DIFICULDADES ENCONTRADAS NO TRABALHO COM AS OPERAÇÕES MATEMÁTICAS.

Por NILSON LIBERATO DA SILVA | 03/07/2017 | Educação

RESUMO

Este trabalho aborda um estudo sobre as dificuldades de se trabalhar as operações matemáticas em uma turma do 5º ano, dos anos iniciais do Ensino Fundamental em uma escola pública localizada no município de Martins/ RN. O objetivo deste trabalho é refletir sobre como o ensino de matemática está sendo conduzido em sala de aula investigando como as atividades estão sendo direcionadas aos educandos. A fundamentação teórica que fundamenta a nossa pesquisa, volta-se para os estudos de alguns teóricos, tais como: Moreira (1999), Soares (2009), BRASIL (1998 e 2001), Zabala (1998), Freire (1999), entre outros que culminam o atual contexto do ensino-aprendizagem de matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, direcionados as dificuldades de se trabalhar as quatro operações matemáticas. A metodologia que fundamenta esta pesquisa é de abordagem qualitativa, na qual utilizamos a pesquisa bibliográfica como eixos estruturados deste trabalho. Os instrumentos que utilizamos foram: observação em sala de aula e realização de uma entrevista com uma docente da referida instituição educacional. Os resultados apontam que....a inexperiência de alguns professores dos anos iniciais na alfabetização matemática, reflete, no futuro, em dificuldades que os educandos terão para desenvolver com competência os conteúdos matemáticos.

INICIANDO NOSSAS REFLEXÕES...

Sabemos que o mundo contemporâneo exige um padrão de educação que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de habilidades e competências, em virtude dos grandes desafios que os alunos enfrentam no dia a dia. Através da Matemática, o aluno desenvolve seu raciocínio lógico e se torna capaz de resolver problemas, e enfrentar situações das mais variadas formas, com mais autonomia e eficiência. De acordo com Moreira (1999, p. 145) A sociedade atual se caracteriza pela dinamicidade, pela mudança, não pela tradição, pela rigidez. O homem moderno vive em um ambiente que está continuamente mudando. O que é ensinado torna-se rapidamente obsoleto. Neste contexto, o único homem educado é o que aprendeu a aprender; o homem que aprendeu a adaptar-se e mudar; que percebeu que nenhum conhecimento é seguro e que só o processo de busca do conhecimento dá uma base para segurança. Hoje, o ensino de matemática deve estar pautado em formar cidadãos preparados para enfrentar os obstáculos que lhes são impostos, criando condições que permitam aos alunos terem acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados, necessários para o exercício de sua cidadania, desenvolvendo estratégias de ensino e aprendizagem. Segundo Soares, (2009, p. 6) Ensinar matemática na escola hoje parece uma necessidade fora de questionamentos. A Matemática faz parte do cotidiano das pessoas, uma vez que inúmeras atividades com as quais nos envolvemos requerem o conhecimento de pelo menos alguns fundamentos da representação do espaço, escrita de números, desenvolvimento de operações, realização de medidas, leitura de gráficos e tabelas... Um sujeito que não tem algum domínio dessas habilidades pode enfrentar inúmeras restrições à sua atuação na sociedade. Algum conhecimento matemático compõe um instrumento semelhante à alfabetização na formação para o exercício da cidadania. Se refletirmos, vemos que a matemática está presente em nossas vidas em todos os momentos, seja no trabalho, em casa, na escola, em qualquer lugar que estejamos, a matemática sempre aparece. Esse conteúdo faz parte de nossas vidas a partir do nascimento e o carregamos até o fim dos nossos dias. É por isso que a matemática exerce um papel de fundamental importância em nosso meio, porque todas as atividades que realizamos, não só como estudante na construção do conhecimento, mas também na vida cotidiana, na resolução de problemas. BRASIL (1998, p. 59) Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Matemática constituem um referencial para a construção de uma prática que favoreça o acesso ao conhecimento matemático que possibilite de fato a inserção dos alunos como cidadãos, no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura. Os referidos documentos destacam que a Matemática está presente na vida de todas as pessoas, em situações em que é preciso, por exemplo, quantificar, calcular, localizar um objeto no espaço, ler gráficos e mapas, fazer previsões. Mostram que é fundamental superar a aprendizagem centrada em procedimentos mecânicos, indicando a resolução de problemas como ponto de partida da atividade matemática a ser desenvolvida em sala de aula. Faz-se necessário, portanto, que as teorias, as concepções, e os métodos específicos do ensino de Matemática sejam reconhecidos e compreendidos, para que o processo de aquisição do conhecimento matemático pelos alunos seja conduzido de forma mais clara e eficiente, levando em conta o conhecimento de mundo de cada um, os seus interesses, suas expectativas, suas opções, e suas crenças com relação à aprendizagem de matemática. BREVES REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE

MATEMÁTICA NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

No mundo globalizado em que vivemos, com os avanços dos meios tecnológicos se expandindo a cada dia, faz-se necessário que a escola acompanhe essa evolução para que o ensino, em especial o matemático se torne mais significativo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, pág. 8), direcionados ao ensino de Matemática, incluem como um dos Objetivos do Ensino Fundamental a necessidade dos alunos serem capazes de “saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos”. É inconcebível que nos dias de hoje, a escola não utilize os recursos tecnológicos da informação e da comunicação que dispõe, para auxiliar no ensino-aprendizagem, visto que na sociedade moderna em que vivemos, a informática se tornou indispensável para quem busca seu espaço, e almeja adquirir conhecimentos não só matemáticos, mas em todas as áreas. No Plano Nacional de Educação estabelecido pela Lei nº 10.172 de 9 de janeiro de 2001, há 2 capítulos: 6 e 7, específicos direcionados ao uso de tecnologias educacionais, nos quais as suas metas discorrem sobre: o uso de televisão, vídeo, rádio e computador como instrumentos pedagógicos é considerado de grande importância. Ao mesmo tempo, define a instalação de computadores nas escolas, o acesso à internet e a capacitação de professores como elementos essenciais a serem perseguidos nos próximos anos. Isso significa que há uma preocupação em adequar a informática ao ensino. De acordo com Toledo ( 2009, p.13) Ele é apontado como um instrumento que traz versáteis possibilidades ao processo de ensino aprendizagem de Matemática, seja pela sua destacada presença na sociedade moderna, seja pelas possibilidades de sua aplicação nesse processo. Tudo indica que seu caráter lógico-matemático pode ser um grande aliado do desenvolvimento cognitivo dos alunos, principalmente na medida em que ele permite um trabalho que obedece a distintos ritmos de aprendizagem. Nesse sentido, percebemos que a matemática sempre foi tida como o terror dos alunos, em todos os níveis de ensino. Ao chegar à escola o aluno tinha um certo temor a esse conhecimento, principalmente no ensino tradicional, no qual o professor se sentia dono do saber. O aluno apenas recebia aquele conteúdo, sem o direito de perguntar ou questionar algo. A causa da antipatia ou aversão do aluno à aprendizagem de matemática, está atribuída a falta de interação e diálogo entre ambos, pois o aluno não tinha vez nem voz, com isso, formava-se um aluno fracassado, frustrado e incapaz de resolver qualquer atividade matemática, às vezes, a mais simples possível, gerando também um alto índice de evasão escolar. Consoante Dias (2012, p. 55) Na sala de aula de Freinet, o princípio da Livre Expressão é básico, ele entende que a palavra do aluno deve ser ouvida, em qualquer circunstância, pois é um direito que o aluno detém. É no exercício desse direito que o aluno pode expressar seus desejos, suas necessidades e sua aprendizagem. Entendo que Freinet não fala na expressão livre somente através da oralidade, ele incentiva que essa expressão livre ocorra por todas as vias de expressão humana, como, por exemplo, a expressão gráfica e a expressão corporal. Devido às condições socioeconômicas que muitos alunos se encontram, ainda há um número acentuado que não usufruem de alguns desses veículos da informação e da comunicação, em especial o computador que se torna um item de diferenciação entre as classes sociais, visto que o mesmo está sob o domínio de uma minoria altamente qualificada .BRASIl (1998, p. 47) Embora os computadores ainda não estejam amplamente disponíveis para a maioria das escolas, eles já começam a integrar muitas experiências educacionais, prevendo-se sua utilização em maior escala a curto prazo. Isso traz como necessidade a incorporação de estudos nessa área, tanto formação inicial como na formação continuada do professor do ensino fundamental, seja para poder usar amplamente suas possibilidades ou para conhecer e analisar softwares educacionais. Alguns professores condenam o uso da calculadora, alegando dificultar o raciocínio do aluno. No entanto, se o aluno tem domínio das quatro operações matemáticas, não há problemas em usar essa ferramenta como recurso para estimular a mente e dominar as estratégias de cálculos. De acordo com Toledo (2009, p. 13) Estudos e experiências evidenciam que a calculadora é um instrumento que pode contribuir para a melhoria do ensino da Matemática. A justificativa para essa visão é o fato de que ela pode ser usada como um instrumento motivador na realização de tarefas exploratória e de investigação. As escolas, cada dia que passa, estão se munindo com equipamentos tecnológicos, no entanto, priorizam o ensino tradicional, sem explorar as potencialidades dos recursos que dispõem. Faz-se necessário que a escola reveja suas práticas e concepções de ensino, e insira as novas tendências tecnológicas em suas atividades na sala de aula, uma vez que é muito importante que o computador, e seus recursos sejam experienciados em contextos educativos práticos e inovadores, visando uma formação de qualidade dos seus alunos.

[...]

Artigo completo: