DIFERENÇAS ENTRE ASSUNTO, TEMA E TÍTULO PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO

Por Maria Kelly Azevedo Alves | 18/06/2015 | Resumos

 

DIFERENÇAS ENTRE ASSUNTO, TEMA E TÍTULO PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO

 

 

ALVES, Maria Kelly Azevedo ¹

FREIRE, Raquel Oliveira

SILVA, José Leonardo

UCHÔA, Maria Alizete dos Santos

 

 

 

  1. 1.    INTRODUÇÃO

 

O seguinte artigo de revisão busca por meio da análise direta em resumo daquilo que vem a ser o texto e seus constituintes iniciais, o título e o assunto. Aqui são colocadas abordagens simples e coerentes a respeito da proposta sugerida como forma de avaliação da disciplina Produção Textual.

            De início queremos ressaltar o aspecto a respeito da definição conceitual em alguns autores, que embora discordando entre si, tem algo a contribuir com o que fora colocado inicialmente.

            No segundo tópico abordamos a problemática entre assunto, tema e titulo, que por sua vez é o objeto central de nossa pesquisa. Entendemos que só através dessa base é que podemos ter como meta a construção do texto.

            Por terceiro, analisaremos a relação existente na tipologia textual, seu título e o comportamento perante aos gêneros que o tornam eficazes e coerentes seguindo assim a combinação prognostica do tema.

 

 

2­. O PROBLEMA DAS NOÇÕES TEXTUAIS

           

Exposto no item anterior, a apresentação de nossa pesquisa, entendemos agora o ponto literal de nossas argumentações acerca dos presentes dados coletados.

            Embora tenhamos como meta analisar a proposta dissertativa do índice deste trabalho acadêmico, entendemos que isso só será possível com a divisão explicativa, (Como também já mencionamos na introdução) não só da exposição do tema comentado, mas todavia das partes que o envolvem. (Retornemos ao ponto de partida para entendermos os motivos).

            Para um simples resumo teórico e um esboço informativo contextualizado, inserimos aqui, noções, pontos e contrapontos a respeito do “texto”. Compreendemos que se tornam cada vez mais ampla suas questões e definições entre os estudiosos que se “lançam” a defender tais pontos de vista.

            Segundo Ingedore e Leonor (apud HALLIDAY e HASAN, 1973) o texto é uma “realização verbal entendida como uma organização de sentido, que tem o valor de uma mensagem completa e válida num contexto dado.” E completam as autoras:” Assim, o texto é unidade de língua em uso, unidade semântica [...] não de forma e sim de significado.” Não podemos a partir da definição dada nas linhas antecedentes interrogamos a relação existente entre a noção, que temos até o presente momento, de texto, título, tema e assunto, daquela que com dificuldades aparentes viemos a defender. Isto porque, nosso estudo não se resume apenas a determinada definição, ousemos então dizer que segundo também Ingedore e Leonor (apud ISEMBER, 1970), o texto é uma gramatica [...] que deve satisfazer a competência linguística do falante (no sentido chomskyano). E sem perdermos o foco abordado, definimos o texto como sendo ainda, segundo Marcuschi (apud Beaugrand, 1997) que o texto é um evento comunicativo em que convergem ações linguísticas, sociais e cognitivas.

            Na primeira tentativa de postularmos como absoluto as definições dadas por Halliday e Hasan, vemos o texto como nada mais que um grande meio de transmissão de sentidos, sejam eles literários, literais ou referencias. Isto porque o autor dedica-se não só na pratica definitiva de seu objeto de estudo (o texto) como também no significado e nas funções do objeto dentro de um contexto qualquer.

            No segundo ponto definitivo o texto é encarado como forma gramatical, contrapondo-se não só a ideia que os autores tem a respeito do tema seguido, mas também às funções exercidas pelo objeto respectivo. Para Isemberg (e no sentido chamskyano já citado) o texto só tem significado se formado a partir da competência singular da falante/ouvinte, assim não só equiparamos as funções, como também as formas envolvidas na criação significativa.

            No terceiro ponto convergem as ideias de produção e de quem as produz linguisticamente, socialmente e cognitivamente, como sugere o professor Luiz Antônio Marcuschi, não podemos abordar o tema apenas pelo ângulo exclusivo da língua, entende-se aqui que o plano textual é histórico e por ser histórico deve-se ter contudo valor social.

            Com as exposições dadas acima, queremos deixa claro que diferenciar, assunto, tema e titulo para a compreensão do mesmo não é tarefa fácil. A verdade é que pararíamos primeiramente na tentativa de definição de texto, que por sua vez existem inúmeras. (Aqui há apenas três delas de amostra). Numa linguagem simples e objetiva prossigamos ao ponto “cume” por assim dizer do nosso trabalho. O próximo item.

 

 

3. O PROBLEMA DA CONCEITUAÇÃO

           

            Dando ênfase ao que já e expusemos como verdade relativa, referente ao texto, na tentativa fracassada de defini-lo, tomemos esta segunda parte como suporte teórico real para a construção satisfatória do mesmo.

            Sabemos que um texto, desde seu ‘’nascer’’ (título) ao ponto chave (conclusão), deve tornar ideal sua defesa a respeito da sugestão inicial. Diante desta proposta, busquemos pois, a definição titular e temática textuais. Nas definições clássicas, de diversos autores, antigos e contemporâneos. Tema é o que se fala no texto, aquilo que se escolhe para a ideia inicial de um determinado texto ou trabalho científico. O Título por sua vez é o nome do texto. Um exemplo bem simples pode ser citado a partir deste: ‘’Política, corrupção e bem comum, o que queremos para as futuras gerações?’’ Temos então a exemplificação mais comum de um “nome textual” (portanto um título). Na temática do mesmo apresentado acima gostaríamos de salientar que a linha de estudo a ser abordada e as palavras núcleo, formam o tema já proposto titularmente.

            Outros estudiosos ainda acrescentam como conteúdo da pesquisa, uma nomenclatura, na qual chamamos assunto. Na tentativa de abordagem verídica do tema inicial definimos por “parte essencial do texto, onde o leitor é conduzido pelo autor às diversas partes categóricas do trabalho.’’ Esta definição parece mais clara quando simplificamos a “pontos de vista ou objetivos propostos.”

            Vimos até então, de uma forma conceitual clara e literal, a abordagem parece simples e sem controvérsias. Porém, como sugerido no início do tópico, ainda há diversos autores que têm definições contrárias a que propusemos. É claro que também sugerimos uma linha de raciocínio onde o autor expressa-se de maneira corroborada, concordando com os demais.

            O problema não parece tão simples se anexarmos à ideia da indefinição textual. Este outro assemelha-se a discordâncias autorais teóricas onde a proposta inicia-se com diversas nomenclaturas. Nos livros didáticos (escolares), também encontramos a mesma situação de dualidade temática.

            Então, ao elaborarmos um texto, o problema parece persistir não só de maneira conceitual, como também corroborativa entre teóricos da mesma linha. Não só na teoria textual como também na teoria temática.

 

 

4. O TRATAMENTO PERANTE AOS GÊNEROS

                                                           

            Diante do que foi exposto nos itens antecedentes, vimos a dificuldade de se obter não só respostas aos questionamentos referentes ao texto, como também aqueles solicitados pelo Título e seus complementos. Gostaríamos de frisar então, para concluir nossas argumentações, o fato de não só a definição por parte teórica, ser de difícil compreensão, como também (e aqui acrescentamos mais um tópico), a sugestão que estes vem a causar nos gêneros textuais.

            É de comum acordo entre os diversos autores que ‘’o corpo do texto,’’ por assim dizer, é traçado progressivamente desde seu início, até sua conclusão de aspecto final. Isto quer dizer que, do início do texto, não só a temática, o título, mas também o gênero é sugerido a partir daquilo que é proposto pelo autor ao seu iniciar.

            Um exemplo bem comum, neste ponto, (e aqui é citado por pura e simples observação) é no tocante a textos dissertativos-argumentativos, descritivos ou narrativos. É claro que por se tratar de temas absolutamente diferentes, sua construção e sua leitura também serão diferentes. Não podemos de forma alguma tratar da temática: ‘’corrupção,” em textos descritivos ou narrativos. O tema, por ser algo que abrange não só a opinião do autor como também a pública, deve ser tratado de maneira impessoal, onde o autor defenda a ideia coletiva e social. Assim, é válido também para textos onde sua proposta gira em torno de fatos e não de argumentos. Para este tipo de texto temos a narrativa.

            Fica claro portanto que ao pensarmos nas diversas formas textuais, devemos levar em consideração neste aspecto a relevância do título, pois é neste que se iniciam todos os “mistérios,” da produção constitutiva do trabalho.

 

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            Pelo exposto acima, gostaríamos mais uma vez de ressaltar que não é tarefa nada fácil a definição de Texto, pois até mesmo entre autores, pesquisadores, acadêmicos, temos divergências perante o tema. Portanto, com argumentos claros queremos encerrar nossa argumentação, expondo de maneira lógica a abordagem proposta. Por não termos acordos conceituais básicos, somos levados a concordar direto e unicamente com opiniões diversas que nos levam muitas vezes a dicotomias existentes na teoria da Linguística textualizada e contextual.

 

 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

FÁVERO, Leonor Lopes. KOCH, Ingedore Villaça. Linguística Textual: introdução. São Paulo: Cortez, 2012.

 

KOCH, Ingedore. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 2013.

 

KOCH, Ingenore. Desvendando os segredos do texto. São Paulo. Cortez, 2011.

 

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual: Análise de Gênero e Compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

 

MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. São Paulo: Contexto, 2011.

 

RICOEUR, Paul. Teoria da Interpretação. São Paulo: Editora da USP, 1976.

 

 

 

 

 

 

 

 

            

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