, 2003).
O ciclo ovariano divide-se fisiologicamente em três fases durante o ciclo mensal. A fase folicular se inicia com a hemorragia menstrual e se prolonga por 15 dias, variando entre os 9 e os 23 dias. Quando há crescimento de folículos primários, o desenvolvimento de vesículas e a transformação em folículos secundários onde apenas um destes se transformará em um folículo maduro (FERNANDES, 2003). A segunda fase é a ovulatória, com 1 a 3 dias de duração, culminando a ovulação. Onde o folículo maduro é rompido liberando o oócito secundário na cavidade pélvica (TORTORA & GRABOWSKI, 2002). A terceira fase refere-se à luteínica, lútea ou pós-ovulatória, com uma duração mais constante de aproximadamente 13 dias, terminando com o início da hemorragia menstrual. Consiste na estimulação dos resíduos do folículo maduro a se desenvolverem no corpo lúteo. O corpo lúteo secreta os hormônios necessários, progesterona e estrógeno, para a preparação do organismo para a gravidez (SILVERTHORN, 2003) (Figura 1).
Figura 1 – Ciclo Reprodutor Feminino.
Fonte: A Saúde da Mulher - DIST
As alterações no endométrio devem-se as mudanças cíclicas na secreção do hormônio estradiol, sendo importante para a regulação do ciclo menstrual, desenvolvimento e manutenção dos tecidos reprodutivos da mulher. A progesterona prepara a membrana mucosa do útero para receber o óvulo, além disso, estimula o preparo das mamas para a produção de leite. Divide-se normalmente em três fases: proliferativa, secretora e menstrual (FERNANDES, 2003).
A fase proliferativa ocorre quando o ovário está em fase folicular ovariana (SILVERTHORN, 2003). O aumento da secreção do estradiol estimula o crescimento das células do endométrio. Ampliam também os vasos tortuosos, chamados de artérias espiraladas. O estrógeno também promove a ação de receptores para a progesterona, preparando a fase seguinte do ciclo (FERNANDES, 2003).
A fase secretora coincide com a fase lútea do ovário. O aumento da secreção de progesterona estimula o desenvolvimento de glândulas uterinas e a acumulação de glicogênio. Pelas ações combinadas do estradiol com progesterona, o endométrio torna-se espesso, bem vascularizado e de aspecto esponjoso, preparado para acolher um embrião, caso ocorra à fertilização (SILVERTHORN, 2003). Já na fase menstrual resulta na queda da secreção hormonal ovárica, na parte final da fase lútea. As camadas do endométrio sofrem necrose e desagregam-se devido à constrição das artérias espiraladas, caracterizando a menstruação (FERNANDES, 2003).
Os distúrbios menstruais são problemas que frequentemente preocupam as mulheres, o sangramento uterino anormal ou excessivo, é uma de suas formas, podem ocorrer por aumento da quantidade, frequência ou duração do ciclo menstrual. Quando a mulher apresenta alterações no seu padrão menstrual, trata-se de um quadro de perturbação menstrual (YAMAMURA et al., 1998).
A causa desses desequilíbrios podem ser por distúrbios da regulação hormonal, fatores emocionais, tumores fibroides do útero ou doenças sistêmicas (TORTORA & GRABOWSKI, 2002). Podendo ser causados também por alterações do controle do sistema hipotálamo – hipófise – ovário (MACHADO, 2001). A maioria das perturbações menstruais está relacionada ao estresse, embora alguns medicamentos possam ocasionar bloqueios, principalmente esteroides sexuais e tranquilizantes (HALBE, 2000).
Esses distúrbios podem ser classificados de acordo com a sua duração, a quantidade e o ritmo do fluxo. As alterações na duração do fluxo podem ser classificadas como hipomenorréia, quando a duração é inferior a 3 dias, e hipermenorréia quando a duração é superior a 7 dias (MACHADO, 2001).
A hipermenorréia é atribuída, dentro das causas funcionais, uma insuficiência lútea, onde a escamação do endométrio é irregular. E a insuficiência folicular é devido à baixa produção de estrógenos no início do ciclo (HALBE, 2000). Na hipomenorréia, devido à insuficiência folicular, pode ocorrer uma menor secreção de estrógenos que determinam a reduzida secreção endometrial, podendo existir a possibilidade da presença de adesões na parede intra-uterina (HALBE, 2000).
Segundo Machado (2001), as alterações na duração e na quantidade também podem estar relacionadas. As alterações relacionadas à quantidade do fluxo podem ser identificadas quando há diminuição do fluxo, denominada de oligomenorréia. Quando há um aumento da quantidade de fluxo, é denominada de menorragia.
De acordo com Beznos (2002), os ciclos com intervalos menores que 21 dias são classificados como polimenorréia. Os ciclos com intervalos maiores de 45 dias são denominados de espanomenorréia.
Segundo Halbe (2000), há três tipos de polimenorréia:
O tipo I é caracterizado pela fase folicular com duração de 4 a 5 dias, seguida de ovulação prematura e a fase lútea durando 14 dias. É uma fase folicular curta.
Já o tipo II é caracterizado por apresentar fase folicular normal, ovulação e fase lútea encurtada.
O tipo III existe somente a fase folicular, ou seja, o ciclo é monofásico (HALBE, 2000).
A espanomenorréia é atribuída à fase folicular longa, com ou sem ovulação e fase lútea normal (HALBE, 2000). Fernandes (2003), afirma que metrorragia é a hemorragia genital fora do período menstrual. A dismenorréia é a menstruação com dores conhecidas como cólicas menstruais. Os problemas menstruais atingem por volta de 50% das queixas ginecológicas, sendo assim, 90 a 95% das vezes a hemorragia uterina disfuncional é a grande responsável (MACHADO, 2001). Em relação aos outros distúrbios, a incidência das metrorragias varia entre 5 a 30% (HALBE, 2000).
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS NA VISÃO DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) tem como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, sua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza. Tem sido utilizada como técnicas para alívios de alguns desequilíbrios, por exemplo, para distúrbios menstruais, de preferência logo após a implementação da Política de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (BRASIL, 2008).
A Medicina Oriental baseia-se em conceitos Taoístas e energéticos, que enfatiza a vida em afinidade com o Tao, que significa caminho, via ou princípio. Conceitua-se a harmonia e equilíbrio do Yin e Yang e dos Cinco Elementos, nos quais faz sua manifestação (WEN, 2005). Ao contrário da medicina ocidental, desconsidera a estrutura anatômica, a causalidade e a divisão corpo-mente. Fundamenta-se na função, na analogia e no continuum corpo-mente (AUTEROCHE et al., 1987).
Na teoria do Tao, baseia-se a fonte original do Universo, nos princípios chineses não havia corpo físico ou energético no início. A esse estado de ausência de forma chamam de Vazio, sendo essa a essência do Tao. Quando o Vazio produziu a função de transformar e de criar, todas as coisas e fenômenos surgiram (WEN, 2005). O Tao se manifesta como Qi ou energia vital, se polarizando em Yin/Yang. A energia vital apresenta o aspecto Yang ou Celeste e o Yin Terrestre. Segundo Su Wen cap.5: “O Yang puro é o céu, o Yin é a terra. A energia da terra sobe como nuvem e a energia do céu desce como chuva” (DULCETTI, 2001).
O Qi é a energia circulante no corpo, “move” o corpo. Segundo Auteroche:
O sangue (Xue) tem caráter Yin, nutrindo o Qi. O Qi comanda o sangue, é através da movimentação do Qi que o sangue consegue circular nos vasos. Em contrapartida o Qi necessita ser mantido pelo Xue para cumprir normalmente a sua função de aquecimento dos órgãos. Portanto o Qi e o Xue são necessários um ao outro e por isso são inseparáveis (AUTEROCHE et al., 1987, p. 18).
De acordo com Wen (2005), pelo princípio Yin e Yang podem-se explicar os fenômenos ocorridos nos órgãos através dos conceitos de superficial e profundo, de excesso e deficiência, de calor e de frio. Se as energias Yin e Yang estiverem em harmonia, o organismo estará equilibrado e em consequência disso, com saúde. Em compensação um desequilíbrio energético promoverá a doença.
OS CINCO ELEMENTOS
A teoria dos cinco elementos considera a natureza como constituinte de elementos básicos: madeira, fogo, terra, metal e água. Provém da variação das energias Yin/Yang dos cosmos perceptíveis pelo ser humano à sucessão das estações (DUCETTI, 2001). Esses cinco elementos, segundo a filosofia taoísta compõem tudo que existe na natureza (macrocosmo) e no corpo humano (microcosmo). Os cinco elementos interagem entre si, nutrindo, fortalecendo e equilibrando-se respectivamente, conforme o ciclo de geração e o ciclo de controle (FAHRNOW & FAHRNOW, 2003). Através do ciclo de geração, um elemento origina o outro e através do ciclo de controle, um elemento domina o outro, estimulando ou inibindo-o (Figura 2).
Figura 2: Ciclo de geração e controle dos 5 elementos.
Fonte: Zhen Jiu
O princípio dos cinco elementos é considerado cinco características básicas num círculo de regras. Tudo está relacionado com todas as coisas e tudo influencia mutuamente (FAHRNOW & FAHRNOW, 2003). A Madeira, o Fogo, a Terra, o Metal e a Água são elementos básicos da natureza. Entre eles existe uma correlação e uma inter-restrição que determinam seus estados de constante movimento e mutação. Os cinco elementos regem os órgãos do corpo humano. O conceito de órgão, vísceras, assim como seu inter-relacionamento de acordo com a Teoria dos Cinco Elementos é um dado experimental da medicina chinesa (WEN, 2005).
No elemento Água a energia é essencialmente fluída e latente. A estação da água é o inverno e a sua cor é o azul. Os rins controlam o nível de água do organismo, a bexiga armazena e elimina o excesso. Os rins retêm os minerais que são o Metal, para o fígado poder aproveitá-los no metabolismo (HIRSCH, 2001).
No elemento Fogo é a área que a energia vital é abundante como o sol do meio, dia em pleno verão, irradiando o seu calor em todas as direções (HIRSCH, 2001). Sua cor é vermelha, a cor própria denominada de Imperial, o verão é a estação de maior calor (DUCETTI, 2001).
O elemento Madeira é o setor onde a energia vital sobe, cresce, ocupa espaço, procura caminho para obter espaço ao sol (HIRSCH, 2001). A primavera é a sua estação, a cor verde corresponde à cor da vida (DUCETTI, 2001).
O elemento Metal tem energia vital descendente e pesada. A estação é o Outono, a estação da maturação final, sua cor é o branco. Representa o acúmulo das energias (DUCETTI, 2001).
O elemento Terra é considerado o centro do corpo e tem influência sobre o ritmo, baço, pâncreas, estômago e umbigo. É o centro da atividade mental, das ideias e opiniões e da capacidade de reflexão (HIRSCH, 2001). É o centro do espaço envoltório, carne que reveste os ossos e músculos dando a aparência e a identidade corporal (HIRSCH, 2001). A cor é o amarelo, a cor do imperador amarelo (DUCETTI, 2001). A energia vital passa por uma fase de estabilidade de concentração, antes de voltar ao movimento (HIRSCH, 2001).
FISIOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO NA VISÃO DA MTC
Na fisiologia do sistema reprodutor feminino na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), o sangue necessita do impulso do Qi para atingir o “mar de sangue” e se concentra na matriz a fim de produzir regras. A matriz que constitui o aparelho genital feminino é o termo coletivo envolvendo o útero, os ovários e as trompas. A matriz é uma víscera irregular (Qi Heng Zhi Fu) tendo relação direta com o rim e com os vasos secundários Chong Mai e Ren Mai. Sendo assim, o estado desses dois meridianos extraordinários é determinado pelo Qi do Rim, essas relações influenciam o sistema reprodutor feminino (AUTEROCHE et al., 1987)
O coração conduz o sangue, o Fígado armazena, o Baço produz e o controla (MACIOCIA, 2000). Dessa forma, os estados patológicos variados podem influenciar a menstruação e a gravidez. O Fígado conserva o sangue, o Baço controla e os pulmões regem o Qi, os Rins conservam o Jing. Juntos serão a fonte criadora do Qi e do Sangue. Por causa do controle da energia Qi, o fluxo menstrual não é nem forte e nem fraco demais em condições normais (AUTEROCHE et al., 1987). Segundo Maciocia (2000), os desequilíbrios energéticos dos Meridianos podem provocar na matriz distúrbios energéticos, funcionais e orgânicos promovendo os distúrbios menstruais.
São cinco funções (Zang Fu) que estão relacionadas à fisiologia do sistema reprodutor feminino, como os Rins, Fígado, Baço, Estômago e Vesícula Biliar. Porém o Coração é quem atribui o impulso ao sangue. O Fígado conserva o sangue, o Baço controla e os Pulmões regem o Qi, os Rins conservam o Jing. Juntos será a fonte criadora do Qi e do Sangue (AUTEROCHE et al., 1987).
A função de Circulação e Sexualidade é proteger o coração, governar o sangue e a mente apresentando uma influência importante sobre o estado mental e emocional. Agir como defesa para que o soberano nunca seja atingido diretamente e influencia bastante na vida amorosa e sexual (HIRSCH, 2001).
Os Meridianos Extraordinários são meridianos virtuais que apenas se manifestam quando há distúrbios energéticos nos meridianos principais, por excessos ou insuficiências (DUCETTI, 2001). Entre os vasos extraordinários, Chong Mai, Ren Mai, Dai Mai e Du Mai são os mais importantes no que diz respeito à fisiologia e patologia da mulher. De um lado, estão em estreita relação com os doze meridianos regulares, e de outro lado, tem uma ligação direta com a função sexual (AUTEROCHE et al., 1987).
Segundo Maciocia (2000, p.9), quatro fases podem ser identificadas no ciclo menstrual:
A fase menstrual é a fase em que o Sangue está se movimentando, contando com o livre fluxo do Qi do Fígado. Na visão da Medicina Ocidental há uma queda dos níveis de progesterona e estrógeno, promovendo a descamação da camada superficial do endométrio.
Já na fase pós-menstrual, o Sangue e o Yin estão relativamente vazios e os Canais Chong Mai e Ren Mai estão exauridos. Na Medicina Ocidental corresponde à fase folicular e onde os níveis de estrógeno aumentam sob a influência do hormônio Folículo – Estimulante (FSH).
Na Fase do meio do ciclo, Sangue e Yin gradualmente enchem os canais Chong Mai e Ren Mai. Do ponto de vista ocidental esta é a fase de ovulação na qual o óvulo é liberado do folículo e o corpo lúteo se desenvolve sob a influência do hormônio Luteinizante (LH).
E por fim, na fase pré-menstrual o Qi Yang sobe e o Qi do Fígado se movimenta como preparação do ciclo. A mobilização do Qi do Fígado é essencial para mover o Sangue do Fígado durante o ciclo. Do ponto de vista ocidental, esta é a fase lútea.
Na Medicina Tradicional Chinesa, os distúrbios menstruais podem ser classificados quanto à duração, ao ritmo e a sua abundância (AUTEROCHE, 2001).
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS RELACIONADOS À DURAÇÃO
Os ciclos encurtados são períodos menstruais adiantados, com duração menor que 28 dias e pode ocorrer mais de duas vezes sucessivas. Sendo assim, a quantidade de sangue pode ser normal, escassa ou excessiva (MACIOCIA, 2000). Estão associados ao Calor, podendo decorrer de uma perturbação dos sentimentos e resultam no Fogo do Fígado (AUTEROCHE et al., 1987).
O Calor do Sangue abrange três Modelos Fundamentais, segundo alguns autores como Auteroche (1987) e Maciocia (2000), a Plenitude do Calor, Estagnação do Qi do Fígado e Yin vazio, Calor Vazio.
Na Plenitude do Calor, o sangue apresenta-se na cor vermelho brilhante ou vermelho escuro (MACIOCIA, 2000). Possui consistência espessa, densa, com numerosos cóagulos. A língua é vermelha, com o revestimento lingual amarelo (AUTEROCHE et al., 1987). Ainda existem outros sintomas como ansiedade, inquietude mental, face avermelhada, sede, urina escura e fezes secas (MACIOCIA, 2000).
O Yin Vazio, Calor Vazio, o sangue é espesso e pegajoso. Existe uma sensação de calor na palma das mãos, planta dos pés e na região precordial (AUTEROCHE et al., 1987). A língua é sem revestimento e vermelha. Há ainda a sensação de calor à noite, zumbido e tontura (MACIOCIA, 2000).
De acordo com Maciocia (2000) e Auteroche (1987), a Estagnação do Qi do Fígado converte-se em Fogo com Calor do Sangue. Nesse período o Sangue fica com uma coloração escura e coágulos. Ocorre dor abdominal, distensão dolorida dos seios, irritabilidade, agitação, impaciência, a garganta fica seca e o revestimento da língua ficará amarelo.
No Estado de Vazio do Qi, o sangue não pode ser retido nos vasos (AUTEROCHE et al., 1987). O sangue se apresenta pálido e diluído, a respiração é curta, há distensão epigástrica e cansaço (MACIOCIA, 2000). Auteroche (1987) descreve outros sinais como a apatia mental, palpitações cardíacas e a língua pálida com revestimento branco e delgado.
Os ciclos irregulares podem ser alongados, encurtados ou normais (AUTEROCHE et al., 1987). Portanto, a quantidade de sangue é variável e a cor pode ser escura ou pálida. Somente quando os ciclos são atrasados ou adiantados (alongados ou encurtados), de modo imprevisível, constituem ciclos menstruais irregulares. A irregularidade do ciclo menstrual está sempre relacionada ao Fígado e Rins, porque uma maré-vazante rítmica de Sangue e Essência é que dá origem aos períodos menstruais (MACIOCIA, 2000).
Os ciclos alongados são períodos menstruais atrasados, o ciclo mais longo é de 28 dias e atrasam ao menos por três meses consecutivos. O ciclo pode vir por 40 a 50 dias. Estão associados ao Frio, pode ser de origem exógena onde um frio perverso estaciona no útero, ou endógena, onde o Yang é naturalmente fraco. Esse frio resulta de um retardo da circulação do Chong Mai e Ren Mai e a menstruação chegará atrasada (AUTEROCHE et al., 1987).
O Vazio do Sangue pode ocorrer em decorrência de espoliação sanguínea repetida, várias gestações, doenças longas e graves, ou ainda por constituição física congenitamente fraca (AUp-TEROCHE et al., 1987). Maciocia (2000) afirma que, neste período o sangue está escasso e pálido. O sangue está gasto, o Ren Mai e o Chong Mai não estão bem cheios e a menstruação poderá atrasar (AUTEROCHE et al., 1987).
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS RELACIONADOS À ABUNDÂNCIA
São denominados de perturbações quantitativas das menstruações, podendo ser classificadas de períodos menstruais abundantes ou menorragias, e períodos menstruais escassos ou oligomenorréias. A quantidade de sangue ultrapassa o normal, mas a menstruação está incluída em um ciclo menstrual regular (AUTEROCHE et al., 1987). As menstruações abundantes podem ser causadas por Qi Vazio, Estase do Sangue e Calor do Sangue. O Qi Vazio é caracterizado pelo sangue pálido e diluído, pela aparência pálida. Podem ocorrer palpitações e a respiração é curta (MACIOCIA, 2000).
A Estase do Sangue ocorre quando o Calor do Sangue estiver acompanhado por abundantes coágulos (AUTEROCHE et al., 1987). Nesse período o sangue é escuro e coagulado, também bastante doloroso. Ocorre também dor abdominal que piora com a pressão e melhora após saírem os coágulos (MACIOCIA, 2000).
DISTÚRBIOS MENSTRUAIS RELACIONADOS AO RITMO
Os distúrbios menstruais relacionados ao ritmo ocorrem no meio do ciclo e pode durar 1 ou 2 dias. Os principais fatores são comumente algum desequilíbrio do Yin/Yang, desequilíbrio do Qi e do Sangue, Umidade-Calor e Estase do Sangue (MACIOCIA, 2000). As perdas de sangue são ligadas a uma “divagação do sangue” sob a ação do Calor, ou falta de controle do Sangue por um Qi exageradamente fraco. As causas mais exatas devem ser procuradas em uma perda da harmonia e uma fraqueza dos vasos Chong Mai e Ren Mai (AUTEROCHE et al., 1987).
A ocorrência do “Calor” na mulher está ligada ao Yin e Yang do Rim e ao fluxo de Qi e do Sangue nos canais Ren Mai e Chong Mai. É por esta razão que a maioria das causas de sangramentos entre os períodos envolvem algum tipo de Calor (MACIOCIA, 2000).
AMENORRÉIA
A amenorréia é a ausência de períodos menstruais, podem aparecer isoladas, mas quase sempre será apenas um elemento em quadro patológico. A causa é procurada em um Vazio do “Mar do Sangue” geralmente (AUTEROCHE et al., 1987). Pode ser classificada em dois tipos, a Amenorréia por Deficiência ou por Excesso. Os dois tipos principais de Deficiência são do Qi e do Sangue e a do Fígado e do Rim. Os dois padrões de Excesso são a Estagnação do Qi e do Sangue e Retenção de Umidade e Muco (MACIOCIA, 2000).
De acordo com Auteroche (1987), entende-se Amenorréia por Deficiência como Amenorréia Vazia ou ressecamento de Sangue. E a Amenorréia por Excesso como Amenorréia Plenitude ou estagnação do Sangue.
A Amenorréia Vazia possui duas causas principais, a Deficiência do Qi e do Sangue e a Deficiência do Fígado e do Rim (MACIOCIA, 2000). Provém de uma fraqueza do Sangue ou da Essência Vital (AUTEROCHE et al., 1987).
DISMENORRÉIA
A dismenorréia é o período menstrual doloroso, a estagnação do Qi e Estase do Sangue são padrões comuns, acompanhado de outros parâmetros como deficiência do Qi e do Sangue (MACIOCIA, 2000). O sangue e o Qi são insuficientes e no “Mar de Sangue” não é mais favorável. As dismenorréias são classificadas de acordo com os seguintes parâmetros: Calor, Frio, Plenitude e Vazio (AUTEROCHE et al., 1987).
No padrão Plenitude ocorre a estagnação do Qi e Estase do Sangue. Pode ocorrer dor no abdome inferior durante o período menstrual, sensação de distensão abdominal e das mamas (MACIOCIA, 2000). Quando a Estase do Sangue prevalece, a dor é mais intensa e é praticamente aliviada quando os coágulos são eliminados. Ocorre dor aguda e a menstruação possui quantidade mínima de sangue, de cor escura e com coágulos (AUTEROCHE et al., 1987).
O parâmetro Frio é caracterizado pela estagnação do frio, acompanhada da Estase de Sangue. O frio obstrui o útero e os vasos impedem o próprio fluxo de Sangue. O padrão Calor acompanhado da Umidade agarram-se ao sangue impedindo a sua circulação (AUTEROCHE et al., 1987). Pode ocorrer dor hipogástrica, sensação de queimação estendendo-se ao sacro, sensação de calor, presença de pequenos coágulos, sede e inquietude mental (MACIOCIA, 2000).
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS MENSTRUAIS NA VISÃO DA MEDICINA OCIDENTAL E A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
O diagnóstico ocidental e sua classificação conforme a doença ocidental claramente cria um sistema de medicina diferente do da chinesa, com uma filosofia desigual no aspecto do corpo humano e da doença. São dois sistemas complementares, pois são diferentes e podem se encaixar perfeitamente (MACIOCIA, 2000). Os transtornos menstruais na terapêutica ocidental reagem bem ao tratamento com derivados da progesterona (PERSIANI et al., 1997). No entanto, os anti-inflamatórios são utilizados para o alívio da dor (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2004).
Na Medicina Ocidental o tratamento é considerado efetivo no uso de medicamentos e nas cirurgias. Exercícios e dietas embora constem nos manuais, não tem o mesmo destaque e são pouco indicadas. Persiste na disposição que valoriza mais o diagnóstico do que o tratamento (JACQUES, 2001).
Na Medicina Tradicional Chinesa existem algumas técnicas para o tratamento dos distúrbios menstruais, como a Fitoterapia, o Qi Gong, a massoterapia, meditação, moxas e acupuntura. A acupuntura busca desenvolver o equilíbrio energético através de intervenções que estimulam os pontos de acupuntura para ocorrer o restabelecimento da energia perdida (SILVA, 2007). Segundo Maciocia (2000), o principio do tratamento da MTC é de regular os períodos menstruais. Ele envolve a regulação do Yin e Yang, do Qi e do Sangue e engloba vários métodos de tratamento como a harmonização do Qi e Sangue, tonificação dos Rins, fortalecimento do Baço e harmonização do Fígado.
Porém, antes de iniciar o tratamento é preciso ter o diagnóstico, para isso existem oito regras tradicionais de diagnóstico (DULCETTI, 2001). Os oito princípios fundamentais da Medicina Tradicional Chinesa são agrupados em quatro duplas: Polaridade Yin/Yang, Frio e Calor, Externo (superficial) e Interno (profundo), Deficiência (vazio) e Excesso (plenitude).
Na Medicina Tradicional Chinesa existem quatro procedimentos de diagnóstico que utilizam quatro tempos de exames tradicionais, o interrogatório, a examinação, a audição e olfação, e a palpação (DULCETTI, 2001).
A Medicina Ocidental ou Tradicional identifica os distúrbios menstruais como as alterações do padrão fisiológico normal do ciclo menstrual, onde os órgãos do sistema reprodutor feminino, útero e ovários, e o eixo hipófise-hipotálamo estão diretamente relacionados com essas irregularidades. Sendo assim, o tratamento para os distúrbios menstruais é realizado através de medicamentos que vão atuar diretamente sobre os órgãos relacionados à reprodução feminina. A Medicina Tradicional trata a patologia e a Medicina Chinesa trata a causa da doença e o indivíduo completamente.
A Medicina Ocidental apenas indica os órgãos que estão relacionados aos distúrbios. Por isso, o tratamento baseia-se nos sintomas apresentados. Por exemplo, para o alívio das cólicas, um possível sintoma de distúrbio menstrual, utiliza-se muitas vezes anti-inflamatórios não-esteróides.
A Medicina Tradicional Chinesa busca tratar totalmente. Como um organismo que sofre intervenções tanto internas como externas, desencadeando desequilíbrios e consequentemente surgindo doenças. De acordo com Silva (2007), na MTC as desarmonias ou desequilíbrios podem ser verificados através de sinais físicos ou psíquicos, já que ambos os aspectos pertencem à mesma unidade. Através da Acupuntura busca chegar ao diagnóstico e posteriormente ao tratamento correto. Todas as informações são importantes, pois é preciso identificar o perfil da paciente e qual o desequilíbrio está causando o distúrbio menstrual. O sistema reprodutor feminino depende da atividade energética do Fígado, sendo um harmonizador do Qi e do Sangue, aplainando emoções e influenciando bastante as atividades da Matriz (MACIOCIA, 2000).
Se houver algum desequilíbrio, surgirão os distúrbios menstruais e o tratamento atuará nas causas desse desequilíbrio. Se a mulher apresentar o seu ciclo alongado devido a Estagnação do Qi, além de tratar a estagnação, a causa desse distúrbio também será tratada. O tratamento da Acupuntura é realizado através da busca do equilíbrio dos Cinco Elementos, utilizando os pontos Su. Contudo, os pontos sintomáticos também são utilizados, dependendo dos distúrbios os vasos Maravilhosos são estimulados. Essas técnicas complementam a utilização dos pontos dos meridianos principais.
Segundo Wen (1985), duas principais desvantagens da acupuntura é o temor provocado pelas agulhas e o longo período de tratamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Primeiramente, é necessário informar a principal dificuldade encontrada na aplicação este estudo, a escassez de material. As publicações são poucas a respeito deste tema, dificultando o desenvolvimento com fluidez. Sendo assim, a comparação entre as visões da Medicina Ocidental e da Medicina Tradicional Chinesa foi estabelecida de maneira distinta. É importante ressaltar, mesmo que diferentes as Medicinas Ocidental e Tradicional Chinesa, se complementam. Os dois sistemas não são contraditórios, somente diferentes porque partem de paradigmas distintos.
Consideravelmente dentro da MTC existem duas correntes, uma mais moderna seguida por autores como Auteroche e Maciocia, e outra corrente mais tradicional seguida de autores como Dulcetti. Por isso, a necessidade de unir as duas correntes para que a comparação pudesse ser estabelecida. O conhecimento sobre as técnicas complementares baseadas na Medicina Tradicional Chinesa deve ser motivada para a comunidade acadêmica e para a sociedade, estabelecendo este método de tratamento como um método complementar aos tratamentos convencionais utilizados pela Medicina Ocidental. Além disso, para contribuir para a melhora da qualidade de vida das mulheres que sofrem com os distúrbios menstruais.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, quero agradecer, a Deus, por renovar minhas forças e a coragem em cada amanhecer durante toda esta longa caminhada. Sem Ele eu nada seria. Agradeço à minha Família pelo apoio, palavras de encorajamento e ânimo. Aos meus pais Jorge e Maria Célia e aos meus irmãos Ana Célia e Almiro, com todo amor e carinho não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida, foram indispensáveis à manutenção da minha tranquilidade para a conclusão desta graduação. Ao meu orientador Marcos Rebouças Tio (Tio!), por me apoiar, com sua paciência, tranquilidade e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. A professora Aline Clara, pelo seu carinho, contribuição e acompanhamento deste trabalho. A minha gratidão a todos os professores do curso, que foram importantes na minha vida acadêmica. A minha colega de curso, Luana Farias, com o seu jeito doce, paciente, delicada e amiga, tem me ensinado a ser forte e nunca desistir dos meus objetivos. Aos Amigos e colegas, pelo abraço, o carinho, pelo incentivo e apoio constantes.
REFERÊNCIAS
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