dissertação de licenciatura

Por Jizela Segunda Santana Barros | 09/04/2014 | Apostilas

2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.2.2.1 – Paixão e amor nas relações de: Amizade, namoro, noivado e casamento

 

O amor:

Este como já nos referimos nas definições é um sentimento de doação. É pois o sentimento, afeição, carinho a dedicação por alguém ou por algo.

Na vida a dois e não só, não podemos considerar amor:

  • Uma paixão incontrolada
  • Uma emoção

Geralmente quando se fala em amor, as pessoas pensam de imediato a um sentimento de relação entre duas pessoas de sexo oposto, o que não é correcto. Por falta deste sentimento nobre o mundo vive em clima de guerras, ódio, diferenças, ambições insensibilidade.

“O amor como sentimento, é amplo, abarca tudo e deve ser, acima de tudo, puro, espontâneo”.[1])

O amor quando existe verdadeiramente, cresce a cada dia que passa.

Estudando profundamente a afectividade e sua educação, entramos num dos aspectos mais delicado e importante do comportamento humano.

As pessoas que têm suas vidas amarguradas, frias, egocêntricas e falhadas, em grande parte a sua explicação está relacionado ou ocasionado por algum trauma afectivo. Uma afectividade bem realizada e harmoniosa dará paz, serenidade e felicidade, uma afectividade desequilibrada provoca desintegração pessoal e insatisfação vital.

Conflitos afectivos não resolvidos ou mal solucionados marcam irremediavelmente a personalidade.

Segundo a Bíblia Sagrada “O amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busco os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo língua, cessarão; havendo ciência desaparecerá”. ([2])

A paixão:

O amor é uma escolha, uma decisão e pode ser aprendido. A paixão quando controlada, traz alegria no relacionamento conjugal. Quando se torna doentia ou obsessiva pode levar a desastres como o homicídio, alcoolismo, prostituição, depressão, suicídio entre outros males.

“A paixão não elimina o raciocínio, até o aguça. Mas pode diminuir o seu sentido crítico, se não for mantida nos seus justos limites”. ([3])

Geralmente a paixão gira em torno de uma ideia que é objectivo da paixão, que pode ser: sexo, droga, dinheiro, poder. Na paixão, toda personalidade se concentra de modo tenaz num objecto que pode ser estranho ao próprio eu.

“Uma paixão serena pela vida, por uma causa justa ou por um grande ideal é das coisas mais belas e necessárias para dar à existência calor, criatividade, frescura, fecundidade e entusiasmo”. ([4])

A amizade:

Na maioria dos casos, os relacionamentos amorosos começam por uma relação de amizade. No grupo de amigos, alguém que desperta a atenção, atracão desinteressada daí nasce a paixão, cumplicidade, descobrem afinidades, alternância de papéis ou comunhão de objectivos e posteriormente o amor.

“Se, por um lado, a família estimula o desenvolvimento da competência social e intelectual, por outro lado os amigos exercem seu maior impacto na esfera social”. ([5])

Os amigos, temos nós oportunidade de os escolher, para posteriormente ser o nosso par.

Inicialmente uma simples atracção pela beleza da pessoa do sexo oposto, isto os levará a relacionarem-se e arranjar amizades. A beleza chama atenção e é mais valorizada numa primeira fase do que a inteligência, a alternância de papéis, a personalidade, combinação de necessidades e outras qualidades interiores.

O namoro e noivado:

O namoro é a segunda fase para uma vida a dois, pois que a primeira é simplesmente uma amizade. É nesta fase onde se fazem os planos para o futuro do casal.

Nas sociedades africanas em geral e em Angola em particular, a fase preliminar do casamento (noivado), é feito segundo a tradição de cada povoação. Temos por exemplo a entrega de um alembamento, que é uma prestação da família do noivo para a família da noiva, que representa uma compensação económica pela saúde e constituição física da mulher para que ela esteja subordinada ao marido. Este é um ritual praticado na maioria das cerimónias de noivado em todas as províncias do nosso país.

Geralmente, este alembamento pode estar constituído dos seguintes artigo:

  • Cervejas;
  • Refrigerantes;
  • Mudas de pano;
  • Bebidas espirituosas;
  • Fato para homem;
  • Gado;
  • Aves;
  • Calçados e outros artigos dependendo da listagem entregue ao noivo elaborada pela família da noiva.

Apesar de todas as adversidades nada é mais reconfortante do que o aconchego e o carinho do namorado ou namorada, lar onde prevalece o diálogo construtivo, a compreensão, o respeito mútuo, a reciprocidade de direitos e o amor.

Num relacionamento o homem e a mulher, devem respeitar as diferenças individuais de cada um, completando-se um com as aptidões numa perspectiva de suprir a falta do outro, para que assim haja a harmonia e maior realização no casal.

Não podemos dissociar as diferenças psicológicas entre o homem e a mulher como que fossem alheios ao dinamismo da vida conjugal.

Para a durabilidade do relacionamento e seu sucesso ou êxito, é importante haver compatibilidades de ideias, planos ou seja devem ter semelhantes planos de vida futura entre outros tipos de assuntos que envolvem o casal.

Segundo Rubin, 1975 e White, 1980, “a similaridade é outro importante indicador de atracção e afeição. Pesquisadores que acompanharam o progresso de casais namorados descobriram que os casais que permaneciam juntos tendiam a estar envolvidos no relacionamento em níveis similares e ter idades, planos de estudo, resultados de testes de aptidão, valores e beleza física semelhantes”. ([6])

Devemos ter em consideração que a influência do meio ambiente onde os noivos foram criados é intrinsecamente de real importância, chegando a estabelecer diferenças entre o homem e a mulher; por isso, achamos essencial que os noivos procurem conhecer-se mais profundamente, incluídos neste conhecimento pontos de vistas e opiniões sobre estas questões de educação familiar, eventual separação, não como uma preparação para realmente separarem-se, mais, como por exemplo fazer menção de possíveis problemas e situações insustentáveis devido a falta de sinceridade de uma das partes em expor suas dificuldades, seus medos, suas incertezas e qualquer coisa que for relevante e que pode ferir ou por em risco a uma relação satisfatória.

Isto só será possível através de um conhecimento profundo de cada um isto através de um dialogo franco e aberto, tanto no período do namoro quanto do noivado e, mesmo na vida conjugal.

Pelo esforço pessoal para o desenvolvimento de sua própria personalidade, cada um deve procurar conhecer-se e consciencializar-se sobre o seu comportamento, principalmente em relação ao seu companheiro e ao grupo onde vive. Conhecendo-se primeiro poderá, então, descobrir o outro.

No namoro, noivado, casamento ou vida marital, existe sempre um tempero umas vezes benéficos outras maléficos, quando em quantidades exageradas. Trata-se do ciúme, ele não pode ser exagerado. Na relação a dois, o ciúme sem exagero pode até fortalecer a relação demonstrando que existe o amor.

É necessário ter-se a capacidade de perdoar, tirando os dois, algo positivo da situação pois o amor tudo perdoa. A relação entre dois seres que se amam, deve ser um eterno namoro.

“A relação entre dois seres que se amam, vivendo ou não juntos deve ser, um eterno namoro (...) ”. ([7])

É pertinente falar dos sentimentos que nos levam a relacionarmo-nos com outras pessoas do sexo oposto, já que a nós interessa mais os sentimentos que podem levar duas pessoas a unirem-se em matrimónio ou vida marital.

O casamento:

O matrimónio, dá-se depois de um longo ou curto período de preparação dos nubentes, com vista a completarem-se mutuamente.

“Considera-se casamento a união entre dois seres que se amam e que acontece após uma breve ou longa relação de conhecimento mútuo, a que vulgarmente se chama namoro”. ([8])

Muitas vezes o casamento feliz não passa de um sonho, isto porque podem ocorrer diversos factores que podem contribui negativamente para o fracasso do mesmo.

Nos relacionamentos amorosos, torna-se a pessoa ideal ou certa, na medida em que o homem e a mulher vão um de encontro às ideias do outro, quando têm a mesma visão, aquele que corresponde um a expectativa do outro.

Nas sociedades africanas que é vigente a poligamia, podemos constatar que a juventude também pela acção da religião já está a abdicar deste princípio, pois a felicidade não está na capacidade de possuir vários parceiros, mais em encontrar alguém que nos ame, respeite e nos seja fiel. As diferenças na personalidade são factores que se devem ter em conta na escolha do futuro esposo ou esposa, pois, não aconselhamos um casal que ambos tenham temperamentos coléricos unirem-se de facto ou casamento pois neste casal dificilmente reinaria a tão desejada por todos: harmonia conjugal.

“O vínculo matrimonial, como fenómeno humano que é, está sujeita a diversas vicissitudes. Por vezes as próprias relações entre os cônjuges chegam a deteriorar-se de tal maneira que não é possível manter o casamento para os fins que foi constituído. Entre marido e mulher surgem situações de antagonismo e de desinteligência tais, que tornam impossível a manutenção da vida em comum”. ([9])

Sendo a vida matrimonial como um dos pressupostos básicos para o amadurecimento da personalidade do indivíduo, não se deve brincar com a vida sentimental. Se o jovem não consegue acertar-se na vida sentimental, e tem se deparado com decepções amorosas frequentemente, ficará certamente comprometido este processo de amadurecimento da personalidade do casal de jovens lesados. O rompimento dos laços conjugais não só compromete o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens como também a dependência familiar e favorece nos jovens entre outras modificações comportamentais, as flutuações afectivas, a falta de experiência de vida entre outros males psicológicos causados pela separação.

Como já nos referimos, o amadurecimento harmonioso da personalidade dos jovens estão intimamente ligados a vida afectiva mais concretamente a vida matrimonial, neste caso é necessário alertar aos jovens acerca dos males que uma vida de constantes decepções amorosas em nada contribui para o bem-estar psicológico das pessoas em causa.

Os jovens devem para isso ter pleno conhecimento das frustrações, problemas afectivos, desenvolvimento de complexos, traumas e outros males que podem ser fatais.

A felicidade no casamento, constrói-se paulatinamente, quando os cônjuges vêm suas dificuldades como pequenos transtornos passageiros e procuram manter os bons sentimentos como o amor, amizade e o respeito mútuo que os uniu. Para isso, é necessário que pelo menos um dos cônjuges tenha o casamento como prioridade.

Do contrário, estas dificuldades gerarão cada vez mais insatisfações, hostilidades que desembocarão em afastamento.

A satisfação sexual também é apontado como um factor da felicidade conjugal, os casais que têm uma sexualidade satisfatória são mais felizes, assim como a empatia entre eles. Estudos feitos nos estados unidos confirmam que a insatisfação sexual pode originar a separação. “O Dr. Masters calcula que 45% dos divórcios nos estados unidos tem como causa real a inadaptação sexual”. ([10])

A humildade é uma virtude muito importante e funciona como antídoto para curar casamentos e vida marital em crise basta um cônjuge ter esta virtude para começar o diálogo depois de uma discussão.

O facto de conhecerem-se melhor ao longo do namoro, aumenta as probabilidades de ter felicidade no casamento. Os que se casam muito cedo por impulso da gravidez por exemplo, podem perigar a felicidade do casal porque a união do casal não foi planejada por eles, mais pela gravidez indesejada.

Na nossa sociedade, é ainda inferior o número de pessoas que se casam por via legal. Temos verificado que depois do alembamento aconteça a união de facto.

O estado angolano no intuito de proteger os seus membros adoptou medidas legais para formalizar e legalizar tal união. Segundo estudos do governo de Angola e da UNICEF “a união de facto é a união entre um homem e uma mulher com fim de fazerem vida comum, distinguindo-se do casamento apenas por não haver formalização ou legalização da união.

Os fundamentos da existência de uniões de facto no nosso país diferem substancialmente dos fundamentos da sua existência nos países europeus e nos países desenvolvidos.

No nosso país a maioria da população vive em união de facto não por questões ideológicas ou de princípios, mais por razões de cultura e de tradição e de inexistência dos órgãos do registo civil necessários á legalização da sua união ou ainda por razões económicas (zonas suburbana).

O objectivo do estado é, evidentemente, o de legalizar o maior número possível de uniões pela função social que o casamento desempenha na sociedade”. ([11])

Com a actuação do cristianismo, o casamento tem sido muito reforçado porque o mesmo vê a vida marital ou união de facto como uma forma pecaminosa digna de sanções, enquanto que, o casamento é visto como uma forma privilegiada de constituir famílias.

Na Lei Angolana, a união de facto pode ser registada depois de três anos de sua existência, tendo como pressupostos básicos:

  • Comunhão de cama, mesa e habitação coabitando continuamente sem ruptura durante três anos seguidos;
  • Se for pedida por ambos os interessados.

Na província de Luanda, podemos observar a seguinte estatística do estado civil de adultos com mais de 20 anos de idade:

  • “Casados 17%;
  • Em união de facto 54%;
  • Solteiros 20,3%;
  • Separados 5,4%;
  • Viúvos 2,6%;
  • Divorciados 0,7%”. ([12])


([1]) GUERRA, Teresa, Op cit, O futuro pertence-nos, p. 63.

([2]) Bíblia Sagrada, I Coríntios, 13:4-8.

([3]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, p. 141.

([4]) Américo Martins VEIGA, A educação hoje, ‘p. 141.

([5]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([6]) Linda DAVIDOFF, Introdução à psicologia, p. 440.

([7]) Teresa GUERRA, O futuro pertence-nos, p. 30.

([8]) Ibid, p. 31.

([9]) Maria do Carmo MEDINA, Código da família, p. 201.

([10]) Masters e Johnson: O amor em laboratório, os 10 grandes da psicologia, p. 234.

([11]) Maria do Carmo MEDINA, Direito da família, p. 270.

([12]) Ibid. p.271.