Diga não às 'Rodovias da Morte'!
Por JORGE MARCIO DE CASTRO PEREIRA | 20/09/2010 | PolíticaQuando através dos noticiários ouvimos os números das mortes ocorridas na Guerra do Iraque, ficamos nós aterrorizados. Não seria para menos, pois cifras denotam uma média de 15 a 20 mil mortos anuais no Iraque desde o período da invasão americana no pós 11 de setembro de 2001. No entanto, não nos apercebemos que o número de mortes no trânsito no Brasil é superior e muito a guerra do Iraque. Estima-se que aproximadamente 25 mil pessoas entram em óbito todos os anos em função de acidentes no trânsito, sendo que os acidentes em rodovias estaduais e federais respondem pela maior fatia de número.
Até aproximadamente a década de 1980, tínhamos no Brasil algumas poucas rodovias que eram infelizmente conhecidas pelo grande número de acidentes nelas ocorridos. Mas na atualidade, as assim denominadas Rodovias da Morte se ?multiplicaram? de forma assustadora. Logicamente que devemos considerar o aumento do fluxo de veículos e mesmo a imprudência por parte de alguns motoristas, mas o fator que prepondera sobre a maioria das fatalidades nestas rodovias é ainda a falta de conservação das mesmas.
Um país como o Brasil, com dimensões continentais já deveria há muito tempo, ter desenvolvido um projeto de transportes intermodais, onde as ferrovias e as hidrovias tivessem mais investimentos, para que as mesmas pudessem ?desafogar? o transito nas rodovias. Mas projetos assim são elencados em campanhas eleitorais pelos mais diversos candidatos, pelas mais diferentes siglas partidárias, e ao final, são simplesmente esquecidos.
O intuito aqui porêm não é discutir as vantagens e desvantagens da Ferrovia e da Hidrovia e sim os investimentos necessários ?urgentes? para as rodovias, visto que para reestruturar o transporte no Brasil, seria preciso de tempo e aliança entre a sociedade civil e governamental para tal empreendimento.
O Centro-Sul( englobando a região Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste) por descrever o ?centro? econômico do Brasil enfrenta problemas seríssimos com suas Rodovias. São poucas as rodovias conservadas e por elas trafegam diariamente automóveis e grande número de caminhões pesados que transportam a produção agrícola e industrial do país. É fato que essas poucas rodovias não ágüem muito tempo
É de primeira urgência a duplicação das rodovias brasileiras; para que não possamos depender de rodovias pedagiadas. Rodovias bem cuidadas representam um incentivo a mais para o desenvolvimento da economia brasileira bem como a preservação de vidas que é o mais importante de tudo. Rodovias conservadas seriam a certeza de podermos no próximo feriado ?descer? para as praias e saber que voltaremos à salvo.
Em suma meus caros leitores; façamos a nossa parte para com as Rodovias nacionais através do nosso voto em 03 de outubro bem como continuemos sempre cobrando e exigindo a manutenção de nossas estradas e rodovias e esperando quem sabe no futuro um sistema de transportes intermodais onde o termo Rodovias da Morte não passaram de um passado triste, mas um passado na história do desenvolvimento do Brasil e de todos nós. Diga não às ?Rodovias da Morte?.
Jorge Marcio de Castro Pereira
Graduando de Filosofia- FAFIUV