DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM - UM PROCESSO POLITICO E PEDAGOGICO INTERDISCIPLINAR NO CONTEXTO ESCOLAR

Por Terezinha de Jesus Cardoso Ricarto | 22/01/2016 | Educação

Revisão Bibliográfica: DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: UM PROCESSO POLITICO E PEDAGOGICO INTERDISCIPLINAR NO CONTEXTO ESCOLAR

Terezinha de Jesus Cardoso Ricarto¹
Eliana Moreira de Souza Brito²
Paulo Ricarto da Silva³
Miriam Barros da Silva³

RESUMO:
O presente artigo de revisão tem como tema “Dificuldades de aprendizagem: um processo político e pedagógico interdisciplinar no contexto escolar” em que descreve importantes subsídios para a implementação e o monitoramento de políticas educacionais públicas. Mas, a utilização das informações das dificuldades de aprendizagem pode estar comprometida em dois aspectos, quantitativa e qualitativa o que desestimula a exploração das estatísticas. A metodologia utilizada nos permitiu selecionar 14 artigos, sendo que 06 referem-se à temática aqui revisada. As principais revistas pesquisadas foram Educação e Pesquisa (2013, 2014), Revista Brasileira de Educação (2013), Investigações em Ensino de Ciências (2007), Revista Eletrônica de Geografia (2013), Ciência & Educação (2000). O objetivo do presente artigo foi compreender as dificuldades de aprendizagem analisando a realidade dos alunos que apresentam alguns déficits. Num país aonde os índices de reprovação escolar chegam há limites considerados injustificados, os distúrbios e dificuldades de aprendizagem constituem um dos temas mais envolventes e significativos da atualidade, não abordando apenas a problemática da criança que não aprende, mas todo um sistema que envolve a família, a escola, profissionais de diversas áreas de atuação, que procuram buscar respostas à pergunta: porque esta criança não aprende? Os autores procuraram descrever algumas causas, consequências e alguns fatores que interferem no desenvolvimento da aprendizagem levando a criança a apresentar dificuldades. Neste sentido, podemos compreender que é fundamental que o professor conheça a realidade de seus alunos para que possa intervir de maneira consciente e responsável para o desenvolvimento pleno de seus educandos. Pudemos analisar e chegar a resultados em que se verifica por tanto, que a população alvo de dificuldade de aprendizagem e de crianças jovens e adultos, os artigos nem sempre abordam o problema de aprendizagem em si, mas abrangem o cidadão as condições do nível mental de cada um, o que permite a avaliação da qualidade de ensino, onde o bom senso e a responsabilidade de pessoas e de fundamental importância.
Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Contexto Escolar.

INTRODUÇÃO
Este artigo de revisão tem como tema “Dificuldades de aprendizagem: um processo político e pedagógico interdisciplinar no contexto escolar” com intuito de compreender a razão pela qual no momento em que estamos atuando na docência identificamos um número considerado de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem contribuindo para o insucesso escolar e até mesmo sua evasão. Neste sentido, pretende-se descrever através das leituras e análises nos artigos lidos que contribuíram consideravelmente para construção deste trabalho.

O processo de ensino e aprendizagem é a interação mediada pelos saberes do docente representada pelos conhecimentos adquiridos pelos discentes, ou seja, é necessário que tenha alguém pra ensinar e alguém para aprender. Neste processo de ensino-aprendizagem geralmente se apresentam as dificuldades de aprendizagem durante a ação docente, que na sua maioria são de leitura e escrita. Diante do exposto, nossas dúvidas e questionamentos surgem nos conduzindo a elaborar questões norteadores que viabilizem respostas, conceitos e apontem um caminho para nosso entendimento em relação às dificuldades de aprendizagem no contexto escolar e que apresentamos a seguir: a) Quais as principais dificuldades de aprendizagem identificadas durante o processo educativo: b) Qual a importância da interdisciplinaridade para que o processo político e pedagógico venha ser viabilizado visando uma aprendizagem satisfatória: c) Como podemos identificar as dificuldades de aprendizagem através de um olhar diferenciado com intuito de proporcionar resultados significativos no processo ensino-aprendizagem.
O presente artigo de revisão se justifica por compreendermos de que o processo de ensino e aprendizagem é necessário para o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, físicos, psicológicos, cultural, social dentre outros dos alunos para que possam ser considerados socialmente aceitos no meio em que são inseridos. Neste sentido, o estudo se justifica pela necessidade de entendimento de da importância desse processo visando aquisição de novos conhecimentos e experiências para que tenham uma preparação profissional para o mercado de trabalho.

As contribuições desta pesquisa nos favoreceram a ampliação de novos conhecimentos em relação à temática acima citada, pois todas as leituras, análises dos artigos foram importantes para o nosso entendimento. Desta forma, podermos termos vivenciado estes momentos, com certeza foram significativos para nossa formação acadêmica e profissional com intuito de uma melhor preparação em nosso campo profissional.

Por fim, entendermos que as dificuldades de aprendizagem no contexto escolar é uma realidade muito preocupante que precisa ser compreendida e trabalhada de forma diferenciada visando resultados positivos no processo educativo que é a aprendizagem dos alunos. Assim, elaboramos o objetivo do presente artigo de revisão que em que destacamos: a) compreender as dificuldades de aprendizagem analisando a realidade dos alunos que apresentam alguns déficits de aprendizagem.

METODOLOGIA
Esta revisão bibliográfica aborda “Dificuldades de aprendizagem: um processo político e pedagógico interdisciplinar no contexto escolar”, mediante análises prévia e sistemática de todas as vias possíveis multidisciplinar com acesso a solução, a qualidade da informação que foram divididas em 3 (três) etapas: a primeira etapa constitui na procura dos descritores no site sob uma revisão sistemática, que sugere o questionamento, como trabalhar o fastio do alunado em sala de aula? O período em que ocorreu a busca pelas informações: julho a agosto 2014 o banco de utilizados para a busca dos periódicos Educação e Pesquisa (2004), Revista Querubim (2009), Investigação em Ensino de Ciências (2007), Revista Urutágua (1976), o número de artigo encontrados foram 14 e o idioma em português. Cabe ressaltar que o estudo metódico do ensino-aprendizagem foi feito para discentes docentes, família e sociedade vinculado a idéia de instrução ou de formação intelectual, cabe ao estabelecimento de ensino e dos professores em geral, um dever de probidade, competência, organização e dedicação.

RESULTADO E DISCUSSOES
Foram encontrados 14 artigos, dos quais 6 atendiam os critérios de pesquisa, desses, foram excluídos os textos redundantes o que totalizaram ao final 8 artigos. A partir da leitura de títulos e resumos foram selecionados 6. Utilizando os mesmos critérios de refinamento foram encontrados 4 textos, mas apenas 6 apresentaram a avaliação da aprendizagem em sua multidisciplinaridade.

Esses artigos podem ser divididos em dois grandes grupos: os que avaliam e entendem o ensino como uma ação sistemática, ordenada e intencional de transmissão de conhecimentos e experiências e a aprendizagem como o resultante dessa ação, se não houver aprendizagem devem ser observados toda a estrutura de funcionamento da educação e com mais rigor os aspectos, psicogênicos, sociais e culturais do discente.

Para o autor Correia (2004), a aprendizagem e tão complexa quanto o átomo, a partir do núcleo, se não houver grandes homens e mulheres que formados de grandes livros, formadores de personalidades, capaz de promover mudanças de paradigmas, tanto na massificação dos indivíduos como a comunidades e no ser individual, será impossível atingir as dificuldades de aprendizagem, estes são os indicadores determinísticos da inclusão com responsabilidade social.
Segundo os autores Silva e Pinto (2009). A interdisciplinaridade, ou seja, a ramificação das ciências Humanas fragmenta o ensino, quanto mais especialistas, maiores os problemas, segundo o autor só ocorre interdisciplinaridade, quando se pensa na comunhão estabelecida entre indivíduos através da atração centrípeta do grupo (ideia, sentimento, causa) sobre cada um de seus membros.

De acordo com Junior, Vital, Mendes e Assis (2013) só ocorrem interdisciplinaridade na inclusão escolar, quando o educador é enriquecido de conhecimentos não só como um fator de promoção social e profissional, como principalmente, quando para o educador tem uma fonte de satisfação pura espiritual de um ser inteligente. E tal satisfação só consegue pelo o trabalho com as diferentes classes sociais, visando o bem comum, sendo metódico, em observação e experiência pela preocupação permanente da objetividade, de maneira que vemos a realidade, de modo que vimos à realidade, não como ela é, mas como desejaríamos que fosse.

Verifica-se por tanto, que a população alvo de dificuldade de aprendizagem e de crianças jovens e adultos, cabe ressaltar que os artigos que foram analisados nem sempre aborda o problema de aprendizagem em si, no entanto inserindo o cidadão as condições do nível de evolução mental de cada um, o que permite a avaliação da qualidade de ensino, onde o bom senso e a responsabilidade de pessoas e de suma importância, o trabalho tem como objetivo propor um paralelismo entre o ensinar e o aprender, a reciprocidade. Observa-se que as maiores dificuldades de aprendizagens obedecem a um padrão sociocultural. Dessa forma famílias de baixa renda, com pouca escolaridade são as mais comprometidas. O método mais utilizado entre os selecionados foi o indutivo, algumas variações nesse método consistem na observação das partes para o geral.

A coleta de informações pode ser feita nas escolas, bairros, comunidades aldeias, e outros, entrevistas com as mães, professores, assistentes sociais, psicopedagogos, as medidas comumente calculadas para avaliar o déficit cognitivo são: a flexibilidade, especificidade. Depois de um percurso de investigação sinuoso, em que inicialmente, as (DA) foram vistas por vários prismas, centrando-se as desordens que lhe eram atribuídas nas áreas da linguagem falada e escrita e nos processos perceptivos, motores, daí, a necessidade de um acompanhamento especializado a todos os seguimentos, que facilite aos portadores de psicopatologia a interação no convívio social sem descriminação ou estereótipo etnocentrismo, portanto a garantia da igualdade e cidadania entre todos.

De acordo Bovo (1976) desperta no homem o senso de sua dignidade, é um elemento fundamental de qualquer programa educacional autentico desde que se faça isto com a disposição de colaborar com o homem e a sua comunidade, criando condições compatíveis com sua dignidade. Ensinar e uma força catalisadora dos recursos e do dinamismo para sua autopromoção. O mestre que não possui dinamismo permanece adormecido ou se exaure nos pequenos atritos do egoísmo pessoal ou familiar, acrescenta que só um movimento consciente com a intenção de criar no povo uma nova percepção do ser, seria o único capaz de criar condições dignas da pessoa humana capaz, de superar todas as dificuldades.

Segundo a autora Serconek (2006), só ocorrerá aprendizagem quando se propicia um ambiente com melhor adaptação entre os indivíduos ao seu ambiente social, que mobilize cada comunidade para resolver seus problemas de adaptação a uma sociedade. Em contínua transformação, só uma ação dinâmica entre mestre e alunos, deliberadamente utilizada para que os problemas e desajustes que afete o indivíduo e sua família possam ser solucionados pelo desenvolvimento de suas próprias potencialidades, o que a autora sugere atividades diferenciadas, criando oportunidades de exercitarem na sua vida social.

Conforme as autoras Augusto e Caldeira (2007), o homem é produto do meio. A importância das condições ambientais para uma boa aprendizagem. É preciso mobilizar toda comunidade, para modificar o meio ambiente, os costumes sociais, tais como: a religiosidade, a estrutura familiar além de um bom prepara para os professores e toda estrutura educacional para fazer uma continua transformação, com ações dinâmicas e interativas entre mestres e alunos. Desta forma, haverá o melhor aproveitamento da aprendizagem das ações propostas para os alunos. Ao mesmo tempo esta interação entre escola, mestre e alunos criaram condições de blindagem contra as mazelas sociais que afligem a comunidade.

A comunidade tem que interagir e participar dessa maratona de desenvolvimento sócio cultural. Resumindo só haverá uma boa educação se o triangulo escola, aluno e comunidade fecharem ângulos com igual importância.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluirmos através deste artigo a importância do conhecimento, principalmente quando se refere à educação de nossas crianças. Infelizmente sabemos que atualmente e muito grande o número de educadores que apresentam dificuldades especificas de aprendizagem e nos professores e pais por falta de conhecimentos, falta de habilidades para ajudá-los a diminuir ou até mesmo superar essas dificuldades, muitas vezes contribuímos para que essas crianças se tornem mais uns excluídos, com baixa estima e sem estímulos para desenvolverem a aprendizagem.

E necessário que todos se contribuem para o aparecimento das dificuldades de aprendizagem, e que elas podem aparecer em qualquer criança independente do estado social a que pertença, sendo que, o meio ambiente no qual ela está inserida tem uma grande influência em seu desenvolvimento.
Existem vários fatores que interferem na aprendizagem, porem um dos mais importantes e a família, que atualmente estão muito desestruturadas, e a maioria da nossa população são das classes menos favorecidas, por isso os pais não tem tempo para acompanhar o desenvolvimento escolar dos filhos, pois vivem em busca de trabalho para sobreviverem e muitas vezes as próprias crianças trabalham para ajudar os pais.
Em condições habituais, todo o indivíduo tem possibilidades para o aprendizado escolar, mas a abrangência e a velocidade são variáveis e pode ficar a quem das expectativas dos pais, professores e da própria criança. Como vimos e difícil fazer uma classificação dos distúrbios que prejudicam a aprendizagem. Em geral as dificuldades de leitura e escrita conduzem a outras dificuldades de aprendizagem.

Nós, professores e pais têm uma grande responsabilidade, pois se identificarmos as causas que interferem no desenvolvimento da aprendizagem no início e fizermos as intervenções necessárias, buscando soluções para que as dificuldades, sejam superadas, teremos um grande avanço no desenvolvimento educacional em nosso país, e as consequências não serão tão agravantes como se encontra atualmente.

Como implicação dessas destaca-se a importância de se oferecer as crianças ferramentas que lhe permitam, além da aquisição de habilidades crenças, mas positivas em relação as suas próprias capacidades de realização. Sugere-se que no trabalho com crianças na fase inicial de aprendizagem formal, mesmo quando seu rendimento está abaixo do esperado seja valorizado o desenvolvimento da auto eficácia como um recurso favorecedor do processo de aprendizagem.

REFERENCIAS
AUGUSTO, Thais Gimenez da Silva; CALDEIRA, Ana Maria de Andrade. Dificuldades para implantação de práticas interdisciplinares em escolas estaduais, apontadas por professores da área de ciências da natureza. Revista Investigação em Ensino de Ciências. 2007.
BOVO, Marcos Clair. Interdisciplinaridade e Transversalidade como Dimensão da Ação Pedagógica. Revista Urutágua – Revista Acadêmica multidisciplinar. 1976.
CORREIA, Luis de Miranda. Problematização das dificuldades de aprendizagem nas necessidades educativas especiais. Revista Análise Psicológica, Scielo. 2004.
JUNIOR, Adilson Bergano; VITAL, A. F.; MENDES, Dulcinéia L.; ASSIS, Silvana Maria Blascovi de. Interdisciplinaridade no contexto da inclusão escolar. Cadernos de Estudos de Pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. 2013.
SERCONEK, Giselma Cecília. Análise histórica da mediação dos processos de ensino e de aprendizagem no contexto da prática de ensino: por uma prática numa perspectiva histórico-cultural. Maringá, 2006.
SILVA, Luiza Helena Oliveira da; PINTO, Francisco Neto Pereira. Interdisciplinaridade: as práticas possíveis. Revista Querubim. Ano 5, 2009.

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