Discurso de Oratória: Formatura em Educação Física UFPA - 2016
Por Sydney Pinto dos Santos | 29/07/2017 | EducaçãoSenhores, autoridades presentes, pais, convidados, acadêmicos, professores, coordenação e integrantes da mesa; honramo-nos em cumprimentá-los, neste momento que se faz.
Na constância da vida, e principalmente à educacional, percebemos que na linguagem comunicativa existe a necessidade primordial de sermos e estarmos sempre vigilantes com nossa conduta formativa. E dentro deste processo vemos-nos incumbidos e não forçados a pragmatizarmos nossos conhecimentos, nossos saberes e nossas formações. E assim, na conjuntura que hoje nos permite reunirmos novamente, das muitas que aconteceram ao logo desta formação, e que deveras ser a última destes integrantes, nos vemos na responsabilidade de olharmos os pontos positivos e negativos que se promoveram ao longo dos espaços designados aos estudos e ao mesmo tempo fazendo esta integração com o conhecimento e ao nosso profissionalismo; este último nos garantindo às discussões mais direcionadas, em vista da convivência diária em sala de aula, nos encontros, seminários e palestras relacionadas à educação.
Desta forma, a condução permitida dentro de uma ênfase de formação dos conhecimentos aos que aqui hoje estão se formando, fora baseado no espírito de amizade, companheirismo, partilhamento e compartilhamento, humildade, e outros fatores e aspectos que permitiram fomentar as diversas peculiaridades que ora se desenrolaram neste tempo de convivência e inter-relação.
Não esquecendo que, aos poucos, foram surgindo "os doutores", doutores estes que sempre estavam dando seus "diagnósticos" sobre os mais diversos temas e assuntos; e se perdendo é claro, visto que sua "especialidade" fugiam à regra. Doutores que nem sempre cumpriam com os horários determinados; ou com as nuances do próprio curso. Visto que "os doutorados" foram adquiridos no jogo de quadra, na piracaia do acari, na mesa de bilhar e em outros lugares que se permitiu está presente neste duradouro, necessário e excepcional período do curso de Educação Física. E os que faltavam com a verdade? Nem se fala.
Observando que, também, surgiram ao longo dos tempos, as mais diferentes excentricidades: meninas do teclado, da bolinha de oncinha; dos pernas de pau; de cabeças honradas pelo tamanho, o que permitia um pensamento centrado, mas desvirtuado da realidade. Não diferente dos dorminhocos de plantão. Não obstante dos nervosos e curiosos que aqui se permitiram passagem. Promotoria? Na mão do baixinho, que a toda custa e insistência se permitiu ingressar e hoje, contemplar seu "lugar ao sol". Geração de prole? alguns; casamentos nenhum? só os laços eternos de um tal "matador"! Mas graça ao bom senso dos copos nos bares e o esquecimento de que uma amizade está mais para a desgraça de que para a construção, onde deletar trabalhos alheios virou uma constante; ainda bem relevado o fato de maneira cômica e amigável. Se não? Fora os pés quebrados; as gravidezes, e as tornozeleiras sem função alguma. Claro não esquecendo dos deslizes no assassínio da nossa legítima e querida Língua Portuguesa. Quanto dolorido, em cada palavra trocada ou na sua inexatidão em relação seu sentido denotativo. Mas tudo de menos! E que fez parte de um tempo bom, não muito harmonioso, mas que se permitiu conhecer as diferenças no contexto deste grupo que ora se desintegra, porém deixando sua grande marca: o florescimento e o aperfeiçoamento de uma nova era de profissionais da Educação Física.
Assim, devemos entender que no tempo, se faz e se constroem com grande entusiasmo, persistência e perseverança daqueles e das pessoas que não só mudaram suas maneiras de olhar as coisas ao seu redor, como também assegurando um futuro construtor da realidade de seus entes, dos seus lugares, de seus municípios e de futuras gerações.
Quanto aos impasses, muitos se fizeram presentes, assim como os conteúdos, os lócus das atividades a serem realizadas extra-sala de aula, como também às exigências propostas pela condução do curso. Nossas viagens de outros municípios, assim como aos outros nem tão perto, o que levou dias de convivência e divergências; algo nunca provado pelos integrantes desta turma; pois sabemos que as lutas não são construídos com único direcionamento ou pensamento, mas de acordo com as "matrizes direcionadoras".
À coordenação, resta lembrarmos das contribuições e incentivos prestados pela mesma, tanto local como a geral, o que facilitou as relações entre os acadêmicos e os professores, o que facilitou mostrarmos e ao mesmo tempo compartilharmos de diferentes realidades. Já que estes mesmos professores se viram na obrigação para chegar até ao local experiências jamais experimentadas, enfrentamento das ondas do Amazonas, lamaçais nas estradas e outras que possibilitaram experimentar ao longo destes anos.
Em síntese, a viabilidade das inter-relações eficazes, só se permitiram e se permitirão quando, todos se virem preocupados em mudar seu nível de conhecimento, suas condutas particulares, assim como do seu compromisso com seu lado profissional, pois professores estavam, e, professores continuarão, aparando as arestas com o sentido concreto de mudar os modos vis, os valores imaturos, os comportamentos sociais inadequados, as atitudes incoerentes das futuras gerações. Encaminhando-as ao desenvolvimento de uma educação que nos moldes de "qualidade", "justa" e "democrática" ainda está no final de uma longa estrada a qual precisa com urgência ser alcançada por aqueles que tem realmente compromisso com o processo de ensino -aprendizagem.
Por isso, nós como condutores do conhecimento, não precisamos ser tão egoístas a ponto de nos afastarmos de nossos propósitos; de nossos anseios, de nossos objetivos como pessoas ativas, criativas e incentivadoras daqueles que precisam de um olhar mais aprofundado, por parte de professores, das universidades; órgãos públicos, da sociedade e do próprio Estado. E, persistindo e acreditando que não serão os temporais, o Amazonas, as condições financeiras, a distância, os compromissos outros que deixarão que não sigamos em frente numa perspectiva de melhorias e dentro de um contexto de "transcendência humana do sujeito persistente".
Dos formandos do Curso de Educação Física!
Nosso muito obrigado!!
Autor Sydney Pinto dos Santos